IMAGENS TOMARENSES DE FIM DE SEMANA

Imagem cada vez mais usual em Tomar. Com os ecopontos a abarrotar, as pessoas são forçadas a deixar as embalagens no exterior, na calçada. Uma excelente perspectiva para qualquer turista que se preze... Dá logo uma ideia de limpeza, de preocupação com o aspecto geral.

Outra vista muito tomarense. No primeiro plano, ao alto, à esquerda, uma indicação para turistas, que está assim partida há mais de 5 anos. No segundo plano, do lado esquerdo, um cartaz atado a uma árvore, como se isto fosse uma espécie de Aldeia da Porcalhota. Do lado direito, um árvore seca desde há meia dúzia de anos, que nunca foi substituída. Um pouco mais abaixo, umas cruzes e umas bandeirolas desalinhadas, que nenhum turista sabe o que estão ali a fazer. Um exemplo flagrante do desmazelo reinante.

A multi-secular Cerca do Convento -a Mata, como lhe chamam agora- continua muito atractiva, mesmo no estado em que se encontra, e com obras do mesmo tipo das da Rotunda. As chamadas obras "Pilhas Duracell" - "E duram! e duram! e duram! e nunca mais acabam!"

Ainda assim, uma pombinha aproveitou para enriquecer o seu álbum de casamento. Eventualmente porque, como costuma dizer o Malato, já fui tão feliz na Cerca!

Por falar na velha Cerca Conventual ou Cerca do Conde, aqui temos uma perspectiva nova. No primeiro plano, as coberturas das ainda inacabadas instalações sanitárias. Em vez das tradicionais telhas vermelhas, pois estamos em pleno Centro Histórico, não senhor! Resolveram a questão com um isolamento moderno, recoberto de brita número 3. Se fosse um particular a ter tal ousadia, embargavam-lhe logo a obra e depois impunham-lhe as referidas telhas de barro vermelho. Mas como o dono da obra é a própria autarquia, esperemos que as pedras não venham a servir um dia para bombardear quem passa. Com o vandalismo que por aí vai e a pouca altura do WC do lado norte, nunca se sabe...

Entretanto, no segundo plano, o Infante D. Henrique, com o seu ar meditabundo, continua a interrogar-se: -Se nunca fui guarda florestal, que raio estou aqui a fazer?! Ao seu lado, um autocarro de turismo, a demonstrar que somos cada vez mais, apesar das proclamações em contrário, uma cidade de remendos, capital da descoordenação: Se há parque de merendas, não há WC, nem água, nem parque de estacionamento; se há estacionamento, como no mercado ou na Várzea Grande, não há água, nem WC em condições, nem parque de merendas. E temos até o cúmulo dos cúmulos: Onde dantes havia instalações sanitárias, estacionamento para autocarros, água, parque de merendas e coisas para ver, agora só restam as coisas para ver. Estamos a falar, naturalmente do conjunto Várzea Pequena, Mouchão ex-estádio, durante muitos anos a verdadeira sala de visitas da cidade. Bons tempos! Entretanto, só não conseguimos o Nobel da parvoíce, porque tal coisa (ainda?) não existe. Caso contrário era trigo limpo, com as famosas obras milionárias que transformaram um estádio recente num campo de treinos com relva sintética. Ao que julgamos saber, é caso único, pelo menos na Europa à qual pertencemos.

Como há aqui um espaço livre entre as cruzes e as bandeirolas estilo bêbedo, aproveita-se para contar a piada tomarense mais recente. Tão recente que ainda fumega: Parece que o pessoal do avental está preparado para se condidatar noutro concelho do distrito, que isto por aqui está cada vez mais mau. De tal forma que se preparam para migrar em direcção a Mação, a autarquia dos mações. Estava-se mesmo a ver!!! Não estava?!

Mais dois aspectos das tais cruzes, cuja utilidade ninguém consegue lobrigar. Se inicialmente a ideia até pode ter sido útil, uma vez ultrapassado o Dia da Cidade, para quê tal estendal de coisas tortas, partidas, desalinhadas, algumas até arrancadas? Será para lembrar aos eleitores tomarenses que, quer queiram ou não, cada um terá de levar a sua cruz até ao calvário? Se é isso, não contem comigo! Vou já arranjar um atestado médico. E não me calo de maneira nenhuma, conforme avisei no local próprio e na ocasião que me pareceu a mais adequada. Quem te avisa.... ...uma vez que homem prevenido.... Vale por dois? Pois. Mas também tarde ou nunca é.... rima e é verdade!