Foto 1 - Edifício Escavação. Instalações provisórias há mais de 10 anos. Renda mensal das lojas e cave 2.413 euros. Renda mensal do 1º andar direito e esquerdo 724 euros Total: 3.137 euros mensais.
Foto 2: Travessa de Gil de Avô - Serviços de Museologia. Tanto quanto conseguimos apurar, o prédio (ou parte dele) foi comprado pela autarquia.
Foto 3: Loja do gaveto Silva Magalhães/Sacadura Cabral - Serviço de coimas e contra-ordenações. Renda mensal 887,34 euros.
Foto 4: Rua Joaquim Jacinto. Serviço de apoio ao consumidor e Serviço de feiras e mercados. O prédio é da autarquia, que exerceu a dada altura o seu direito de opção.
SERVIÇOS CAMARÁRIOS -UMA EVOLUÇÃO DE TIPO CANCEROSO
Parafraseando a conhecida frase da TV, "Nós ainda somos do tempo em que..." nos Paços do Concelho cabiam a Câmara, a polícia, o tribunal, a cadeia e a central leiteira. Com o andar dos tempos, o cancro burocrático foi-se desenvolvendo, criando sucessivas metástases. Primeiro foram os SMAS, depois os pavilhões da FAI, e por aí fora.
Com o 25 de Abril, o advento da democracia à nossa moda, e um relativamente longo período de vacas gordas, foi crescer até mais não. A dada altura, para reabilitar o edifício quinhentista da Praça da República, os serviços camarários foram transferidos, a título provisório, para o Edifício Escavação (ver foto 1), onde antes funcionara uma delegação do Instituto Nacional de Estatística, entretanto encerrada. Terminada a dita reabilitação, verificou-se que afinal os serviços já lá não cabiam todos, pois os senhores autarcas, e outros chefes, tinham tratado de arranjar instalações "à larga e à rica". Resultado: manteve-se o DAU no Escavação, o DOM nos SMAS, e foram-se arranjando outras instalações (fotos 2, 3 e 4). Tudo implicitamente baseado em duas certezas, que afinal se revelaram falíveis: 1 - Vai haver sempre dinheiro para tudo; 2 - Os contribuintes pagam e não bufam.
Os resultados estão à vista de todos. Temos os autarcas e os funcionários bem instalados, mas a cidade e o concelho a definharem a olhos vistos. E com tendência para piorar...que afinal o dinheiro não chega para tudo. Ou se esbanja, ou se investe.
8 comentários:
Dou uma sugestão: acabem com os cubículos, os aquários, reduzam gabinetes e sigam o princípio do
"open space", onde todos estão à vista de todos, chefias, vereadores, todos se controlam mutuamente, naturalmente. O rendimento do trabalho triplica, e no "open space" triplicam os lugares de trabalho. Acabam os cochichos, as ausências incontroladas, as intrigas e aumenta a competitividade entre os funcionários. Acabam as "quintas", os "quintais", as reuniões secretas e pessoais, os telefonems particulares, os atendimentos de favor, etc., etc.
ESTE ANO NÃO HÁ SEMANA ACADÉMICA DE TOMAR E PORQUÊ ?
A resposta do presidente da Câmara para não dar licenças para depois das 2h da manhã foi: " se vós der licenças ate mais tarde, vem a população criticar o meu trabalho..."
SEM COMENTÁRIOS
ASS: TOMARENSE E EX-ALUNO IPT
Defacto isto é uma estranha forma de vida!
A cidade de Tomar está cheia de edificios públicos os quais poderiam albergar todos os Serviços do Municipio sem ter que recorrer a rendas. Se por um lado é preciso fazer-lhe obras, que as façam, porque pagar rendas àquele preço é esbanjar dinheiros, sem aumento de património.
Como diz o comentario os Paços do Concelho antigamente chegavam para todos os serviços, será que aumentaram também a qualidade do serviço ao Munícipe? Não, está tudo na mesma. Esse era o tempo em que Câmara e SMAS Tinham o dobro dos funcionários a fazer bem feitorias no concelho, mas hoje é mais importante terem as gaiolas cheias de gente que nada faz, à espera do fim do mês. Esta situação passou-se ontem, passa-se hoje e háde-se passar amanhã, porque não há gente com responsabilidade, servem apenas para comprometer o futuro.
A todos eles deveriam ser imputadas responsabilidades e pagarem pelo triste futuro... Miseráveis!
Conversa da treta, da inveja e de quem não percebeu ainda que há 30 anos se vivia em 50 m² quando hoje se vive em 200 m².
Gastos superfulos? Sem duvida. Agora confundir isso com as necessárias condições de trabalho para os funcionários.
"...as necessárias condições de trabalho para os funcionários..."
- Cerca de 25 m2 de área disponível por funcionário.
- Uma secretária com, pelo menos 2 m2 de superfície e uma mesa de apoio com mais 1/2 m2.
- Um computador de secretária, último grito da tecnologia, com ligação rápida à internet.
- Um telefone fixo com número directo de ligação à rede fixa.
- Um candeeiro de secretária.
- Dois armários verticais. Um para guardar dossiers e outro para guardar documentos e objectos pessoais.
- Um bengaleiro.
- Um rádio-leitor de CD para poder acompanhar as notícias da cidade.
- Um placar para afixar os desenhos dos míudos e as fotografias das férias.
- Uma pequena mesa redonda com mais quatro cadeiras para reuniões de serviço.
- Um computador portátil pra acompanhar o funcionário aquando de saídas em serviço.
- Um telemóvel para chamadas de serviço.
- Uma máquina de café (ou para fazer chá). A moda está nas novas máquinas da Nespresso...
- Um pequeno frigorífico para guardar os iogurtes "diet" e a maça do meio da manhã.
(Também não seria mal pensado uma máquina para tirar cerveja de pressão...)
- Uma casa de banho sempre limpa e asseada.
- Um micro-ondas para aquecer a lasanha quando por conveniência do serviço (ou própria) o funcionário permanece no local de trabalho durante a hora da refeição.
- E já agora uma pequena poltrona (ou esperguiçadeira) para recuperar forças depois dos almoços mais pesados.
Boa tarde António Rebelo,
Com o dinheiro das rendas espalhadas por aí, a que acresce o custo, invisível mas real, decorrente da dispersão dos serviços, e com o montante da venda do edifício da rua da Sinagoga retratado nesta peça, cuja alienação advogo por razões que no final desta minha intervenção invocarei, a que se acresceria um eventual empréstimo bancário, poderia recuperar-se o palácio da rua Doutor Sousa onde funcionou até há pouco tempo a PSP, concentrando aí a maior quantidade possível de serviços. O local é excelente devido à proximidade com o edifício da Câmara Municipal, e até o sistema informático sairia beneficiado porque seria possível implementar "nas calmas" uma rede intranet em sistema WiFi que funcionaria sem problemas dada a proximidade dos edifícios.
Por outro lado toda a logística sairia beneficiada. O custo seria elevsdo é certo, mas rentabilizado no futuro.
No que ao edifício da rua da Sinagoga diz respeito, aproveito para chamar a atenção uma vez mais para o desprezo com que a Câmara trata o seu próprio património, neste caso desprezando em absoluto uma peça arquitectónica de autor, premiada, de traça lindíssima, e que o bom senso manda que deva ser devidamente recuperada.
Provado que está à saciedade o desmazelo camarário, entendo que só a alienação e posterior recuperação por um particular poderá devolver alguma dignidade àquele pequeno prédio.
Tomar é isto! Um conjunto de maus exemplos que infelizmente começam a abundar por aí aos pontapés!!!
Para o anónimo das 10:55:
A inveja é uma coisa muito feia!
Boa tarde António Rebelo,
Gostaria que publicasse esta minha intervenção apesar de estar desenquadrada do tema.
Acabo de ler na página "Local" na Sapo que a Câmara Municipal de Tomar deliberou encerrar ao trânsito um troço da Rua Joaquim Jacinto, mais concretamente aquele que vai da rua dos Mpoinhos à rua Everard. A decisão é aceitável face aos argumentos invocados.
Se me é permitida uma opinião, gostaria de dizer que a mesma medida devia ser aplicada à rua dos Moinhos, e explico porquê!
Se atentarmos à actividade que se desenrola hoje em dia nessa rua, verificamos que, apesar de manter alguns residentes, trata-se de uma das mais bonitas artérias da zona mais antiga da cidade onde predominam lojas, restaurantes e snackbars, e por isso, condicionando o trânsito, permitir-se-ia o usufruto do espaço através de pequenas esplanadas que emprestariam ao local alguma vivacidade. Lembro, como já o fiz noutra ocasião, que a rua Silva Magalhães foi tratada da forma que advogo, sendo apenas cortada pelo trânsito que circula nas suas perpendiculares.
A rua de S.João, a rua Joaquim Jacinto (até á rua dos Moinhos) e a rua Aurora de Macedo são predominantemente ruas de habitação. Por isso, na minha modesta opinião, poderia dar-se ao troço da Joaquim Jacinto acima referido e à rua dos Moinhos a oportunidade de se tornarem um verdadeiro centro comercial ao ar livre. Basta que quem tem poder para decidir visite o local, faça um levantamento das suas características, e pondere de acordo.
OBRIGADO
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