quinta-feira, 31 de março de 2011

ANÁLISE DA IMPRENSA REGIONAL DESTA SEMANA

Abre-se com O RIBATEJO, que apesar da recente remodelação, continua mais focado na Lezíria do Tejo. É notória a falta de notícias de Ferreira do Zêzere, Ourém ou Tomar, a denotar que não dispõem de um correspondente na nossa cidade. Nestas condições, doravante apenas será incluído nesta resenha semanal quando traga algo de interesse sobre Tomar ou sobre esta zona.
D'O TEMPLÁRIO destaca-se a prevista actuação de Tony Carreira e dos Deolinda, por ocasião da próxima Festa dos Tabuleiros, ao que parece patrocinados por uma empresa; o 2º assalto à Rosa dos ventos dos templários, de onde os larápios levaram mercadoria avaliada em mais de 80 mil euros e aquilo que parece ser o agravamento da crise na Misericórdia de Tomar, que terá registado em 2010 um resultado negativo da ordem das duas centenas de milhares de euros.
Nas páginas interiores, além do habitual suplemento sobre os Tabuleiros, há três páginas a cores com a reportagem da caminhada até às nascentes dos Pegões, uma iniciativa que reuniu cerca de 50 participantes, aqui a merecer destaque por se tratar de uma actividade paga, coisa rara por estas bandas, onde o pessoal gosta é de borlas à custa dos contribuintes. Colaboraram com intervenções sobre aquele monumento nacional Ernesto Jana e Luis Pedrosa Graça, este último igualmente com uma interessante crónica sobre o assunto, na página 28 do semanário dirigido por José Gaio.

Dois temas palpitantes nesta edição d'O MIRANTE, um dos quais com chamada de primeira página, totalmente justificada, diga-se em abono da verdade. Trata-se da absolvição pelo tribunal de Tomar de um trabalhador dos serviços de higiene e limpeza da autarquia, acusado pelo Bloco de Esquerda de desvio e  destruição de propaganda eleitoral. O alegado delito ocorreu  na nossa cidade, durante a campanha eleitoral de 2009. Ao ver que militantes do BE tinham colocado panfletos nos para-brisas dos veículos estacionados, o referido funcionário autárquico resolveu recolhê-los todos, lançando-os depois no seu contentor de detritos. Segundo viria a afirmar posteriormente, agira assim para evitar que a citada propaganda eleitoral fosse parar ao chão, arremessada pelos proprietários das viaturas. Assim não o entendeu o pessoal do BE, que chamou a PSP ao local e resolver apresentar queixa.
Quase dois anos depois, a juíza considerou que o funcionário em causa terá revelado excesso de zelo, mas não alguma intenção malévola, pelo que o absolveu, com a recomendação de que não volte a fazer outra parecida. Resta por conseguinte o insólito de uma situação em que militantes de uma formação política que se proclama representante e defensora dos trabalhadores, arrastaram um deles perante o tribunal.
A outra notícia refere-se a mais um empréstimo a contrair pela autarquia tomarense, assunto que se desenvolve na parte referente ao Cidade de Tomar.

Como devia ser do conhecimento geral, mas não é, qualquer aquisição de experiência implica raciocínios, condição indispensável para posterior a reiteração do interiorizado. Sucede que qualquer raciocínio, por mais elementar que seja, é sempre elaborado com palavras. Noutros termos, pensamos através de palavras e só através delas. Donde resulta que sem um sólido domínio de pelo menos uma língua, não é possível progredir seja em que matéria for. É uma lástima, mas é assim.
Isto para abordar a entrevista concedida por Eugénio Almeida, presidente do IPT, ao CIDADE DE TOMAR, onde defende assaz bem a posição do estabelecimento de ensino que dirige. Infelizmente, quando sustenta que aquela casa prepara os seus estudantes para aprenderem a aprender, em conformidade com as orientações da Declaração de Bolonha, tem razão mas não é credível. Tem razão, pois esse deve ser o caminho -dar a cada um uma cana de pesca e ensinar-lhe a pescar, em vez de o presentear com peixe já cozinhado e tudo. Não é credível porque a sua língua de trabalho o traiu: Quando se é doutorado por um estabelecimento idóneo, é inadmissível dizer "ocorrem-me sempre um conjunto", quando o correcto seria "ocorre-me sempre um conjunto de questões", ou em alternativa "ocorrem-me sempre questões que nunca vi abordar".
Nas altas camadas do saber académico, testemunhado por documentos, está-se permanentemente num exigente exercício de equilíbrio, sem rede de protecção, em que o mais pequeno desvio pode ser a morte trágica do artista. Quem não controla o discurso, também nem sempre consegue raciocinar adequadamente...
E chegamos à questão do novo empréstimo, a solicitar pela autarquia tomarense, noticiado no MIRANTE e na página 4 de CIDADE DE TOMAR. Trata-se de pedir à banca mais 987.691, para pagamento da participação autárquica na empreitada da Cerrada dos Cães e no Elefante Branco da Levada. Debatido o assunto na reunião extraordinária da passada terça-feira, acabou por ser aprovado por unanimidade. Situação inesperada, uma vez que Hugo Cristóvão, presidente do PS local e seu líder na Assembleia Municipal, garantiu há um mês que o PS não votaria favoravelmente mais nenhum empréstimo, quando afinal... Ou será para chumbar no parlamento local? Situação inesperada também, e mesmo algo incongruente, dado que as justificações apresentadas pela relativa maioria "não encaixam". Se não erro, a empreitada designada por Envolvente ao Convento de Cristo subdivide-se em duas: uma com a candidatura a fundos europeus já aprovada, no valor de 648 mil euros; outra ainda em fase de apreciação, num total de 1milhão e 800 mil euros. Quanto ao Elefante Branco da Levada, o painel informativo colocado junto à Ponte Velha, que entretanto foi removido, indicava um investimento de 6 milhões de euros. Sendo assim, como a participação obrigatória da autarquia é no mínimo de 20%, temos: Cerrada dos cães 120 mil euros; Envolvente ao Convento (se entretanto a candidatura a fundos comunitários for aprovada) 360 mil euros; Elefante Branco da Levada 1 milhão e 200 mil euros. Ou seja, um total de 1 milhão 680 mil euros, caso não haja qualquer derrapagem nos preços, o que seria caso raro, praticamente único. Nestas condições, os 990 mil euros agora a solicitar à banca, vão servir realmente para quê? Para ir entretendo a oposição até ao próximo e inevitável empréstimo? 
Admitindo que consigam a aprovação da Assembleia e um banco que esteja para aí virado, ficarão com uma dívida global de 35 milhões de euros = 7 milhões de contos. Que será paga como, quando, com que fundos e por quem? Esperam vir a encontrar petróleo algures no concelho? Ou contam com a reabertura das minas de  ouro do Poço Redondo?

11 comentários:

Bravura Lusitana disse...

Permita-me chamar a atenção para a capa do Ribatejo:

"Abusador de crianças sai com pena suspensa"

Ninguém imagina que isto se podia passar com os nossos filhos ?

Contra este regime podre só se ouve a nossa voz bem alto !

PNR Tomar !

Anónimo disse...

Lá está o 1/45 a armar-se em partido político...em arauto da justiça.
Esquece-se é dos 48 anos de ditadura fascista.
Mas a malta não esquece.

E por isso ficas a faladrar para as paredes.

Luis Ferreira disse...

Estimados

Lembro que o empréstimo foi aprovado por unanimidade no executivo municipal. Votaram a favor o PSD, o PS e os IpT.

Outra nota: o empréstimo equivale a 75% da componente nacional, que seria de 20% do elegível para financiamento comunitário (cerca de 6,5 milhões de €).

Aconselho a lerem a declaração de voto dos vereadores
do PS no blog oficial do PS de Tomar.

Obrigado

Anónimo disse...

Na Assembleia Geral da Misericórdia de ontem houve escândalo.
As dificudades, presentes e futuras, foram reconhecidas por todos os intervenientes no debate: Fernando Jesus, Sérgio Martins, Garcia Esparteiro, António Campos, João Oliveira Batista.
Perante a enorme lista de questões colocada por Sérgio Martins, o Provedor Fernando Jesus passou a bola para António Campos, que se identificou como Consultor da Misericórdia e Irmão. Demonstrou conhecer a situação financeira da Misericórdia melhor que Jesus e a Direcção, o que foi um escândalo. António Campos é cunhado de Miguel Relvas, o que há de verdade sobre ele ter uma avença mensal da Misericórdia de mil euros? Ele reconheceu que a situação das farmácias é perigosa e será pior no futuro.
Outro escândalo foi o reconhecimento, por Fernado Jesus e pelo Conselho Fiscal, após questão levantada por Sérgio Martins, de que a Misericórdia não tem todo o seu património no seguro, porque se o fizesse os custos subiriam muito e os resultados negativos seriam maiores. Se o património se perder, sem seguro, a responsabilidade não é dos membros dos orgão de gestão? Com um perigo destes quem é que quer ir para seu administrador?
A Misericórdia tem um património vastíssimo. É o terceiro empregador no concelho. A sua situação começa a preocupar.
A Misericórdia corre o risco de não conseguir administradores.
Qual o seu futuro?

Anónimo disse...

Ó Rebelo,

Tens que convidar este gajo do pnr para o "À mesa do café".

A malta gosta de circo e palhaços.

Anónimo disse...

in rádio hertz

TOMAR - Notícia Rádio Hertz: Festa dos Tabuleiros será de dois em dois anos


A Hertz avança em primeira mão: A Comissão da Festa dos Tabuleiros vai introduzir alterações à forma como organiza toda a iniciativa já a partir de meados de Julho. A Hertz apurou que a ideia passa pela realização do Cortejo de dois em dois anos. Esta seria uma das grandes alterações a implementar já em 2013, a par de outras que visam modernizar a festa maior de Tomar.


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João Vital tem negado publicamente a possibilidade de alteração ao calendário da festa mas a Hertz sabe que o actual mordomo vai apoiar a decisão da maioria dos elementos da organização, assim como a da criação, há muito falada, da comissão permanente e de um conjunto de eventos a anunciar. A Câmara de Tomar está informada desta decisão e, para já, apoia a mesma embora ressalve o aspecto financeiro face à situação de crise do país e das dificuldades financeiras da autarquia. O executivo mostra-se, assim, disponível para ajudar nestas alterações mas, para já, não comenta publicamente o assunto, remetendo para a comissão da Festa dos Tabuleiros e para o Mordomo qualquer declaração. Contactado pela Hertz, João Vital jogou à defesa nas informações prestadas, confirmando apenas que a festa avança para uma realização de dois em dois anos: «Neste ano, a Festa irá decorrer, como é óbvio, no período estabelecido. A partir da próxima edição, então, poderá pensar-se numa realização de dois em dois anos. É óbvio que, dessa forma, os encargos vão ser diferentes. Mas, se for essa mesmo a vontade, a Festa vai ser de dois em dois anos».

COMO PRODUTO TURÍSTICO E DE ORGANIZAÇÃO PROFISSIONAL COM UMA EQUIPA DEDICADA DEVE SER DE DOIS EM DOIS ANOS, AGORA NÃO CONTEM MAIS COM JUNTAS DE FREGUESIA QUE JAMAIS IRIAM PUDER SUPORTAR GASTAR AQUILO QUE DEVEM GASTAR NAS SUAS ALDEIAS EM TOMAR, OU SEJA UMA MÉDIA DE 2000 EUROS/ ANO.

ISSO É QUE ERA BOM, UM PRODUTO TURISTICO PARA CIDADE E PAGO PELOS PARVALHÕES DAS FREGUESIAS.

MAS A FESTA DEVE SER DE DOIS EM DOIS ANOS E PAGAR-SE QUASE NA TOTALIDADE A SI PRÓPRIA, CLARO COM O APOIO DA cÃMARA. PORTANTO MDEM O FIGURINO E JÁ AGORA O Vital que diga a verdade se sabe ou não sabe, pois estamos fartsp- não confirma o tobye carreira e mais uns quantos que vão a tomar mamar do bom e dpeois dizem que é uma emrpesa que paga e agora não cornfirma está noticia real e verdadeira da HERTZ

ABRE OS OLHOS VITAL

Anónimo disse...

Professor António Rebelo:
Directamente ao assunto, resta saber (apurar) se o Doutor Eugénio Almeida disse exactamente o que vem transcrito no Cidade de Tomar da forma que lá está. Se é verdade que disse mesmo, o Professor tem toda a razão. Mas também não deixa de ser estranho que o jornal tenha deixado passar. A falta de Mário Cobra tem vindo a notar-se.
Bom fim-de-semana,
Estudante de português

Anónimo disse...

Caros anónimos,

também nós gostamos moderadamente de palhaços. Caso contrário teríamos sérias dificuldades em vos aturar.

Não entendo é porque se devia incomodar o professor Rebelo, quando podem vocês marcar um café connosco. Lá vemos quem são os palhaços, não é verdade ?

Cumprimentos a todos os bons tomarenses.

PNR Tomar.

Anónimo disse...

eugenio pina nao é orador, escreve pouco, vive na lua, as suas ex-aulas sao teoricas e sem qualquer interesse para a vida pratica dos alunos. e normal dar calidanas na gramatica mas o seu padrinho nao lhe fica atras o pires da silva. uma vergonha. o ipt esta para fechar pois nao param as desistencias e os alunos novos escasseiam. a ma gestao dos dinheiros publicos abunda. jantaradas, meninas do calor da noite e muita vadiagem entre as cupulas directivas. governaçao à socrates. uma nota: é bom que se diga que o actual presidente do ipt e pk é visto em tomar mal acompanhado em bares noturnos com más referencias é um apaixonado pelo uisque o que nao abona a favor da instituiçao ja de si degradada mas pires da silva é tb um amante dessa espirituosa bebida. perderam-se os valores em favor do dinheiro. axam que eugenio almeida se doutorou pk esteve quatro anos a estudar no seu phd a tempo inteiro? sera possivel com honestidade intelectual ser vice-presidente, doutorar-se com esforço verdadeiro e ainda dar alimento ao figado com tantas jantaradas, noitadas e uisque? qual sera a resposta de gente seria? sera que eugenio almeida é um genio? nao claro é um homem normal ainda muito imaturo.
como ve mestre rebelo é facil subir qdo se vende a alma ao diabo. valores? sao os xurudos ordenados que levam para casa todos os meses para fazerem de conta que sao importantes. fico por aqui e vou ver se o mestre rebelo o senhor sim um mestre tem coragem de publicar isto porque como sabe da maneira que critucou o presidente do ipt nunca vai conseguir ensinar no ipt e ainda bem para si pois nao iria gostar do sistema pidesco que por lá se vai instalando.

Anónimo disse...

O Instituto Politécnica de Tomar é uma autêntica vergonha.

A maioria dos docentes estão lá colocados por cunhas e não por competências.

A maioria dos funcionários(as) estão lá colocados(as) por cunhas.

Estão lá famílias (quase) inteiras.

E o povo que pague este fartar vilanagem.

Por mim e pela maioria das pessoas sérias, muitos dos estabelecimentos de ensino superior (que de superior só tem mesmo o nome) podem fechar, porque é um favor que fazem ao país.

Meia dúzia de universidades chegavam para o país que somos. O resto são negociatas puras (onde muito mundo da política compra um diploma).

Só num país rendido às negociatas das licenciaturas que por aí vão sendo compradas, é que se poderá entender a quantidade absurda de Universidades e Politécnicos que são uma autêntica fachada para negócios muito duvidosos.

Anónimo disse...

negocios sobre as máquinas vending sem concurso? ou da concessao do bar e cantina?