domingo, 27 de novembro de 2011

Mandar os turistas dar uma volta...


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Pelo caminho que as coisas levam, durante os próximos anos o turismo será uma das nossas principais exportações, das quais precisamos como de pão para a boca. Que não haja ilusões porém, a indústria turística é muito particular, uma vez que exportações = importação de turistas, importações = saída em turismo de cidadãos residentes. Os profissionais usam terminologia inglesa: turismo income para as exportações, turismo outgoing para as importações.
De qualquer modo, é do senso comum, fazendo parte da educação e boas maneiras, a tradicional hospitalidade portuguesa. Por isso, caiu mal entre os tomarenses quando António Paiva resolveu arranjar um pretexto para encerrar o parque de campismo, tendo como objectivo real afastar o por ele designado "turismo de pé descalço". E fez escola. Anos após ter abandonado a autarquia, as suas directrizes continuam a ser religiosamente seguidas, com os resultados que todos conhecemos.
No caso da ligação entre a cidade e o Convento, a autarquia tem feito grande promoção do "novo" percurso pedonal pela Mata dos 7 montes. Se o projecto de recuperação do dito caminho tem sido feito por ou com a assistência técnicas de tomarenses conhecedores da sua terra, o percurso seria o indicado pelo tracejado na foto supra, com entrada no Castelo dos Templários pela Porta da Almedina ou do Sangue, que foi durante quatro séculos a principal entrada na povoação nabantina. Como tal não aconteceu e o IGESPAR, agora já defunto, nunca decidiu manter aberta a porta da Torre da Condessa, os infelizes visitantes percorrem o longo caminho a vermelho, entre A, à direita, e B, ao centro, em cima. Após a visita, saem em X, à esquerda. Se tiveram a boa ideia de perguntar o melhor caminho para o regresso à cidade, vão indicar-lhes a calçada de S. Tiago. Uma vez de novo na parte antiga da urbe, concluem que foram enganados. Que os mandaram dar uma"ganda" volta. E ficam naturalmente mal impressionados.
Mas os senhores autarcas que vamos tendo continuam a garantir que o futuro de Tomar reside no desenvolvimento da sua vocação turística. Pelos jeitos, desde que os turistas não andem a pé, porque esses, coitados...

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