Paulatinamente, cidadãos e entidades lá vão percebendo que afinal de contas a crítica até é necessária, desde que visando o bem comum. Ainda bem.
Há alguns dias focou-se aqui o caso das lajes frente a Santa Maria dos Olivais, que estavam a ser colocadas sem respeitar as necessários juntas de dilatação. Pois houve quem lesse e mandasse emendar o trabalho já feito. Agora as pedras são assentes com o auxílio dos indispensáveis "marcadores" em plástico, ficando muito melhor. Só ainda não percebemos porque são trabalhadores da autarquia e não do empreiteiro a concluir o projecto. Mas iremos indagar.
Outro tanto aconteceu na Estação de caminho de ferro. Fez-se aqui o reparo de que a vegetação nos cais não era assim muito abonatória e logo os responsáveis mandaram proceder à indispensável limpeza. Assim é que é.
Agora só falta restabelecerem os comboios que outrora apenas paravam no Entroncamento e em Santarém. Bons tempos ! Chegava-se a Lisboa numa hora e pouco. Anos mais tarde, quando tanto se fala em TGV para "ganhar" pouco mais de meia hora entre Lisboa e Porto, no Ramal de Tomar precisamos de mais de duas horas para percorrer 125 quilómetros. O tempo voltou para trás ?
Quem parece não nos ler nem nos ouvir bem é a autarquia. Falou-se aqui nos buracos na estrada à volta do monumento ao soldado desconhecido, bem como no péssimo estado do banco sob a palmeira, em frente de S. Francisco. Pois fazem de conta que não leram nada e vá de proceder ao arranjo dos bancos junto ao citado monumento. Do mal o menos. Oxalá continuem. E não se esqueçam do alcatrão (ou do asfalto), que aquilo está uma vergonha digna do terceiro mundo.
6 comentários:
Boa noite António Rebelo.
Já que as suas chamadas de atenção começam a colher frutos, sugiro-lhe que passe pela obra do edifício onde am tempos funcionou a repartição de Finanças, ali em frente ao hospital da Misericórdia, e constate um verdadeiro crime por omissão e negligência que todos e dias e noites ali se comete e que passo a descrever:
O tapume da obra está colocado em plena faixa de rodagem, tendo engolido toda a extensão e área do passeio e estacionamento que lá estavam. Não foi considerado um corredor de passagem para peões protegido por barreiraas de cimento ou outras usualmente de plástico enchidas com água. Quer isto dizer que qualquer transeunte que por ali passe vê-se obrigado a caminhar pela estrada sujeito a levar com um carro em cima, situação cuja gravidade é potenciada pela época que atravessamos com a noite a cair mais cedo, e em dias de chuva, com chapéus abertos, esses mesmos transeuntes ocupam mais espaço como é bom de ver.
Se entender que vale a pena passe por lá, avalie, fotografe e demonstre a ilegalidade que ali se está a cometer.
OBRIGADO
Da-lhe nas orelhas, eles gostam.
E as coisas la pa cãmara, andam nos caixotes ainda?
Bom dia António Rebelo,
Em tempos afirmei que qualquer intervenção que se fizesse na envolvente à igreja de Santa Maria seria benvinda, porque a situação de degradação em que se encontrava toda aquela área era gritante.
Infelizmente constato - é apenas a minha opinião - que o que foi feito até agora vem corroborar aquilo que você inferiu já relativamente à relação custo/qualidade/conceito e sentido estético das obras, que nos últimos anos têm descaracterizado a cidade de Tomar, velha de séculos, com uma arquitectura urbanística consolidada e sobretudo rica de memória colectiva. Tomar não é a Aldeia Nova de Santo André que tem 25 anos. Não se deve pura e simplesmente fazer tábua rasa do que contribui para dar uma certa atmosfera a uma urbe, e de forma quase fundamentalista transformar radicalmente a fisonomia dos lugares. O que os responsáveis fizeram à envolvente do mais antigo monumento da cidade é um exemplo disso mesmo. Atribuir um nome àquilo não é trabalho fácil. Bacoquismo, pimbismo, foleirismo...aquilo nem para Kitsch tem categoria! Desde uma "praia" emporcalhada até à disposição dos bancos tipo sala de espera da rodoviária, passando pela ausência de arvoredo (já alguém ouviu falar de árvores ornamentais ? - já alguém ouviu falar de arquitectura paisagística ?) ou outros elementos de suavização do aspecto monocórdico do espaço, tudo tem sido (des)feito para desvalorizar o conjunto arquitectónico.
No fundo, se nos despirmos de conceitos e outras ideias pré-concebidas, acabamos por concluir que aquilo até nem está mau! Porquê? Porque combina perfeitamente com a rudeza, a fealdade e o desajustamento daquele monstruoso dique feito á beira Nabão, de que até os holandeses terão inveja. Conheço diques na Holanda, construídos para conter as águas do mar, bem menos "demolidores" da paisagem.
Para finalizar, só para realçar o toque final da câmara marcado pela ausência de manutenção e limpeza de fundo do lugar, que faz do Polis de Tomar um dos piores, senão o pior, que eu conheço.
Lamentavelmente sou obrigado a "dizer mal" mais uma vez sobre o que se passa em Tomar...mas razões para isso e motivos é coisa que não falta.
Boa noite António Rebelo,
Acabei de sei chamado á atenção para uma notícia que passou no programa "Nós Por Cà" da SIC em que uma moradora duma transversal à rua de Coimbra, perto da casa "Rainha dos Frangos" se queixa de haver outro apartamento na mesma zona com o mesmo número e endereço, de tal forma que pediu ao construtor a chave da caixa de correio desse outro apartamento para verificar se lá é depositado correio que lhe pertence. Esta reportagem do programa aconteceu em Junho e a jornalista da SIC esteve em contacto directo e no ar com o presidente da câmara de Tomar.
Depois de referir que passado todo este tempo e depois de a queixosa se ter dirigido à câmara para o solucionar, perguntou a Corvêlo de Sousa se custava assim tanto arranjar solução.
Resposta do nosso inefável presidente: sabe, bem...nós não temos um departamento para essas situações...é necessário haver uma reunião, sabe...houve eleições...sabe (a locutora ria-se entre dentes!) mas vamos ver o que se pode fazer...
Dito isto...está tudo dito, não é?
PS.- Sugiro-lhe que de quando em quando crie aqui um espacinho para temas livres para não estarmos a invadir espaço com temas fora do contexto. Neste caso não tive coragem para não intervir. É uma espécie de catarse...
Fez muito bem ! E posso garantir que nunca os comentários em linguagem correcta serão censurados. Estejam ou não dentro do contexto.
Já que por aqui se falou no programa "Nós por cá", também era engraçado verificar a questão dos relógios de ponto biométricos que foram instalados em todos os edifícios camarários e serviços tal como manda a lei, mas que, até hoje não são usados...
Faz-se o que se quer, nem que seja necessário contornar a lei..
tenho dito
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