quarta-feira, 2 de setembro de 2009

OS 4 CAVALEIROS DO APÓS-CALISTO

Fotos Cidade de Tomar e A.R.

Comecemos pelo "calisto" que, de acordo com os dicionários, significa "indivíduo que dá azar aos jogadores". Realmente, nas eleições locais dos últimos 12 anos, houve sempre um candidato-calisto, perito em azarar os outros concorrentes, que por isso foram vencidos. Agora que esse calisto opera em geral a 80 quilómetros daqui, estas serão as primeiras autárquicas após-calisto.
Explicado o calisto e o após-calisto, (continuando cada leitor com toda a liberdade para interpretar após-calisto de modo diferente), é chegada a altura de esclarecer a dos "cavaleiros". Dizem os nossos irmãos castelhanos que "Hay en la sociedad dos grandes categorias sociales, los de a caballo e los otros. Aquellos son los caballeros, los otros los peones." Temos portanto que "los caballeros" são os nossos cavaleiros. No caso, os que seguem montados no "cavalo do poder local". De modo permanente ou intermitente. Portanto, em termos de romance épico, como por exemplo a obra-prima de Cervantes, cada um dos quatro tem sido, e continuará ser, dependendo das ocasiões, D. Quixote ou D. Que Choque. Então e os outros três? Os outros três, caro leitor, pertencem circunstancialmente à peonagem, sendo cada um, em condições homólogas das dos cavaleiros, Sancho Pança ou Sem Chupança. Neste momento integram esta última, por razões óbvias.
No contexto actual, salvo improvável cataclismo eleitoral, estes quatro cavaleiros do após-calisto incluem não só o futuro alcaide do castelo gualdino, como igualmente a maioria dos novos senescais. Faltando aínda duas campanhas eleitorais e dois escrutínios, seria prematura e forçosamente muito falível qualquer previsão detalhada. Não obstante, nas mesmas condições anteriores, ou seja com a ressalva do tal improvável cataclismo eleitoral e das duas campanhas, não arriscaremos muito prognosticando desde já que as hipóteses de vencer são inversamente proporcionais ao peso físico de cada candidato. O mais magro é o que virá a ter maior peso eleitoral, e assim sucessivamente. Até certo ponto. A partir daí, poderá muito bem vir a suceder o inverso -quanto menos quilos, menos votos. Logo veremos, mas não ficaríamos surpreendidos se os quatro cavaleiros viessem a representar, em conjunto, cinco assentos no mínimo e seis no máximo. E mais não dizemos para não errarmos. Voltaremos a abordar esta questão imediatamente após as legislativas. Até lá, desejamos boa sorte a todos e a cada um.

11 comentários:

Anónimo disse...

Calisto é o nome de um treinador de futebol de um clube da 1ª Liga, que já foi seleccionador do Vietname. Esta selecção com ele até obteve bons resultados. O Calisto tem bastante prestígio. Logo, o dicionário está errado. Deve ser tomarense, tem os significados todos trocados.

Anónimo disse...

Caro Sebastião:
Fenomenal - ao jeito do recém falecido Raúl Solnado. Adorei...
Pode muito bem vir a ser eleita como a mais feliz e racional caractrização desta campanha tomarense, a saber:
A campanha do Sancho Pança e a dos outros (desgraçados) sem chupança; sem fiança; sem bonança; sem credibilidança; à procura de confiança, com os eleitores à espreitança e cheios -sim, mas de desconfiança!É só gatunança...

Anónimo disse...

Que giro!!! Inspiraste-te no Le Monde, foi?

Anónimo disse...

Ao cromo das 22:28

Comparar o Rebelo ao Raul Solnado é demais! Coitado do Solnado. Depois de morto fazerem-lhe maldades destas!!!
Isso não se faz nem ao nosso pior inimigo.

Anónimo disse...

PSD-2
CDU-2
PS-1
Ipt-1
CDS-1

Anónimo disse...

Brilhante texto. Ainda por cima certeiro e mordaz. O resultado que afirma muito provavel de acontecer é plausivel e até bom para Tomar caso se concretize. Reservo a minha opinião sobre qual dos 4 é o melhor candidato, mesmo sob o anonimato. Tenho a minha opinião, mas mais vale esperar pelos programas e pela campanha em si.

Analisando a pré-campanha, quem tem revelado mais trabalho é o candidato mais pesado dos 4. Começou cedo e organizou apresentações interessantes, pese o facto doscentros de convivio não ser invenção dos independentes,muito menos da Graça Costa.

O Ivo foi de todos o que começou mais tarde e tem vindo a somar pontos na opinião das pessoas. É um bom estratega, está bem acompanhado na lista e gostam dele por ser o mais novo de todos e ser em certa medida uma espécie de Paiva. Como principal contra tem a ausência de uma concelhia que lhe dê apoio e o n.º 1 da Assembleia.

O mais magro não tem feito nada mas como é poder está sempre em campanha e provavelmente irá ganhar sem maioria. Não apresentou uma ideia. Não tem feito mais nada do que ir a festas das aldeias.

Quanto ao Becerra Vitorino toda a gente acha que começou cedo demais. A sua campanha está ao nivel dos seus cartazes - gasta! A sua meta é ter mais votos do que o Carlos Silva. Acho que vai conseguir mas tem de trabalhar mais. Tem a melhor máquina de campanha, mais orçamento e a vantagem de aparecer no boneco ao lado do outro José. Pode somar votos com isso. Estranha-se não ter ainda apresentado o Programa Eleitoral e tambem fazer campanha como os laranjinhas, de festa em festa. Hábitos do passado?

Anónimo disse...

PS-4
PSD-1
CDU-1
CDS-1

Anónimo disse...

Olho para aqueles rostos e conclúo:
PSD 3 - PS 1.

Anónimo disse...

Bom texto.
Rebelo a Director do Cidade de Tomar já!

Anónimo disse...

e do Templário!

Anónimo disse...

O Templário também anda à procura de novo Director?...