segunda-feira, 23 de agosto de 2010

SURTO DE DESIDRATAÇÃO PROVOCA QUATRO MORTES

Surto de desidratação na cidade do Nabão provoca quatro vítimas. Mais precisamente quatro arbustos ornamentais, conhecidos por azevinhos, azevinheiros ou visqueiros. Trata-se de uma espécie vegetal rara, praticamente em vias de extinção, devido ao seu uso intensivo nas decorações de Natal. Os exemplares agora mortos são propriedade da autarquia e devem ter sido bastante caros, dado que os viveiristas têm tendência a valer-se da tal raridade.
Perante semelhante situação, Tomar a dianteira contactou um técnico silvicultor, que uma vez examinadas as plantas já secas, foi peremptório -Morreram vítimas de desidratação. Falta de rega, em linguagemn corrente. O que se compreende facilmente. As duas que estão junto ao Convento e à porta do Castelo foram prejudicadas pela falta de pessoal. Actualmente apenas há cerca de 35 funcionários no monumento. Logo a seguir ao 25 de Abril eram 5, um dos quais jardineiro.
Quanto às outras duas, uma à porta do Turismo Municipal, outra junto à Torre Sineira de Santa Maria dos Olivais, também não tiveram melhor sorte, devido à tal falta de operários na autarquia. Neste momento o município tomarense emprega um pouco mais de 500 funcionários. Em 1975 eram menos de 200. Mudam-se os tempos...

Azevinheiro junto ao Turismo Municipal. Agora até o regam, mas já é demasiado tarde. Resta proceder como disse o Marquês de Pombal, aquando do terramoto de Lisboa: Enterrar os mortos e cuidar dos vivos.

Este exemplar, colocado em frente de Santa Maria dos Olivais, também já faleceu, vitimado pela sede. Mas faz falta no local. O vaso metálico com a terra que o alimentava vai servindo de cinzeiro para os tomarenses que ali frequentam as santas missas.

O mesmo acontece com esta planta, colocada em frente da outra planta -a do conjunto convento-castelo-ao lado da Porta de S. Tiago. Também apenas resta proceder ao seu enterro quanto antes.

A mais torturada das quatro deve ter sido esta planta. Colocada à porta do Claustro da Micha, morreu de sede a poucos metros da gigantesca cisterna cheia de água do referido claustro. Pior do que isto, só morrer de miséria à porta do Banco Central Europeu...o que naturalmente nunca acontecerá, que o referido banco é na Alemanha.

7 comentários:

Anónimo disse...

Caro Dr., a ser verdade, ipsis-verbis, aquilo que relata é de uma gravidade, de uma irresponsabilidade de uma incúria, de uma , de uma …. totais!
Será não mais do que o reflexo? das abaladas estruturas, não só municipais, mas também nacionais que regem os destinos da terra.
Com certeza irão ser apuradas responsabilidades, com certeza irá ser aberto o averiguador inquérito, com certeza os culpados serão castigados!
Que, castigados, torturados, massacrados, feridos de morte lenta e agonizante, foram-no já os inocentes e indefesos arbustos. ! Sem remédio.

Anónimo disse...

E também há as árvores que morrem decepados pelo avisado conselho dos técnicos da autarquia (ou da Estradas EP) - à frente da Casa dos Cubos, na envolvente do Castelo, na envolvente da Escola Primária da Várzea Grande, na Rua da Fábrica, no Choupal Estrada Tomar-Torres Novas, no Mouchão, no ex-Parque Desportivo, em Ceras,etc. e tal.

Em nome do progresso e modernidade corta ou deixa morrer!

Anónimo disse...

Ironia das ironias, veja lá que 10% dos seus leitores que votaram nas hipóteses que apontou para "resolver" a crise, ainda acham que a solução seria trocar o actual presidente da Câmara, pelo Vereador responsável pelos jardins...
Uns tempos depois, seria o povo a morrer a sede e não as árvores. Nem o Nabão nos salva.
Se o responsável fosse o Luís Ferreira, estaríamos agora muito perto de um "golpe de estado", é ver como vão os pelouros do Vereador Carrão: Finaceira, mercado, obras, jardins... Isto de ser um tipo porreito ajuda mas não basta!

Anónimo disse...

Pelos vistos não é só às árvores sãs que dá a misteriosa doença mortal chamada "mal-de-corte".
Agora até outros elementos vegetais são vítimas mortais da doença endémica tomarense "heransis paulinus"...

Anónimo disse...

Não cuidar das árvores é ignorância máxima. Estando em causa um bem comum é também irresponsabilidade máxima. Não actuar para resolver problemas simples é incompetência. Estando em causa uma estrutura de serviços supostamente organizada é desleixo máximo. Houve tempo e há lugares onde estes factos tinham e têem consequências. Até para não se repetirem. Não será o caso localmente!
Pedro Miguel

Anónimo disse...

É como anterior comentador diz: os pelouros do vereador Carrão estão a saque. A limpeza da cidade e do concelho nunca esteve tão mal. A recolha de lixo, nem
com recurso a contratação externa de empresas da especialidade lá vai, os jardins já tiveram o seu tempo áureo e agora paraecem mais uns matos estragados. O mercado foi sendo degradado até ao seu fim (paz à sua alma). E a orientação financeira da autarquia é coisa que não existe.

E o homem ainda queria ter sido Presidene de câmara? E já agora com o senhor Casimiro como fiel escudeiro. A dupla maravilha e de grande sucesso, como se vê.

Os laranjas têm sido uma maravilha, na gestão destes sectores e durante estes anos.

Anónimo disse...

O Carrão com o Opel Insígnia, o Ferreira com o Opel Astra, o Victorino com a Renault Espace agora querem é rodar na estrada, melhor na auto-estrada, com passadeira vermelha (verde, amarela, tanto faz) com o GPS instalado (na viatura ou no iPhone!) e outras modernices, tudo à custa da teta municipal.
O resto, que se lixe!, pois o emprego é fixe!!!!!!