quarta-feira, 30 de março de 2011

PARA QUÊ ENTORTAR, VILANAGEM?!

Direcção Coimbra > Tomar-lado direito

Direcção Tomar > Coimbra-lado direito

Direcção Tomar > Coimbra -lado esquerdo

Há cada vez mais coisas nesta terra que não consigo entender. Apesar de cá ter nascido e vivido a maior parte do tempo. Deve ser defeito de fabrico, ou avaria provocada pelos ventos da Europa do norte. Aqui temos três aspectos da rotunda que os senhores projectistas resolveram implantar na estrada de Coimbra, no chamado Cruzamento da Venda Nova. Como os leitores bem sabem, trata-se de uma longa recta de duas faixas de rodagem, com a qual se cruzam outras duas, formando uma cruz. Sem que se perceba porquê, nem para quê, a nova rotunda foi instalada não no eixo da actual via, como seria normal, mas totalmente do lado esquerdo, no sentido Tomar > Coimbra. Decisão assaz estranha, quando se constata que para tão peculiar implantação até houve necessidade de cortar parte da casa que se vê ao fundo, do lado esquerdo, nas duas fotos de baixo. Qual a justificação para semelhante critério? Quais as vantagens? Quando e se um dia houver ali algum acidente, quem será o responsável? O automobilista? O projectista? A autarquia? 
Tudo por hora perguntas sem resposta, num concelho cuja autarquia utiliza o silêncio e a inacção como armas defensivas. Julgam eles. Depois logo veremos. Em todo o caso, estamos perante mais um exemplo acabado do muito tomarense espírito de contradição: Se a estrada é uma recta, faz-se-lhe uma curva. Se é em curva, há que endireitar. Afinal em que ficamos?
Isto para já não falar nas curiosas prioridades camarárias. Numa altura em que tanto se fala de reabilitação dos centros históricos, e até de uma S.R.U. - Sociedade de Reabilitação Urbana,  aqui em Tomar os senhores autarcas resolvem requalificar a periferia. Devem ter-se esquecido de que ainda há várias ruas da cidade antiga a aguardar substituição das velhas infra-estruturas, entre as quais o colector de esgotos. Enquanto tal não acontecer, dado que após as obras na Rua de Pedro Dias e na Rotunda deixou de haver efluentes domésticos a correr para o Nabão (e ainda bem!), a ETAR de Santa Cita vai continuar a depurar a água das chuvas, proveniente dos emissários entretanto ligados à rede moderna... uma vez que estes, sendo únicos em cada casa, tanto transferem efluentes domésticos como pluviais. Se fosse uma autarquia pobre, seria certamente um problema grave. Tratando-se da de Tomar, que insiste em dar mostras de ser abastada, não deve ser nada. Deus nosso senhor tem lá muito para nos dar. Basta estender a mão e esperar, como tem sido costume. Há hábitos que nunca se perdem. Entretanto, cada cidadão consumidor dos SMAS vai pagando 4 euros mensais de saneamento = 48 euros anuais = 9 contos e seiscentos. Nem os parisienses, os berlinenses ou os londrinos pagam tanto. São uns pobretanas!
Vivó progresso! E as rotundas excêntricas, pois claro! Ou em linguagem vernácula, quase dez contos anuais de cada casa, só para tratamento de esgotos, é mesmo muita merda!

7 comentários:

Anónimo disse...

Sinceramente não percebo como isto foi feito... se não se podia utilizar espaço do lado das casas geminadas (seja porque razões forem...) então...Não se fazia!!!! Ou continuava na situação anterior ou então utilizava-se semáforos... Agora isto assim é uma palhaçada, desculpe a franqueza. Mas também a culpa vai morrer solteira, por isso é comer e calar. Ou isso, ou se calhar pensam que a rotunda ao pé da esquadra da PSP foi um sucesso (também está descentrada) ou aquela magnífica rotunda (e suas belas entradas) adjacente à GNR é que está a dar.

Realmente a nossa presença no continente europeu tem (pelo menos) duas vantagens: Espaço Schengen e viagens Low-cost. Vá-se lá saber por quê…

Anónimo disse...

Dr. Rebelo. De um lado as vivendas e em frente o terreno de um funcionário da Estradas de Portugal. Não há coincidências a mais. A rotunda não é precisa e é preciso que se investigue

Anónimo disse...

Dizem alguns idosos da zona que aquele terreno que pertencia ao ex-sogro do funcionário da Estradas de Portugal era público...

Anónimo disse...

O Dr. Curvelo mostrou uma planta de implantação do local que tem a data de Dezembro de 2006.

Isto quer dizer que o mandrongo já vem do tempo do Digníssimo António Paulino de Paiva, Barão da Trofa, o tal da mania das rotundas, dos passeios larguíssimos, das lombas e de todo o resto.

Investigue-se, investigue-se a fundo para se poder saber a verdade!

António de Santa Cruz disse...

SIM sim ainda bem que alguém lê e escreve aobre isso, pois o Fortunato em tempos dizerm muitos moradores apoderou-se de terreno público e vedou-o, porém se foi expropriado tanto terreno porque fica ali aquele e se descentra a ROTUNDA com todos os perigos para os peões, moradores e automobilistas, não falando na estética. O que é que a Câmara e Assembleia Municipal está a fazer neste sentido.

TRIBUNAL JÁ COM UMA PROVIDENCIA CAUTELAR

Anónimo disse...

Pela assembleia municipal fala o seu venerável presidente Dr. Miguel Cassola Miranda Relvas, ou o seu substituto legal o misericordioso irmão laranja amarga e doce Fernando de Jesus, ou ainda o camarada rosa José Pereira (Zeca).

Quando souberem desta tramóia vão actuar com prontidão e assertividade, disso não haja dúvidas.

Portanto, cuidem-se os ilegais!!!!!!!

Anónimo disse...

As rotundas descentradas são uma realidade por esta Europa fora, mas sobretudo na Bélgica, Países Baixos e Dinamarca.
São descentradas para funcionarem como mecanismos de desaceleração à entrada das localidades ao mesmo tempo que se tornam pista de aceleração para quem sai das zonas residenciais.
É pena as pessoas falarem do que não sabem...

JP