terça-feira, 29 de novembro de 2011

Incúria, desmazelo, incapacidade...

Foto 1
Foto 2


Foto 3
Foto 4

Foto 5

O leitor que me desculpe a insistência, mas é por uma boa causa. Já votou na consulta pública, do lado direito destas linhas? Já incitou os seus amigos e conhecidos a fazerem o mesmo? Bem haja pela sua participação.
Como vimos nos dois escritos anteriores, há em Tomar, apesar da crise e das avultadas dívidas, que ninguém sabe com hão-de ser pagas, mas que terão de o ser, uma evidente estragação de recursos, nomeadamente em energia eléctrica, parte da qual é importada. Todavia, além desse imoral esbanjamento, assistimos também, incomodados, à praticamente total incapacidade da autarquia para assegurar a manutenção do seu/nosso património. Mesmo quando se trata de pequenas reparações, de poucas dezenas ou centenas de euros.
As ilustrações supra mostram alguns aspectos lamentáveis dessa inépcia local. A fazer lembrar algumas prendadas criaturas, cuja cuidada maquilhagem esconde uma usual falta de higiene. A foto 1 mostra a janela lateral da capela do cemitério velho, sem vidros há mais de dez anos. O interior da capela está no estado que se vê na foto 2, há pelo menos vinte anos. Trata-se portanto de verdete que já merece ser classificado como património municipal.
Provavelmente, os senhores autarcas, com a sua proverbial capacidade de raciocínio (salvo erro...) já concluiram que como os falecidos não votam, "não vale a pena gastar cera com defuntos". Estão enganados! Os que já nos deixaram não votam, mas os seus descendentes e amigos não perdoam.
As fotos 3 e 4 documentam o estado em que estão as paredes interiores da Sinagoga, património municipal. Atacadas pelo salitre, não têm quem as proteja e mande reparar. Nem a proprietária, nem a recém criada liga de amigos. Até quando semelhante falta de dignidade, num monumento visitado anualmente por perto de 20 mil turistas?
A quinta e última foto é da Capela de S. Gregório, que os leitores conhecem bem, nomeadamente de protestos anteriores, que possibilitaram o realojamento do nosso infeliz conterrâneo José Carlos Sousa, vítima da guerra. Após o que a autarquia mandou entaipar os sanitários e instalar aquelas talhas. O pior é que não cuidaram de reparar algo que o próprio ocupante ilegal denunciou bastas vezes -quando chove, aquilo transforma-se num vasto lamaçal, porque o sumidouro está entupido. Resultado: quando há umas bátegas assim mais fortes, peões e automobilistas têm de transpôr mais uma inopinada piscina. E quando faz sol, faz também pena olhar para o estado de evidente desmazelo de tudo aquilo, a começar pelo lixo que se vai acumulando em plena calçada. A lembrar aos eleitores mais dados à meditação que não compensa ter uma autarquia que nos custa tão caro mas faz tão pouco. E daí à abstenção...

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