sexta-feira, 18 de setembro de 2009

AS IMPROVISAÇÕES CONTINUAM


O nosso colega www.nabantia.blogspot.com foi o primeiro a levantar a lebre, insurgindo-se muito justamente contra o modo como estão a ser feitas as obras na Rua de Pedro Dias, com total falta de respeito pelos cidadãos, que sejam moradores ou não. Esta manhã a situação não tinha melhorado nada. Pelo contrário. Em dia de mercado, a entrada poente na já citada rua era a que as fotografias documentam. Muito prática. Sobretudo para pessoas de idade, ou com dificuldades de locomoção, como é o caso de vários residentes naquela artéria.
"Tomar a dianteira" chegou à fala com os trabalhadores, porque houve necessidade de indicar, outra vez, a localização das condutas de esgoto e da água. Ficou-se assim a saber que o patrão não deu quaisquer instruções sobre o modo de executar o trabalho, nem sobre a necessidade de ir deixando sempre uma passagem livre e fácil para as pessoas. Também ficou claro qure o empreiteiro anterior não deixou nenhuma representação gráfica que permita situar os diversos terminais (água, telefone, esgotos domésticos, esgotos pluviais). Ou se deixou, a mesma não foi entregue aos trabalhadores actuais. À hora da nossa conversa, os dois trabalhadores presentes andavam nitidamente "a encanar a perna à rã", enquanto aguardavam a chegada "dos gajos da câmara, para porem não sei bem o quê".
Mais pela tarde, o monte de serrisca, que se vê nas fotografias, foi espalhado na rua e uma reclamação do Restaurante Calça Perra foi atendida. Sinalizaram devidamente o trajecto entre a Rua da Graça e o restaurante, e cobriram o chão com brita, para não sujar tanto o calçado. Os vários moradores logo a seguir ao restaurante é que ficaram a chuchar no dedo. Ninguém os mandou ficar calados, que isto agora, quem não chora não mama. E quem não se sente, não é filho de boa gente.
Contactada posteriormente a anterior sociedade de construções, apenas se obteve um enigmático "trabalhar para aquecer, mais vale morrer com frio; faz-se obra e depois nunca mais se recebe; assim não dá."
Perante tais factos, tudo indica que a autarquia terá perdido alguma credibilidade junto dos empresários da zona, seja por não pagar a tempo e a horas, seja por apresentar projectos deficientes, seja ainda por não fornecer um adequado caderno de normas a cumprir, designadamente no que concerne às relações entre os trabalhadores e os cidadãos prejudicados.
Não se tratará portanto de erros deliberados. Apenas a continuação do improviso permanente como método de actuação. Triste sina, Severina !

2 comentários:

Pensamentos soltos disse...

Um relatador de futebol não faria melhor, aqui só falta despedir o patrão.

Rui Matos disse...

Não diria melhor. Apenas que já houve tempos em que no edifício dos Paços do Concelho existiam pessoas que respeitavam os tomarenses...