sábado, 19 de setembro de 2009

MAIS DINHEIRO DEITADO À RUA


Agora foi nos Lagares e Moínhos da Ordem, ali na Levada. Mais um cartaz de grandes dimensões, naturalmente pago com o dinheiro dos contribuintes. Desta vez para anunciar seis-obras-seis, no valor de nove milhões de euros. Não é brincadeira nenhuma! E é cá cada obra! Quando todas estiverem prontas, o nível de vida dos tomarenses vai seguramente aumentar, e muito, tais são os retornos que se prevêem.
De todas essas empreitadas, a principal é sem contestação possível a adaptação de todo aquele conjunto de construções, que pertenceram em tempos ao grupo Mendes Godinho, a museus e respectivos serviços de apoio. O já divulgado "museu polinucleado" (ao que consta uma oportuna criação intelectual paivina) será na realidade um conjunto de cinco museus -museu da serralharia, museu da fundição, museu da electricidade, museu da moagem nova e museu da moagem velha. À excepção da velha central eléctrica, que poderá vir a proporcionar algum retorno SE..., os outros serão unicamente sorvedouros de dinheiros públicos.
Contas de papel é lápis levam-nos facilmente a um total de 40/5o novos funcionários para tudo aquilo, muitos deles qualificados. Teremos, por conseguinte, uma despesa mínima mensal de 30 a 40 mil euros, só com o pessoal. Acrescente-se água, electricidade, outros consumíveis correntes, bem como gastos de manutenção (telhados, paredes, portas...) e operacionalização. Digamos uma média de 50 mil euros por mês, o que nos dará 40.000 x 14 = 560.000 + 10.000 x 12 = 120.000, = total anual mínimo de 680 mil euros. Ou seja, 17 euros por ano e por eleitor. Como pelo menos metade não paga impostos, serão mais 34 euros anuais, pelo menos, a cada pagante. Valerá a pena ?
Carlos Carvalheiro, um tomarense virado para a cultura e com larga experiência nessa área, já escreveu que tudo aquilo será mais um elefante branco, um poço sem fundo. Entretanto o senhor vereador Carlos Carrão, que não é vereador da cultura (embora possa vir a ser...) já garantiu que o novo conjunto museológico será o novo tesouro dos templários. Investigações feitas, permitem-nos dizer que só se houver no tal poço sem fundo uma galeria perpendicular que conduza ao ambicionado tesouro. Quando é que, finalmente, os tomarenses resolvem adaptar-se à realidade envolvente ???

1 comentário:

Unknown disse...

Bom dia.
Parece-me que devemos cautelosamente esperar pelo dia das eleições autárquicas.
Será que estas "propostas" resistirão ou são apenas fogo-fátuo destinado a encher o olho do votante? Parece-me evidente que não vão resistir.