quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Prioridades...



São fotografias tiradas há dois dias, na Calçada de S. Tiago e na Rua do Pé da Costa de Cima. Mostram o que muitos tomarenses insistem em não ver e os senhores autarcas em negar. Após mais de 20 milhões de euros esbanjados, fará sentido ir iluminar algumas ruas com decorações natalícias, quando há outras que nem adequado saneamento têm? Fará sentido que estes mesmos moradores paguem nos recibos da água a taxa de tratamento de esgotos, quando notoriamente os ditos não são tratados? Fará sentido que só consigam ir de automóvel até às suas casas passando pelo interior do ParqT? Quando e se houver necessidade de chamar uma ambulância ou os bombeiros, os veículos transitarão por onde? Em sentido proibido?
São apenas detalhes, é verdade. Mostram porém a nossa triste situação, pois fazem parte de um longo rol de problemas por resolver. Alguns há mais de 30 anos. Acampamentos ciganos, Convento de Santa Iria, Mercado, Restos de construções nas traseiras dos bombeiros, Várzea Grande, Elefante Branco da Levada, Palácio Alvim (ex-esquadra da PSP), Mercado Abastecedor, Bairro 1º de Maio, Bairro Senhora dos Anjos, ParqT, Estacionamento para autocarros de Turismo, Parque de Campismo, Açude de Pedra, Limpeza do Nabão, Pavilhões da FAI, Património Municipal, Estalagem... Tudo questões até agora para resolução no dia de S. Nunca à tarde.
Talvez para animar as hostes, de tempos a tempos vai-se evocando um próximo render da guarda, no qual já ninguém acredita. Até porque, como dizem alguns "da casa", entre assim e assado, que venha o Diabo e escolha. De qualquer modo, a haver mesmo substituição do titular pelo vice, factos convergentes indiciam que não será para cumprir acordo ou por pressões políticas, mas apenas por falta de ânimo vital para enfrentar o que aí vem. A saber: Orçamento para 2012, redução obrigatória de chefias, redução obrigatória de pessoal não dirigente, redução obrigatória e drástica das despesas correntes, redução dos autarcas a tempo inteiro, de 5 para apenas 2, ou quando muito 3, obtenção de novos empréstimos para fazer face aos encargos resultantes das disparatadas obras em curso... Como se vê, o futuro próximo promete. E quanto ao médio/longo prazo, com autárquicas pelo meio, é melhor nem falar! Como bem diz o povo, "Elas cá se fazem,  cá se pagam!"
Quanto a esta minha amada terra, temo que se nada de importante acontecer na política local até ao próximo Verão, tenhamos perdido a última oportunidade para encetar, em tempo ainda útil, o renascimento nabantino. Já aqui foi dito antes, mas não se perde nada e até convém insistir. Para ver se o pessoal acorda!

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