quinta-feira, 10 de março de 2011

MÁ LÍNGUA, EU??!!

É sabido que os senhores autarcas que temos dizem que é má-língua sempre que sobre eles emito uma opinião menos favorável. Quando digo, por exemplo, que o PSD governa a autarquia tomarense há quinze anos, mas mesmo assim os seus autarcas ainda não conseguiram nem conseguem ver que nos estão a afundar cada vez mais. Ou quando critico os eleitos socialistas, por terem subscrito um acordo de coligação, sem verem que era invertebrado, os atava de pés e mãos e permitia continuar com as desconchavadas obras paivinas.
Alheios a estas querelas gualdinas, os importadores das lentes Varilux, da Essilor, que permitem ver tão bem ao perto quanto ao longe  (passe a gratuita publicidade), não estiveram com mais delongas. -Onde é que em Tomar há mais cidadãos distintos com manifesta dificuldade de visão?, perguntaram eles. Obtida a resposta, que por uma questão de educação me abstenho de publicar (volta e meia tenho assim uns pruridos piedosos...). mandaram os técnicos de rastreio estacionar a carrinha em local estratégico. Olha lá se não acertaram em cheio! Só é pena que aqueles que mais precisam quanto antes de um bom exame às suas capacidades de visão, procurem nem sequer passar por ali. Não vá dar-se o caso de algum dos técnicos os importunar...
Foto CM, com os agradecimentos de TaD.

A julgar por esta notícia ilustrada do CORREIO DA MANHÃ de hoje, quem também anda mesmo a precisar de fazer um bom rastreio visual, de preferência seguido de uma reciclagem em etiqueta e boas-maneiras, são os membros do governo PS. A começar pelo próprio primeiro-ministro. Então não é que se deixou distrair pelos jornalistas de serviço, rompendo o protocolo de Estado!. De acordo com tal normativo oficial vinculativo, devia ter sido o primeiro a cumprimentar o Chefe de Estado, uma vez que Jaime Gama, que o precede na hierarquia, estava ao lado de Cavaco. Pois não senhor! Foi para aí o terceiro ou quarto da fila. E ao que parece ninguém se preocupou com o célebre protocolo. Nem Jaime Gama, que na sua qualidade de responsável pela Casa da Democracia, tinha a obrigação de não tolerar tal falta de educação, nem Cavaco, que lá foi estendendo a mão a quem foi aparecendo, como se fosse tudo muito normal, nem os respeitáveis ministros, que avançaram lestos para o  duplo "bacalhau presidencial" (Cavaco+Gama), em vez de cumprirem aquilo que a cortesia impunha -só avançar na fila atrás do primeiro-ministro. Nos países onde há governos que governam, compostos por gente tão competente quanto educada, é assim que as coisas acontecem. E quando há falhas, há escândalo. Mas como Portugal é um país de brandos costumes, vai-se andando como é costume. Afinal já nos anos 20 do século passado, os militares foram buscar o Salazar...para endireitar a finanças públicas. Oxalá a história não se repita, porque se os governantes actuais vêem tanto de finanças como de etiqueta e protocolo de Estado, vai sendo tempo de procurar outra gente. Quanto antes! Caso contrário, a senhora Merkel, que é filha de um pastor protestante, ainda vai começar a dizer que além de péssimos gestores, os portugueses são uns bandalhos. Se me permitem a expressão. No quadro dos brandos costumes, bem entendido!

1 comentário:

Anónimo disse...

Há dias foi aqui questionado: quem são os políticos e os técnicos do PSD de Tomar ?
Não responderam porque não há políticos nem técnicos no PSD de Tomar.
O PSD nacional vai lançar um livro de 350 páginas, com propostas de empresários sobre os problemas do país. O livro será coordenado pelo economista Eduardo Catroga, natural de Abrantes. Os "jovens" (em Portugal é-se jovem até aos cinquenta anos, mas jovem dependente) que lideram o PSD nacional, ao escolher o ex-Ministrop das Finanaças, colocaram o partido fora d História, como dizem os laranjinhas de Tomar.
O presidente Cavaco Silva, ao longo dos últimos dois meses, ouviu 200 personalidades sobre os problemas do país.
O que é que faz o PSD de Tomar ? Nada. Diz que tem que encontrar jovens para não ficar fora da História. Vão ficar fora da História e da Vida, e arrastar Tomar para a paz dos cemitérios.
A oposição tem de se unir.