Escolhemos o comentário que encima este texto por nos parecer um exemplo perfeito de algumas práticas na origem da profunda crise tomarense. Redigido num português escorreito (apesar de um erro de homofonia) e muito correcto em termos de cortesia, é o oposto de uma intervenção dialogante. Basta reparar logo na primeira frase: "Permita-me que discorde totalmente da sua opinião." Trata-se de uma condenação implícita, sem apelo nem agravo, dado o intencional uso de totalmente, um advérbio de modo sem margem negocial.
Tendo em conta a radicalidade do desacordo inicial, esperar-se-ia a seguir, em boa lógica, a respectiva fundamentação. Pois nada! Em vez disso, mais uma posição axiomática -"O problema foi criado e agora tem de ser resolvido." Exactamente o mesmo raciocínio implícito: está dito, está dito; não adianta discutir. E mais uma vez ausência total de argumentação de apoio a tão radical sentença.
Poderíamos continuar, mas pouco adiantaria. Não pretendemos, de modo algum, apoucar o autor, ou autora, da mensagem. Antes, e exclusivamente, provocar a sua reflexão serena, no sentido de procurar doravante encarar as coisas com mais serenidade, mas relativismo e mais tolerância para com os outros e as respectivas opiniões. E nunca desistindo de procurar e enunciar os alicerces das afirmações...
Já foi escrito, mas não se perde nada repetindo. A actual situação dos comerciantes da Corredoura tem outras causas, entre as quais a evidente incapacidade deles para se adaptarem à constante mudança dos tempos que correm. Enquanto não aceitarem esta verdade elementar e persistirem em culpar os outros, continuaremos "a nadar em potes de iogurte". Ou seja -não iremos a lado algum. Salvo, talvez, a um que não cheira nada bem. Mas este é apenas mais um desabafo para eventual discussão...
Já foi escrito, mas não se perde nada repetindo. A actual situação dos comerciantes da Corredoura tem outras causas, entre as quais a evidente incapacidade deles para se adaptarem à constante mudança dos tempos que correm. Enquanto não aceitarem esta verdade elementar e persistirem em culpar os outros, continuaremos "a nadar em potes de iogurte". Ou seja -não iremos a lado algum. Salvo, talvez, a um que não cheira nada bem. Mas este é apenas mais um desabafo para eventual discussão...
12 comentários:
A.R., será que ainda o veremos na RTP com um programa idêntico ao da Edite Estrela? A corrigir o português que se usa?
Talvez assim consiga chegar a deputado!
Depois de ler tão doutos comentários nos posts anteriores, chego à conclusão que há muita gente capaz de gerir o burgo nabantino. Juntem-se ao lote e apresentem-se como candidatos! Já cá temos 7 (ou serão apenas 6?). Ao menos ajudava a animar a coisa, já que a maioria dos que se apresentam são uma seca... uma seca ou são aldrabões. Só vejo uma excepção... e mesmo assim não sei se vou votar nele.
Já estou velho para deputado. E até para alcaide da urbe. Mas como a situação é tão má e sem indícios de mudança, se fosse essa a vontade dos tomarenses...
Na televisão nem pensar! Ainda não estou farto de estar bem!
A pequena correcção ortográfica foi apenas uma incidência que permitiu alertar para as dificuldades criadas pela homofonia (houve/verbo haver; ouve/verbo ouvir; por exemplo)
António Rebelo
Mais um atentado ao património de Tomar. A Câmara Municipal está a destruir as guardas da ponte centenária da vala em vez de as recuperar. Já que fizeram o erro de as destruir aproveitem para alargar a ponte.
Onde fica "a ponte centenária da vala"?
ora, fica na vala, meu!
Resposta amanhã de manhã. Com fotos e tudo. Fica prometido!
Que crime de lesa património!...
Concordai!?
Pena não serem de metal (do bom), as grades!
Calhando ser, e olarilas, não escapavam; e, aquando da ladroeira nos escombros da ex – Fábrica de Fiação, tumba,… e tinham sido surripiadas também…
Assim, nesse inteligente falado e absolutamente prioritário alargamento da Ponte da Vala (…e porque não já uma nova e grande ponte até ao Prado e tudo?!, talvez necessário para dar passagem ao imenso tráfego acedente aos paradisíacos e gozados jardins do mouchão da dita, Açude da Pedra e quejandos), no respectivo projecto e nas pertencentes novas guardas, haver-se-á, concerteza, de encontrar forma para incluir o ornato, agora dito danificado!
Se necessário, chame-se o Paivão da Trofa, mestre impar em heranças desgraçadas de pedras relhas e velhas para o reduto do Património Maldito da Câmara, e ele, com a superior e reconhecida longanimidade que o prenha e sempre emprenhou, acarreará, lá do QREN - donde diz ter Coimbra nas encostas -, uns trocados para realização de tão imprescindível construção; tão ao seu género, ou ponte não fosse!..
Pedra Carcomida
Ó Sebastião vê lá se com a abordagem à ponte da vala não dás um tiro nos pés em relação ao que aqui afirmaste hoje!Olha que o burgo internauta está atento!!!
Deixem o 'Bastião trabalhar! De cá de baixo até à ponte da vala há muita erva nascida fora de sítio que ele tem de fotografar. E depois há sempre o tempo consumido a ler o Le Monde, aquele pasquim lido por 340.000 franceses de primeira água, sem o que o conhecimento do mundo seria nulo, sim, porque isto aqui em Tomar é claustrofóbico e pequeno demais para tão erudita cabeça...
Pronto! Já perceberam que o Rebelo gosta de se fazer rogado! Tiques de pseudo-finos armados em queques! Mas como é que se pode ser fino quando aprendeu a nadar entre estrume e tripas?
Mas se lhe pedirem muito, muito, muuuuuito, ele lá fará o favor aos tristes tomarenses e obsequiá-los-á com a sua candidatura! Coitado! Tenho pena dele por causa do sacrifício a que se presta.
Parece que estou a vê-lo! Armado presidente pela espada do Gualdim Pais, de capa vermelha e coroa de louros à janela do seu gabinete na câmara a discursar ao povo que lava no rio! Ditoso povo tomarense que se orgulha de ter um presidente que até fala francês e cita o Le Monde...!!!
Quanto à ponte do prado ele está prevista mais a norte a apontar para uma encosta com casas novas do lado da vala.
É mais um projecto que não pode parar por terem financiamento ou por a sociedade Polis ter de fechar as portas do estaminé com isso resolvido.
Podia ser diferente? Podia mas não era a mesma coisa.
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