Foi escrito, no texto anterior, que urge adaptar-se aos novos tempos, construir uma nova visão do mundo e outra mentalidade, mais arejada, sem o que não vamos certamente conseguir atravessar com êxito o cada vez mais caudaloso rio da crise local. Escreveu-se até, usando uma linguagem quiçá demasiado crua, que os turistas são as novas vacas leiteiras e só nos devem interessar nessa qualidade. Convidados entretanto para a cerimónia de apresentação de dois filmes amadores do século passado e de uma excelente e requintada planta da cidade e do convento, a ser oferecida aos turistas, foi-nos aí facultada documentação pacientemente recolhida pelo Dr. Paulo Alcobia, dos Serviços Municipais de Turismo, a quem agradecemos e cujo trabalho louvamos. Conforme se pode ler na reprodução que encima este comentário, já em 1967 os tomarenses padeciam da "velha teima de quererem ser mais hospitaleiros que o próprio hospício, o "portuguesinho" recebe bem o turista, adora-o, mas não sabe tirar dele rendimento económico."
Se passados mais de quarenta anos ainda estamos mais ou menos na mesma, como a lesma, será desta vez que vamos conseguir sacudir as nossas teias de aranha mentais ? Duvidamos. Mas lá que gostávamos, gostávamos. E muito !
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