Surto de desidratação na cidade do Nabão provoca quatro vítimas. Mais precisamente quatro arbustos ornamentais, conhecidos por azevinhos, azevinheiros ou visqueiros. Trata-se de uma espécie vegetal rara, praticamente em vias de extinção, devido ao seu uso intensivo nas decorações de Natal. Os exemplares agora mortos são propriedade da autarquia e devem ter sido bastante caros, dado que os viveiristas têm tendência a valer-se da tal raridade.
Perante semelhante situação, Tomar a dianteira contactou um técnico silvicultor, que uma vez examinadas as plantas já secas, foi peremptório -Morreram vítimas de desidratação. Falta de rega, em linguagemn corrente. O que se compreende facilmente. As duas que estão junto ao Convento e à porta do Castelo foram prejudicadas pela falta de pessoal. Actualmente apenas há cerca de 35 funcionários no monumento. Logo a seguir ao 25 de Abril eram 5, um dos quais jardineiro.
Quanto às outras duas, uma à porta do Turismo Municipal, outra junto à Torre Sineira de Santa Maria dos Olivais, também não tiveram melhor sorte, devido à tal falta de operários na autarquia. Neste momento o município tomarense emprega um pouco mais de 500 funcionários. Em 1975 eram menos de 200. Mudam-se os tempos...
Azevinheiro junto ao Turismo Municipal. Agora até o regam, mas já é demasiado tarde. Resta proceder como disse o Marquês de Pombal, aquando do terramoto de Lisboa: Enterrar os mortos e cuidar dos vivos.
Este exemplar, colocado em frente de Santa Maria dos Olivais, também já faleceu, vitimado pela sede. Mas faz falta no local. O vaso metálico com a terra que o alimentava vai servindo de cinzeiro para os tomarenses que ali frequentam as santas missas.
O mesmo acontece com esta planta, colocada em frente da outra planta -a do conjunto convento-castelo-ao lado da Porta de S. Tiago. Também apenas resta proceder ao seu enterro quanto antes.
A mais torturada das quatro deve ter sido esta planta. Colocada à porta do Claustro da Micha, morreu de sede a poucos metros da gigantesca cisterna cheia de água do referido claustro. Pior do que isto, só morrer de miséria à porta do Banco Central Europeu...o que naturalmente nunca acontecerá, que o referido banco é na Alemanha.
7 comentários:
Caro Dr., a ser verdade, ipsis-verbis, aquilo que relata é de uma gravidade, de uma irresponsabilidade de uma incúria, de uma , de uma …. totais!
Será não mais do que o reflexo? das abaladas estruturas, não só municipais, mas também nacionais que regem os destinos da terra.
Com certeza irão ser apuradas responsabilidades, com certeza irá ser aberto o averiguador inquérito, com certeza os culpados serão castigados!
Que, castigados, torturados, massacrados, feridos de morte lenta e agonizante, foram-no já os inocentes e indefesos arbustos. ! Sem remédio.
E também há as árvores que morrem decepados pelo avisado conselho dos técnicos da autarquia (ou da Estradas EP) - à frente da Casa dos Cubos, na envolvente do Castelo, na envolvente da Escola Primária da Várzea Grande, na Rua da Fábrica, no Choupal Estrada Tomar-Torres Novas, no Mouchão, no ex-Parque Desportivo, em Ceras,etc. e tal.
Em nome do progresso e modernidade corta ou deixa morrer!
Ironia das ironias, veja lá que 10% dos seus leitores que votaram nas hipóteses que apontou para "resolver" a crise, ainda acham que a solução seria trocar o actual presidente da Câmara, pelo Vereador responsável pelos jardins...
Uns tempos depois, seria o povo a morrer a sede e não as árvores. Nem o Nabão nos salva.
Se o responsável fosse o Luís Ferreira, estaríamos agora muito perto de um "golpe de estado", é ver como vão os pelouros do Vereador Carrão: Finaceira, mercado, obras, jardins... Isto de ser um tipo porreito ajuda mas não basta!
Pelos vistos não é só às árvores sãs que dá a misteriosa doença mortal chamada "mal-de-corte".
Agora até outros elementos vegetais são vítimas mortais da doença endémica tomarense "heransis paulinus"...
Não cuidar das árvores é ignorância máxima. Estando em causa um bem comum é também irresponsabilidade máxima. Não actuar para resolver problemas simples é incompetência. Estando em causa uma estrutura de serviços supostamente organizada é desleixo máximo. Houve tempo e há lugares onde estes factos tinham e têem consequências. Até para não se repetirem. Não será o caso localmente!
Pedro Miguel
É como anterior comentador diz: os pelouros do vereador Carrão estão a saque. A limpeza da cidade e do concelho nunca esteve tão mal. A recolha de lixo, nem
com recurso a contratação externa de empresas da especialidade lá vai, os jardins já tiveram o seu tempo áureo e agora paraecem mais uns matos estragados. O mercado foi sendo degradado até ao seu fim (paz à sua alma). E a orientação financeira da autarquia é coisa que não existe.
E o homem ainda queria ter sido Presidene de câmara? E já agora com o senhor Casimiro como fiel escudeiro. A dupla maravilha e de grande sucesso, como se vê.
Os laranjas têm sido uma maravilha, na gestão destes sectores e durante estes anos.
O Carrão com o Opel Insígnia, o Ferreira com o Opel Astra, o Victorino com a Renault Espace agora querem é rodar na estrada, melhor na auto-estrada, com passadeira vermelha (verde, amarela, tanto faz) com o GPS instalado (na viatura ou no iPhone!) e outras modernices, tudo à custa da teta municipal.
O resto, que se lixe!, pois o emprego é fixe!!!!!!
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