É sempre bom para o ego dos apaixonados por Tomar, saber que somos líderes em qualquer domínio, mesmo modesto, apesar da desgraça que agora por aí vai. Dá-nos ânimo para prosseguir, mesmo contra ventos, marés e aves de arribação. Foi por isso que nos invadiu um grande contentamento ao sabermos (ver foto supra) que a Junta de Freguesia de S. João Baptista foi a primeira do País, já lá vão muitos anos, a adotar a nova designação batismal resultante do entretanto assinado acordo ortográfico. É um fato importante ! Diremos até excecional. Merece até um coquetel para comemorar. Quando é, senhor presidente Barros ?
Está assim esclarecido o mistério da origem dos fundos para o ambicionado cemitério nesta margem urbana do rio. Uma parte pelo menos virá das economias conseguidas com a supressão do P de Baptista, e a consequente poupança de tempo e de tinta. Sempre é menos um dígito...
Este aviso, afixado na porta de um edifício da Praça de República, do lado esquerdo dos Paços do Concelho, alcança diversos objectivos, a saber: 1 - Informa os filiados do sindicato sobre as causas da transferência para Torres Novas; 2 - Permite perceber que eram excelentes as relações entre a Santa Casa e este seu rendeiro; 3 - Demonstra o cuidado que a mesma instituição tem para com o seu património, em grande parte proveniente de doações; 4 - Indica que a vizinha cidade torrejana (por acaso berço do actual provedor da nabantina Santa Casa) é mais acolhedora para as delegações sindicais. Só ?
É espantoso como os particulares conseguem, em curto espaço de tempo, adaptar-se às condições contextuais. Repare-se nesta publicidade, estacionada em frente do Modelo. Numa cidade em acelerada decadência, com ruas e estradas esburacadas, obras por acabar e casas a caír, seria pouco adequado exibir uma publicidade de tipo requintado e catita. Mostraria até uma evidente falta de respeito pelos cidadãos, além de inadequação face aos costumes locais. Assim como mostra a foto é que está certo. Um manequim esfrangalhado, tal como a cidade antiga, mas neste caso com uma evidente mensagem política subjacente: a direita está menos mal (o que não admira pois ocupa o poder local há mais de 10 anos); a esquerda é que está toda esfarrapada e a cair aos bocados... Enquanto assim for...
Boas notícias para os nossos leitores. Após várias tentativas debalde, conseguimos finalmente informações sobre alguns temas problemáticos da paisagem política tomarense: Convento de S. Francisco, Sede da Comunidade Urbana, Rendas pagas pela autarquia... Em futuros escritos daremos conta de tudo isso aos que fazem o favor de nos ler.
Para já, um sincero agradecimento ao senhor Presidente da Câmara que, no estrito cumprimento do direito constitucional à informação, providenciou no sentido de nos serem enviadas cópias dos documentos cuja consulta tínhamos solicitado várias vezes oralmente junto dos respectivos serviços, sem qualquer resultado positivo. Em pelo menos um dos casos, chegou ao nosso conhecimento que os elementos solicitados estavam disponíveis, tendo havido expressa oposição da pessoa eleita, responsável por esse sector, que terá dito -"Se requererem informamos; caso contrário não." E assim fomos constrangidos a incomodar por escrito o senhor Presidente da Câmara, e a aguardar quase dois meses, situações realmente lamentáveis, sobretudo numa cidade pequena, onde todos se conhecem e convivem.
Pode ser que com a nova inspecção, prevista para este ano e noticiada pel'O TEMPLÁRIO, no seu site, algo comece a mudar para melhor naquela casa. No estado actual, a faixa central, onde se lê "Exposição 25 artistas contemporâneos", só serve para induzir os eleitores em erro. Se realmente na autarquia nabantina só houvesse 25 artistas, estaríamos certamente muito menos atascados em dívidas, tricas, impasses, cenas, invejas e outros problemas.
6 comentários:
Boa noite António Rebelo,
Realmente não me admira nada constatar o que você aqui evidencia. De há muito que o país está à venda a retalho, sendo a língua o último nicho de mercado negociado.
Nesta caso concreto não se sabe quem pariu a culpa! Se o mal vem do lado da Praça do templário, se vem de quem cinzelou aquilo, ou se vem da própria Junta. Seja como for, a palavra final caberia sempre ao sr. Barros. Mas é precisamente aí que está o busilis. Como é que se explica uma zebra a quem não conhece mais que um burro?
Conta-se que este poema foi dirigido ao Ministro da Agricultura do governo de Salazar, como forma de pedir adubos. Por mais estranho que pareça, o senhor que o escreveu não foi preso e Salazar até se fartou de rir (??!!!) quando o leu:
- E X P O S I Ç Ã O -
Porque julgamos digna de registo
a nossa exposição, senhor Ministro,
erguemos até vós, humildemente,
uma toada uníssona e plangente
em que evitámos o menor deslize
e em que damos razão da nossa crise.
Senhor: Em vão, esta província inteira,
desmoita, lavra, atalha a sementeira,
suando até à fralda da camisa.
Falta a matéria orgânica precisa
na terra, que é delgada e sempre fraca!
- A matéria, em questão, chama-se caca.
Precisamos de merda, senhor Soisa!...
E nunca precisámos de outra coisa.
Se os membros desse ilustre ministério
querem tomar o nosso caso a sério,
se é nobre o sentimento que os anima,
mandem cagar-nos toda a gente em cima
dos maninhos torrões de cada herdade.
E mijem-nos, também, por caridade!
O senhor Oliveira Salazar
quando tiver vontade de cagar
venha até nós solícito, calado,
busque um terreno que estiver lavrado,
deite as calças abaixo com sossego,
ajeite o cú bem apontado ao rego,
e... como Presidente do Conselho,
queira espremer-se até ficar vermelho!
A Nação confiou-lhe os seus destinos?...
Então, comprima, aperte os intestinos;
se lhe escapar um traque, não se importe,
... quem sabe se o cheirá-lo nos dá sorte?
Quantos porão as suas esperanças
n'um traque do Ministro das Finanças?...
E quem vier aflito, sem recursos,
Já não distingue os traques dos discursos.
Não precisa falar! Tenha a certeza
que a nossa maior fonte de riqueza,
desde as grandes herdades às courelas,
provém da merda que juntarmos n'elas.
Precisamos de merda, senhor Soisa!...
E nunca precisámos de outra coisa.
Adubos de potassa?... Cal?... Azote?...
Tragam-nos merda pura, do bispote!
E todos os penicos portugueses
durante, pelo menos uns seis meses,
sobre o montado, sobre a terra campa,
continuamente nos despejem trampa!
Terras alentejanas, terras nuas;
desespero de arados e charruas,
quem as compra ou arrenda ou quem as herda
sente a paixão nostálgica da merda...
Precisamos de merda, senhor Soisa!...
E nunca precisámos de outra coisa.
Ah!... Merda grossa e fina! Merda boa
das inúteis retretes de Lisboa!...
Como é triste saber que todos vós
Andais cagando sem pensar em nós!
Se querem fomentar a agricultura
mandem vir muita gente com soltura.
Nós daremos o trigo em larga escala,
pois até nos faz conta a merda rala.
Venham todas as merdas à vontade,
não faremos questão da qualidade.
Formas normais ou formas esquisitas!
E, desde o cagalhão às caganitas,
desde a pequena poia à grande bosta,
de tudo o que vier, a gente gosta.
Precisamos de merda, senhor Soisa!...
E nunca precisámos de outra coisa.
Pela Junta Corporativa dos Sindicatos Reunidos, do Norte, Centro e Sul do Alentejo
Évora, 13 de Fevereiro de 1934
O Presidente
D. Tancredo (O Lavrador)
É já sexta-feira dia 9 de Abril, pelas 21 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, a eleição popular do mordomo da Festa dos Tabuleiros de 2011, a escolher por todos os munícipes interessados, residentes ou naturais do concelho, após decisão também aí tomada, de fazer a festa.
Cá por mim voto no João Victal.
E Vossa(s) Execelência(s)?
Mas quem é que ainda tem dúvidas sobre o João Vital?
Se ele quiser como é evidente. Uma boa coordenação, as contas certinhas a tempo e horas. Alguém ainda quererá o "papagaio" Mordomo da Festa do ano de 2003? Bolas, é de fugir dele e no entanto quem olha para ele, até parece que nada se passou, que nada deve.
De qualquer forma o que FARIA algum "papagaio" que aparecesse a dizer que queria ser Mordomo?
Mais um, como ao da Festa de 2003?
Fujam desses oportunistas, que só querem poleiro.
Sr. Dr. Rebelo
Tem andado muito distraído, porque a aplicação do acordo ortográfico com a supressão do P é do tempo do Presidente José Júlio da Silva. Pode ver a data na lápide de mármore preto colocada na inauguração, onde vem o nome do inimigo de estimação do seu amigo e protegido vereador do avental rosa.
Vá lá ver, fale com o Presidente Barros e pode até fotografar a bela lápide!
Para 20:03
Está certamente confundido. O texto da mensagem é bastante claro: "A Junta de Freguesia de S. João Batista foi a primeira do País, HÁ JÁ MUITOS ANOS, a adotar o acordo ortográfico..."
Cordiais cumprimentos
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