IRONIA
Quando, na prolongada ausência de uma explicação camarária e cabal, alguns munícipes mais despachados decidiram que o paredão junto à moagem só é bom para urinol público, houve logo quem protestasse. Como é costume. Afinal estamos em Tomar.
Realmente, funcionando como mijadouro público, o dito paredão será sempre discriminatório. Ninguém está a ver o belo sexo a usá-lo para se aliviar. Ou por outra, ninguém estava a ver. Porque a revista Tabu, publicada semanalmente em conjunto com o SOL, apresentou uma novidade que vem alterar tudo. E com um título muito bem escolhido -"O alívio feminino por um cone".
É certo que o novo apetrecho não se pode dizer que seja barato, tendo em conta a sua natureza descartável. 3,5 euros cada cinco unidades, é dinheiro. Mas a autarquia irá certamente mandar colocar no local um distribuidor gratuito (sempre abastecido, como vem acontecendo com os sacos para recolher os dejectos caninos...). Porque um município que em 9 meses gasta com museus 55.700 euros + encargos com pessoal, para uma receita de 6.270 euros (ver vamosporaqui.blogspot.com de 24/08), não é, como todos sabemos, uma rica autarquia; mas é, ou julga que é, uma autarquia rica.
9 comentários:
Sempre a citar o Ferreira. Isso não é já fixação no senhor?
Os museus não dão lucro? Pois não.
E os Municipios dão lucro?
Vamos extingui-los?
Começamos por onde? Pelas Freguesias?
O dito cone talvez resolva parte das preocupações e angústias públicas do Presidente da Junta de SMO: a necessidade de retretes na cidade para os turistas/excursionistas. A outra necessidade são mesas e cadeiras para o petisco trazido de casa.
Actividade económica relevante, este turismo ...
Se o dono do Noite e Sol tiver "esperto no escabeço" poderá fazer promoções do género:
- Especial para casais: por cada 10 euros de despesa oeferta dum cone à dama.
+E pr+atico e resulta. Vão ver!
Orelha informadora do Turismo de lá de pé da Mata, avisa que em Setembro vamos ter mais uma enchente de turismo sénior de grande Concelho do Oeste.
Grão a grão...
Para anónimo das 08:50
Tenciono usar o seu comentário para o próximo post, que escreverei logo à noite. Antes, porém, respondo-lhe às duas perguntas -os museus e os municípios.
Sobre os museus, não se trata de saber se dão lucro ou não. Apenas de garantir o seu adequado funcionamento e manutenção. Com a penúria que por aí vai, e a miséria que aí vem, haverá dinheiro disponível para isso? Eis a questão.
Quanto aos municípios, não tarda dez anos que mais ou menos metade tenham desaparecido, absorvidos por outros maiores. Ainda há três meses a Grécia, instada pelo FMI, a UE e o BCE passou de 800 e tantos municípios para menos de metade. E não consta que tenha ficado pior.
Resta a questão das freguesias, que não existem nem Espanha, nem em França, nem na Bélgica, nem na Holanda. Por conseguinte...
Precisa-se uma nova lógica administrativa para o território português.
A que temos, salvo excepções pontuais, tem mais de um século (é do tempo do Mouzinho) e está completamente desajustada da actual repartição humana no país.
A Grécia só fez o inevitável, forçada por organismos externos. Se nós não o fizermos a bem, também seremos obrigados a fazê-lo num futuro próximo. Depois será a doer. E Tomar arriscará a ir parar a um futuro concelho do "Médio Tejo" com sede no Entroncamento...
AA
Ó Rebelo passaste-te?
Acabar com as Freguesias? E os senhores jaimes deste País? Que seria deles?
Eu é que sou o pesidente da junta, hic!
Ía ser outra Maria da Fonte. Lá isso ía.
Não viu o que aconteceu com aquele rumor que a Doutora Manuela Norte inventou de fecharem as extensões de saúde pelo concelho? Ouve logo manifestação organizada pelo pesidente da junta amigalhaço do partido e o povo lá veio contestar. Não viu?
Mas o senhor do "vamosporaqui" não tem nada a ver com o executivo da Cãmara? Percebo, é dos que come do tacho mas não tem nada a ver com o assunto. Uma espécie daquele que não vai à vinha, mas fica de atalaia. Percebo perfeitamente.
Caro dr., sei que o que vou escrever poderá fazer corar algumas mentes menos arejadas, portanto, menos predispostas ao uso do pree-weee; porém, não resisto, e deixo ao sabor do seu superior critério editorial, publicar ou não a refrega.
Oh meus caros e caras, com toda a natureza o título não seria:”alivio feminino por um cone”, antes: “entorne a c*** por um cone”.
3,5 euros cada cinco unidades, com franqueza, até nem me parece caro. Se bem divisar a coisa 3,5:5=0,70 cêntimos.
0,70 cêntimos cada micção! Arejada e tudo, não é cara não senhor.
Que o pee-weee, tem tudo para “ser o melhor amigo das mulheres”, é de principiante; bastará perguntar-lhes, e, naturalmente, todas responderão o que os machos estão a pensar!
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