sábado, 21 de agosto de 2010

IMAGENS TOMARENSES DE FIM DE SEMANA

Uma ida para as bandas das escadinhas da Sra. da Piedade, faculta-nos esta imagem. Por mais altaneira, esguia, elegante e resistente, qualquer árvore obedece às leis da natureza: nasce, cresce, definha e morre. Geralmente de pé. Outro tanto sucede com os humanos, os outros animais, a vegetação em geral. E as cidades. E as cidades...

Admirável sequência -O velho templo restaurado, a árvore em fim de ciclo, sem restauro possível. A aguardar que lhe façam o funeral. Os ciprestes, a lembrar a Toscânia (para quem viaja...). Ou os cemitérios, para quem não pode ou não quer. Nascer, crescer, definhar, morrer. Nada nem ninguém escapa. Só pode ficar a memória. Quando é o caso.

Já foi uma grande fábrica, dando emprego a centenas de operárias e operários. Aproveitava a força motriz das águas do Nabão, encaminhadas graças a um açude e através de uma vala. Foi há pouco mais de cem anos. Em 1950 forneceu a maior parte das raparigas para "levarem tabuleiro" na festa nabantina, recuparada pelo seu director, João Manuel dos Santos Simões o "Jones", diziam as operários. E os moços ajudantes?! Magalas do 15, estava-se mesmo a ver.
Não resistiu às vicissitudes do post-25 de Abril.

Agora não passa de uma ruína sem esperança, vandalizada por todos os lados, na busca de tudo o que possa render, no mercado do ferro-velho. E a autarquia nada. Como em tantos outros assuntos, mantém-se na manhosa expectativa. O tempo há-de acabar por resolver a questão, pensam os que o povo escolheu...

Vale-nos essencialmente esta colina, onde quase tudo começou, onde quase tudo aconteceu. Motivo de paixão para quem sempre traz Tomar no coração. Tesouro ainda parcialmente por explorar. Guardado por gente de fora, representada por cidadã de cá, sem grande autonomia. O costume. Continuamos a ter um estado que nos considera umas criancinhas a necessitar de permanente assistência dos papás. E depois pretendem que sejamos autónomos, que tenhamos iniciativas. Triste sina, Severina. E os ciprestes por todo o lado. Toscânia? Ou cemitério adiado?

4 comentários:

Anónimo disse...

Saiam de casa, hoje é sábado, e vejam a animação que por essa cidade e arredores vai!
Cafés cheios, ruas com gente(que não é de cá), restaurantes a abarrotar!
Ele são livros, ele é a música, ele é o cheiro de uma terra com história.
Vá, fotografe e divulgue! Tomar agradece-lhe!


sem interesses

Anónimo disse...

E ainda dizem que o investimento no Turismo não interessa.

Nem na Cultura.
E que os Festivais são para "drogados". E os estudantes do politécnico uns pelintras que só sabem beber e destruir.

Mas se não fosse isto Tomar era um verdadeiro cemitério, mesmo sem ciprestes...

Anónimo disse...

Para Anónimo das 13:31
Pois, pois, uma animação enorme. Uma facturação sem precedentes. Uma economia pujante.Tomarenses novos que aqui se estão a fixar para responder às ofertas de trabalho da turística economia local.
Pena TODAS as estatísticas demonstrarem o contrário.Pretende-se esquecer a realidade, redefini-la ou enganar alguem?
"Ruas com muita gente que não é de cá"; lembram-se do sr. Paiva garantir a chegada de excursões a Tomar para ver a nova fonte? Essa mesmo, aquela agora feita em cacos!
Pedro Miguel

Anónimo disse...

Esse tal de Paiva, da Trofa, foi a FONTE dos problemas que Tomar atravessa!

Uma verdadeira mais-valia!!!!!

Mais valia ter-se dedicado só ao Politécnico a explicar como se fazem PDM, a jogar ténis e a correr jogging!