Hoje apresentamos mais três exemplares, mas estas são de outra estirpe. São muito tomarenses. Tal como a cidade, têm um passado, por vezes brilhante. Não têm é futuro nenhum.
Esta primeira, situada na Mata dos Sete Montes, foi durante muitos anos apoio para o único parque infantil então existente em Tomar. Ao lado havia até um armário metálico com umas boas dezenas de livros para empréstimo, a cargo de uma funcionária municipal, que também vendia refrigerantes. Foi durante o período áureo de Tomar. Vinham as senhoras dos senhores oficiais e outras damas da boa sociedade nabantina passear a descendência, fazer malha e conversar, sempre acompanhadas pelas respectivas criadas de servir, ou sopeiras, devidamente ataviadas com aventais de peitilho...
Foram-se os militares, foram-se esses tempos, foram-se os livros, foi-se a funcionária, foi-se o parque infantil. Já não há sopeiras nem boa sociedade. Apenas alguns tomarenses que ainda julgam que sim. Ficou a chafariz e acrescentaram um contentor, por despejar desde a última festa dos tabuleiros...
Entretanto os adolescentes de ambos os sexos, apesar da liberdade de costumes, continuam a macular espaços com juras de amor que não têm coragem de dizer directamente aos interessados. Os portugueses sempre foram muito desinibidos, e quem sai aos seus...
Pois a pessoa em causa, certamente com vasta experiência em gestão turística, convenceu-se que colocando ali um funcionário do Convento a vender bilhetes a um euro para visitar a capela, iria ser um sucesso. Está claro que não foi. Pois se a maior parte dos visitantes nem à borla lá querem ir...
Ficou a casinhota, a aguardar transporte e melhores dias.
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