Tomar a nuvem por Juno, ou deixar que a árvore esconda a floresta. Tal é a postura dos senhores autarcas tomarenses em geral. Indo por partes.
O Festival Bons Sons, realizado em Cem Soldos, uma freguesia rural, pela respectiva população, está ser, ao que consta, um extraordinário sucesso. Congratulemo-nos! Parabéns Cem Soldos! Trata-se de uma realização comunitária de grande envergadura e muita qualidade, que prestigia não só a aldeia que o realiza, mas igualmente a sede do concelho.
É igualmente um iman para o pobre e debilitado turismo tomarense e para as respectivas actividades dele dependentes (hotelaria, restauração, património, vida nocturna, recordações...).Nada, porém, de embandeirar em arco, como se fora uma realização óptima e única. Não é. Porque o óptimo é inimigo do bom e este pode sempre ser aperfeiçoado. Porque há por esse país fora -e mesmo no concelho- realizações similares, maiores ou menores, com semelhante sucesso.
O que agora deve preocupar os dinamizadores do excelente êxito de Cem Soldos, bem como os que se interessam realmente pela situação da comunidade tomarense no seu todo, é o honesto e completo balanço final. Pelo menos fazer a sua contabilidade rigorosa e publicitá-la. De forma a inviabilizar boatos maldosos que sempre pululam, sobretudo nos meios pequenos. Igualmente para se apuraram duas coisas: 1 - O Festival, tudo somado e subtraído, deu realmente lucro? Quanto? Para que vai servir? 2 - Sem o subsídio camarário de 20.000 euros, teria ainda assim dado lucro?
Na verdade, a questão cada vez mais premente, nestes tempos de crise e de encolhas, parece ser esta: As mais variadas actividades e realizações não poderão continuar a contar com a generosidade forçada dos contribuintes, via autarquia e autarcas mãos-largas. Sobretudo em Tomar, onde tudo aponta no sentido de o défice municipal se estar a agravar na ordem de um milhão de euros (= a 200 mil contos) por mês. É insustentável. E quanto mais tempo durar, pior.
Dado que a autarquia não pode deixar de pagar aos funcionários, assegurar o seu próprio funcionamento e garantir os serviços essenciais, cada vez mais onerosos, as contas são fáceis de fazer ou, se preferirmos, a dedução é lógica e fácil...
Seria uma extraordinária lição prática de civismo e de entrosamento comunitário se, feitas as contas e apurado o lucro, a organização de Cem Soldos resolvesse devolver à Câmara o total ou parte do subsídio recebido. Porque vai sendo tempo de ver as coisas como elas são. Tudo tem de ser pago. De uma maneira ou de outra. E o que vai para um lado, já não pode ir para outro. Dado que os recursos são cada vez mais escassos...
Compreende-se que o município possa ser fiador desta ou daquela iniciativa, uma vez debatida a questão. Aceita-se igualmente que avance um fundo de maneio, quando necessário, o qual deverá ser devolvido, salvo clara impossibilidade, por motivos imprevistos. Agora doações, esmolas, subsídios a fundo perdido, isso tem de acabar. Há por esse país fora, e no nosso concelho, dezenas de manifestações populares que dão lucro e nunca tiveram qualquer ajuda da autarquia. Nem a pediram, honra lhes seja feita!
Gastar balúrdios, que tanta falta faziam noutros lados (na manutenção do mercado, por exemplo, que nunca foi assegurada de forma cabal...), com o Festa dos Tabuleiros, o Congresso da Sopa, e por aí adiante, já era algo aberrante no tempo das vacas gordas, tendo contribuído em muito para o atoleiro em que nos encontramos. Agora com a crise, é algo absolutamente impensável e insustentável. Só autarcas invisuais em macro-economia ou deliberadamente palonços podem continuar a sustentar o contrário.
Segundo as melhores fontes internacionais, designadamente o Eurostat (que trabalha com dados do INE, no que a Portugal diz respeito), o nosso país gasta anualmente com a administração pública central, regional e local, um pouco mais de 15% do PIB. A média da União Europeia é de 9,8% e os nossos vizinhos espanhóis ficam-se por pouco mais de 7%. Por isso pagam menos IVA, menos IRS, menos IRC e menos IMI do que nós. Por isso há tanta coisa mais barata em Espanha. Os combustíveis, por exemplo...
É claro que também há o tão apregoado modelo escandinavo (sueco, finlandês, norueguês, dinamarquês), que muitos portugueses consideram uma maravilha. Mas estarão interessados em pagar 24 ou 25% de IVA? E na publicação anual da folha de impostos de cada um, sob a forma de lista telefónica, livremente consultável, em suporte papel ou na Internet?
O futuro não é só o que aí vem, mas igualmente o que estamos vivendo em cada momento, uma vez que a mudança é permanente e cada vez mais acelerada. Impõe-se, portanto, adquirir outros hábitos. Ontem já era tarde.
20 comentários:
O amigo Prof.Rebelo naturalmente que me vai desculpar da minha frontal e absoluta discordância sobre o que escreveu.
E deixe-me dizer-lhe que tal não advém do facto de exercer as funções de Verrador da Cultura e do Turismo.
O investimento que o Municipio fez com o Festival, poderá ser da ordem dos 30 mil euros, tudo somado (20 mil de subsidio directo, mais a limpeza contratada para o efeito, apoio logístico directo, promoção em jornais nacionais e tv de Tomar, à volta do Festival e brochuras-ancora de divulgação).
O Festival, em gastos directos, andará segundona estimativa inicial da organização, nos 150 mil euros, mas será naturalmente de valor superior.
O apoio directo do município será assim de menos de 20% do custo total.
Ora, para uma iniciativa que trouxe a Tomar, seguramente mais de 30 mil pessoas, convenhamos que é um valor muito baixo.
Acresce que Tomar começa a ser falado pelos Bons motivos (sons) e não pelos disparates paivianos.
Não conheço nenhum general pessimista que tenha ganho uma guerra e quanto à analise financeira, ficamos para outro momento, que o espaço é curto para isso.
Este é o caminho e seguramente a maioria da população estará de acordo conosco.
Abraço solidário discordante
Cuidado com as comparações de modelos de serviços e fiscalidade entre países. Também aqui há malabarismos contabilísticos.
Os ricos acham sempre impostos altos face ao serviço público prestado. Porque podem pagar o colégio privado dos filhos e a (boa) universidade privada na Europa ou EUA. De igual modo a saúde:pode sempre escolher-se a clínica eo médico que se acha melhor. Até a segurança pode ser garantida por corpo privado e não contar com PSP ou GNR. Comboio, metro ou TU local, fora de hipótese. Subsídios vários, dispensáveis.
A classe média, com a mania que é ou há-de ser rica, alinha com este discurso.
Os pobres e remediados que entregam a "criação" dos filhos à escola praticamente gratuita,com ensino de profissão a custo reduzido; que pagam 2 euros por uma consulta médica e 8 euros para serem levados a Lisboa em 1 hora e com ar condicionado; que querem a ambulância presente, com enfermeiro, em 10 minutos se caírem na rua; exigem reforma na velhice e subsídios vários,também acham os impostos um peso.
Claro que aa entidades públicas como, por exemplo, a Câmara de Tomar devem racionalizar a despesa, única forma de respeitar a receita.
Pedro Miguel
Desta vez tenho de dar razão ao município quanto à utilidade deste festival para o concelho de Tomar. Se forem necessários 20 000 euros de subsídio para se realizar um evento desta natureza que sejam atribuídos tendo em conta os benefícios gerados. Só há um pormenor... Este evento é idealizado e realizado pela população de Cem Soldos. O executivo municipal continua a não demonstrar capacidade para dar a volta à crise profunda instalada em Tomar. A sociedade civil precisa de se unir para ter uma voz activa.
Esta é, realmente uma terra do caraças;
Se a coisa resulta não presta, se a coisa não resulta não presta e a culpa é sempre dirigida!
Jornal local em primeira página: artista pimba leva não sei quantos mil a concelho vizinho…(como quem diz, nós não temos cá disto…)
Por cá houve: literatura, música de qualidade, jovens e menos jovens na rua! NÃO PRESTA?
Oh Dr. O sucesso (dos outros) faz-lhe cócegas?... parece!
Para anónimo em 13:43
Como não terá percebido o que foi escrito, segue uma enumeração esquemática, para maior facilidade de entendimento: 1 - Conforme já foi dito no post, "Parabéns Cem Soldos!" 2 - Sendo uma excelente realização, os seus responsáveis deveriam, num gesto de grande civismo, devolver à autarquia o subsídio recebido, caso as receitas dêem para isso; 3 - A autarquia não devia dar subsídios a fundo perdido, mas sim servir de fiador ou, em certos casos devidamente ponderados, avançar um fundo de maneiro reembolsável, salvo percalço grave.
Com isto tudo ainda acha que sou contra? Pois realmente sou. Contra quem não percebe bem aquilo que lê. Contra quem gosta de mamar no orçamento municipal. Contra quem tenta comprar votos com o dinheiro de todos nós. Contra as passeatas gratuitas com comezaina e tintol, pagas pelos contribuintes todos.
Gostava de informar que omprimeiro comentário, das 9:59, que por um motivo qualquer não saiu "carimbado" é efectivamente meu.
Quanto à iniciativa do Bons Sons ser do SCOCem Soldos ninguém quer retirar a paternidade. Não se pode é querer que a autarquia esteja e não esteja, invista e não investa, apoie e não apoie.
Para que não hajam duvidas a autarquia na sua estratégia turística apostou este ano no Carnaval, promovido pela TomarIniiativas e pala Associação da Linhaceira, no Tomarimbando, promovido pela Gualdim-Pais, nos Bons Sons, promovido pelo SCOCS e na equipa sénior de hóquei em Patins que disputa a 1.a divisão nacional, do Sporting Clube de Tomar.
Isso naturalmente alem das iniciativas próprias da Sopa, Lego, Estatuas, Gala Acordeão, mercados noveentistas e da republica e Feira Sta Iria, com entrementes de mostras gastronómicas e animação da praça da Republica.
Isto não serve, é pouco dirão alguns. É demais, dirão outros. Não tem mal, será sempre assim, mas agora se não se importam decidimos nós, que estamos cá para isso.
Um abraço e façam o favor de serem felizes são os votos do vosso vereador da cultura e turismo
O "nosso" (livra!) vereador da cultura e turismo dá imensos erros de gramaticais e de escrita.
O socratismo é isto: palrar sobre tudo (em voz firme e esganiçada!) sem qualquer rigor!
Que tal voltar a rever os seus (dele) - fracos -conhecimentos da língua portuguesa (e do resto!)?!
A camarada Edite Estrela pode dar uma boa ajuda (sobre língua portuguesa)!
E o camarada António Rebelo também (sobre cultura e turismo)!
Devolver o subsídio?
Nunca ouvi tamanho disparate!
Não!
Para isso devolviam aos espectadores. Eles é pagam!
30.000x10= 300.000.
Ou pelo menos 180.000 se forem todos os bilhetes a 6 euros (um dia).
Como se sabe o que mudou foi o facto de passar a ser pago. Näo o facto de passar a ser contribuído pela autarquia.
Eles - a organização, as pessoas de Cem Soldos, deviam era estar na câmara! Se conseguirem multiplicar assim os investimentos...
E todos, TODOS, os inteligentemente cultos de política, irem para o desemprego, ou sei lá... emigrarem!
Passar bem! E tenha juizinho. Tal disparate não lhe cai nada bem. Nem por muitos amigos que tenha na câmara e política tomarense.
Para JP:
Nota-se no seu comentário que deve viver noutro planeta. Até acha que ter ideias diferentes da sua é um puro disparate. E deve considerar-se um democrata sem mácula. Ou também pertence aos nacionalistas de bota preta?
Com que então, os espectadores é que pagaram. E o subsídio global da câmara (cerca de 30 mil euros, segundo o vereador)veio de onde? Cuida que a autarquia tem alguma máquina de fabricar euros?
Se me permite um modesto e tosco conselho, trate mas é de se adaptar quanto antes ao país e à época em que vive. Olhe que depois pode ser demasiado tarde e os tempos que aí vêm não são nada para brincadeiras, como vai ter a ocasião de sentir na pele e no resto. E os seus pais não duram para sempre...
Cordialmente,
António Rebelo
Eu não fui ao festival de Cem Soldos porque não era à borla. Mas fui a Ferreira do Zêzere ver o Tony Carreira, o maior cantor português da actualidade porque me deram bilhetes, a mim, à minha Maria e aos meus três pequeninos. Só tive pena de não ouvir ao vivo o sr. escritor que era para vir a Tomar, mas também não fiquei assim com muita pena porque não havia comida para os convidados.
Enfim, para o ano será melhor. Pode ser que me calhem bilhetes sem pagar e que em vez de Lobo Antnunes convidem o apresentador do noticiário do canal 1, especialista em guerras mas ao longe...vocês sabem de quem eu estou a falar...aquele que escreve livros ao rotimo do Paulo Coelho, outro escritor de super-mercado!
Gosto dos seus conselhos. Melhor dizendo, gosto de quem se propõe a dar conselhos.
Agora que tanto devolver o subsídio à câmara, tal como "adaptar-se ao país", não deixam de ser tremendos disparates, não deixam.
Adaptar-se a algo que está mal e não querer sequer ver os melhores exemplos de organização e de "saber fazer" não é seuqer mediocridade. É, para mim, inacção própria. Aceitar que as coisas têm que ser assim revela sem dúvida querer fazer muito pouco.
Ora, o exemplo que usa demonstra exactamente o contrário. Falou de uma organização local, de um festival de espectáculos de cultura, como se fosse essa organização que tivesse alguma coisa que ver com o estado da economia nacional ou autárquica.
Obviamente, e pode pensar que sou democrata sem mácula ou nacionalista de bota preta - cujos significados nem conheço: democracia assenta num sistema piramidal tendo por base o povo, os trabalhadores, os contrinbuintes (e nunca esquecer que democracia sempre assim foi, começando por assentar numa economia esclavagista. Escravos que hoje são sem dúvida os cidadãos que em Portugal trabalham e pagam impostos, e os que o podem fazer mas que não têm trabalho, ou não aceitam as condições de trabalho), e os principais manipuladores nos políticos e nos lobbies.
Quem está mal não tem que se mudar. Quem está mal muda as condições do que está em seu redor. E não aceita e adapta-se. Isso do mais primitivo desumanismo. O Homem sempre, sempre sempre adaptou o que está a sua volta.
Isto para dizer que se não há dinheiro então não se gasta. A câmara subsidiou? Então é porque tem dinheiro.
E com certeza que a câmara pode fazer dinheiro, se pura e simplesmente deixar essa mentalidade que tem um orçamento e ponto final. Tem que saber investir e fazer multiplicar os euros. Mas já se sabe que não é assim na sua autarquia, no seu país. Nem no seu mundo.
Quanto aos meus pais... se estiver com eles mande-lhes cumprimentos. Falei com eles ontem e estavam bem.
Espero que o mesmo se passe consigo e com os seus familiares queridos.
A propósito do Festival BONS SONS
Quero penitenciar-me por não ter estado presente no Festival de Cem Soldos, facto que se deveu em estar ausente de Tomar.
Este evento merece todo o nosso apoio, não só pela programação que chamou a Tomar (Cem Soldos) muita gente que de outro modo não punha cá os pés.
Este evento poderá vir a ser, também, merecedor de um estudo sociológico, pelo facto de estar genuinamente entranhado na vida da comunidade que nela se envolve de espírito construtivo.
Quero salientar o empenho institucional do senhor vereador da cultura, no apoio ao evento e à sua divulgação, facto que pela primeira vez acontece em décadas nesta autarquia.
Apesar de não comungar do perfil nem da filosofia da gestão da autarquia no seu todo, onde englobo o vereador da cultura, não posso deixar de elogiar a coragem do senhor vereador no apoio dado a este evento, que é, de momento, o maior evento cultural com realização no Concelho de Tomar.
Caro António Rebelo,
Quanto à sua questão dos dinheiros públicos, deixe-me que lhe diga (sabendo que estaremos em concordância) que o desbaratamento dos dinheiros públicos (dos nossos impostos) não está neste Festival Bons Sons, mas, seguramente, noutras áreas e outras instituições. Recomendo, sobre este assunto, uma análise à medida da senhora Ministra da Educação relativamente ao Ensino Artístico e afins... É um assunto que merece ser bem estudado, até pelos milhões que andam à solta sem qualquer controlo...
A medida da senhora Ministra da Educação é a ponta de um aiceberg à deriva, e sem quaisquer resultados... Para bom entendedor!
Ainda voltaremos a esta questão.
José Soares
Para José Soares:
Concordo com a sua afirmação: o desbaratamento dos dinheiros públicos
não reside no apoio ao Festival Bons Sons. Trata-se, segundo opinião generalizada, de uma magnífica realização comunitária que foi um grande sucesso.Claro que pode e deve ser melhorada. Mas isso não deve ser argumento para a criticar injustamente.
O que aqui escrevi foi que, havendo recursos para tal, deveriam os organizadores encarar a hipótese de devolver à autarquia o subsídio recebido, no todo ou em parte, como forma de iniciar uma onda de renascimento tomarense, cujo desenvolvimento terá se ser liderado pela sociedade civil e não pela autarquia, gerando riqueza em vez de a esbanjar, com tem acontecido até agora. Considero, por exemplo, que é absolutamente aberrante, sobretudo em tempos de grave crise, que após tantas edições da Festa dos Tabuleiros, sempre com centenas de milhares de visitantes,persista a habitual necessidade de grandes subsídios a fundo perdido, tanto da autarquia como do governo central. Ou mudamos ou não vamos a lado nenhum. Até porque o dinheiro não vai chegar para tudo.
A Festa dos Tabuleiros tem um cacácter não comparável com o Festival Bons Sons. É um erro meter os dois eventos no mesmo saco quando se fala de apoio financeiro público.
A Festa dos Tabuleiros é uma festa do povo para o povo, muito embora o poder político se tenha metido no assunto, assumindo foros de patrão quando apenas devia ser patrono. Devo referir que sempre fui visceralmente contra a cobrança de bilhetes como sucedeu já na zona da Alameda Um de Março.
Se até à penúltima realização constituiu grave problema financeiro foi por culpa dos responsáveis que geriram aquilo como se de uma tasca se tratasse. Está provado que com uma gestão séria e responsável o cenário muda radicalmente. João Victal fê-lo! O resultado é conhecido de todos...
O Festival Bons Sons é completamente diferente! É uma mostra de música, com artistas pagos para viram actuar, e quem percebe destas coisas sabe que antes de subirem ao palco já têm o dinheirinho assegurado salvo, e isso fica sempre expresso no contrato, se houver impedimento por parte do artista. Daí que seja de todo normal cobrar entrada para o Festival. É um acto puramente comercial
Como alguém já aqui disse, até seria curial que, havendo lucro efectivo depois de apuradas todas as contas, incluindo o subsídio camarário creditado, e se o lucro superar o valor desse subsídio o mesmo devesse ser devolvido.
Pelos vistos, José Soares, o Festival Bons Sons atraiu a Tomar muita gente como reconheces, mas não foi sufuciantemente apelativo para te atrair a ti...
...porque terá sido? Ou como dizem os ingleses "I wonder why??!!!"
Esclarecimento
os erros que muitas vezes aparecem nos textos que por aqui escrevo, devem-se apenas ao facto de usar um teclado virtual e os meus dedos não serem suficientemente "finos" para "teclar" com a rapidez que o faço. Texto livre, sem correcção, que raramente estou sentado em frenético a um computador para o poder fazer. Um misto entre o "teclês" e o português. Sem vergonha, assino, porque a cultura do espaço virtual é isto mesmo livre e rápida como o bytes o são.
Vamos portanto às ideias que isso é que interessa, deixemos a forma. Preocupem-se com o conteúdo e não com o rotulo. E permitam-me que lhes diga que também esta atitude é inerventiva: uma Cidade que tem vivido, demais na minha opinião, para as aparências e que vem perdendo o conteúdo. Vamos recuperá-lo
quanto ao investimento nos sectores que "coordeno" politicamente, ele é para continuar, porque ou investimos nos sectores que nos podem criar mais-valia ou então mais vale "arrumarmos as botas" que não estaríamos cá a fazer nada.
Um abraço de saudações a todos
Caro António Rebelo,
Apraz-me a sintonia que manifestamos no que concerne ao Festival Bons Sons. Tal como afirmei, neste evento o vereador da cultura esteve à altura e agiu de acordo com o que deveria ser o empenho de qualquer autarquia para com os eventos que apoia, e, como é evidente, especialmente aqueles a que atribui maior importância, independentemente de estarmos ou não de acordo a politica geral para o sector.
Esta discussão só é possível com gente de espírito aberto e intelectualmente saudáveis.
Conheço boa gente que fala fala fala e não tem uma única ideia consistente, para além da retórica politiqueira, para a governação do município.
Fala-se de cultura, eles confundem com acção social; fala-se de educação, eles confundem com obras; fala-se de ordenamento, eles...
Enfim, como diria Alberto João Jardim, Deixai-os falar para lhes conhecermos as asneiras ou, o que é pior, a falta de ideias...
Não é nada fácil participar na vida democrática, assumir as afirmações e as suas consequências é, hoje em dia, privilégio de alguns, poucos certamente.
Como dizem os grandes Homens que a História nos recomenda, apesar de tudo, vale a pena viver em democracia. Nesta, até os imbecis têm lugar.
José Soares
Devolver o subsídio? É uma opinião, certamente plausível. Mas por este ponto de vista, a organização do Bons Sons tem autoridade para taxar os hotéis, pensões, restaurantes, cafés, padarias, supermercados, no fundo todos os serviços que beneficiaram com a realização do evento. Se assim for, apoio a devolução.
Se as entidades conseguissem multiplicar assim os investimentos seria fantástico, como qualquer merceeiro nos explicará.
Digo mais, a organização deverá, em futuras edições, ser apoiada do ponto de vista infra-estrutural, pois a população e organizadores iniciam o festival, já com dias e noites de trabalho, quando o município dispõe de ferramentas e estrutura que possibilitariam um evento de ainda maior qualidade.
Lucro. A existir parece-me que sendo o organizador uma associação sem fins lucrativos, este será utilizado em actividades culturais, desportivas, ou outras em beneficio da população.
Tomarenses, estamos perante um caso de sucesso, que só nos deve orgulhar.
Parabéns Cem Soldos.
Bem - hajam.
Ó Zé do Pífaro, as tuas noções de cultura e os teus planos para a cidade já a gente conhece de ginjeira! Por isso não sejas chatinho e vai embora outra vez de férias e regressa para o Verão!!!
Melga, melga, melga...
O Festival Bons Sons, realizado a 21, 22 e 23 de Agosto, na localidade de Cem Soldos, freguesia da Madalena, concelho de Tomar, superou, em nossa modesta opinião, todas as expectativas, tendo largos milhares de visitantes enchido por completo a Aldeia, tendo-se verificado a maior cordialidade entre os visitantes e os visitados, assim como uma organização coesa, fazendo face a todas as exigências provenientes do grande contingente de pessoas que vieram e ficaram durante três dias.
Obviamente que outra coisa não seria de esperar, pela dinamização que o Sport Club Operário de Cem Soldos tem demonstrado ao longo dos anos, e como não poderia deixar de ser, aplicando todo o seu saber e vontade de trabalhar, como é seu apanágio.
Pelos motivos apontados queremos deixar em nome do Órgão Junta de Freguesia da Madalena os nossos sinceros parabéns, não só ao Sport Club Operário de Cem Soldos, Associação promotora, mas a todos que se uniram e deram seu contributo para o seu êxito.
Queremos também manifestar o nosso contentamento pelo movimento acrescido que a cidade de Tomar teve, proveniente do referido evento, deixando muitos comerciantes com quem falámos, muito satisfeitos, deixando mesmo cair a frase “é disto que Tomar precisa”.
Desta forma, podemos dizer que os objectivos foram superados, ao nível cultural, social e económico, contudo não deixamos de salientar, que apesar de tudo ter corrido como desejava-mos, há sempre algo que se aprende e com essa aprendizagem verificou-se que é necessário a muito curto prazo, ou seja no espaço de dois anos, haver uma requalificação do Largo onde foi realizado o evento, afim de vir a dar um melhor acolhimento e bem estar para todos.
Sabemos que estão vários projectos preparados e já apresentados à população, para a sua requalificação. Deixamos o desafio aos responsáveis para com os mesmos, que, com maior brevidade possível, seja escolhido o melhor e proposto às entidades locais a sua execução, para assim poderem ser estabelecidas as parcerias necessárias e a respectiva calendarização, e poder estar concluído ainda antes do próximo evento.
Esta foi a redação séria que encontrei para descrever e agradecer o referido evento e não posso deixar de manifestar o meu total desacordo pela ideia de devolver o subsidio atribuido à Câmara Municipal de Tomar.
Como sabemos, Muitas freguesias têm sido prejudicadas com serviços issenciais em deterimento da cidade e por isso, o Sport Clube Operário de Cem Soldos, sempre esteve envolvido no bem estar social da aldeia, com muitas acções no terreno. Temos como exemplo a elaboração de projectos para requalificação do LARGO, entre outros.
Neste contexto, estou ciente que os lucros serão bem empregues.
Arlindo Nunes
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