Uma interessante conversa sobre folclore, que não teve nada de folclórico. Pelo contrário. José Joaquim Marques, delegado técnico regional da respectiva federação, mostrou-se inconformado com a presente situação, em que existem só no concelho de Tomar quatro grupos federados e três não federados, para os quais a filiação é agora bem difícil. Lamentou que também no folclore haja alguma influência política, com certas autarquias da região a subsidiarem por igual todos os grupos, quer estejam ou não federados. Referindo-se à Festa dos Tabuleiros, disse ser uma realização cara, cuja organização terá de ser alterada mais tarde ou mais cedo. Afirmou até ser necessário estabelecer quanto antes qual a verdadeira natureza do principal acto da festa. É uma procissão? Ou um cortejo? Consoante a resposta , assim deverá ser a distribuição protocolar dos diversos cargos políticos, religiosos ou culturais. Nunca de forma arbitrária, como pretendem alguns eleitos. Eleitos que, segundo referiu, entram por vezes numa espécie de compita inter-juntas, a ver qual leva mais tabuleiros, o que pode vir a custar alguns milhares de euros a mais à Comissão Central. Partindo das posições de José Joaquim, é meu entendimento que chegou o tempo de alterar substancialmente não só a nossa Festa Grande como até a nossa atitude perante os poderes e a sociedade em geral. Julgo que, quer os tomarenses queiram ou não, a edição deste ano dos tabuleiros será a última com este figurino. Dentro de quatro anos, tudo aponta no sentido de existirem no concelho menos de metade das freguesias. Caso o próprio concelho se mantenha autónomo e com a actual área geográfica, o que não está de forma alguma garantido. Como bem diz a tradição popular, "águas passadas não movem moinhos", havendo já muita gente influente "a mexer-se", no sentido de sairem beneficiados na inevitável, urgente e profunda reforma autárquica. Estamos parados no tempo há vários anos, mas o mundo não ficou nem está à nossa espera. Com acontece com todas as outras estruturas políticas, apenas temos duas hipóteses -ou arrastamos ou somos arrastados... |
7 comentários:
Gostei da palestra que segui pela rádio apesar do barulho incomodativo de loiça ( chávenas) e do moinho do café. Parecia um programa numa tasca mas o assunto cinco estrelas e tem que voltar á liça. Procissão ou cortejo e acabar de uma vez por todas com Juntas de freguesia com simbolos religiosos ( coroas do DIVINO) bandeira do Divino e deixar os simbolos religiosos entregues a Conselhos Pastorais da Igreja e os politicos no final do CORTEJO e se é cortejo fora com o padre. É procissão padre- igreja e misericórdia, jamais politicos. O JONH que o senhor conheceu artilhou isto tudo em detrimento da tradição, sem imaginar que os politicos iam dar nesta vergonha que todos vemos. A festa nestes moldes morre. É um produto turístico e ponto final e o Vital que deixe de ser um carregador de pianos e um serviçal dos politicos
Com todo o respeito pelas opiniões sobre a Festa dos Tabuleiros, mas estando envolvido nela, permitam-me que aqui deixe alguns ajustes.
Não me parece que as Juntas de Freguesia andem ao desafio para ver quem leva mais tabuleiros, até porque as despesas pesam mais para as Juntas de Freguesia do que para a Comissão Central.
Além disso, se as Freguesias adoptaram o mesmo formato da Madalena para a inscrição dos pares que incorporam o cortejo, não há concerteza nenhuma que rejeite os interessados, desde que o façam dentro dos prazos estipulados.
Como sabemos há Freguesias maiores, mais pequenas e cada uma delas com as suas características e vontades próprias.
Cumprimentos,
Arlindo Nunes
Em Tomar existem 7 ranchos federados e não 4 federados + 3 não federados conforme é escrito no post. Quanto à festa em que situaçao está a candidatura na Unesco?
A festa dos tabuleiros só pode ser entendida como uma festa cristã. Todos os tomarenses ou são ateus ou cristãos - se existirem muçulmanos ou indus não são tomarenses porque não nasceram cá. Como tal, a grande festa tem que honrar a nossa população.
PNR Tomar
Junção das freguesias ?
Como ? Quando ?
O autarca Arlindo tem razão. Quem faz a festa são s Juntas de freguesia que gastam mais, mas muito mais que a Comissão Central. Gastam o que lhe faz falta nas suas freguesias e que receberam não para esta finalidade. Não sei como perante o Tribunal de Contas justificam estes gastos fora da área da sua freguseia e em evento não pormovidos por eles.
Aliás a festa descambou para mascarar o desempregoe está-se a valer de ilegalemnte ir buscar desempregados aos Centros de Emprego que ilegalmente não vão desempenhar nenhum posto de trabalho.
Depos da festa o que acontecem aos postos de trabalho?
Oxalá o Passos Coelho veja esta aldrabice.
Com isto os belzebus dos autarcas, vaidosos a querer levar cada vez mais tabuleiros, estão a matar uma tradição.
JUNTAS DE FREGUESIA FORA DA FESTA! A FESTA AO POVO E COMISSÕES PAROQUIAIS.
O ESTADO É LAICO.
PODEM COLABORAR NA SOMBRA MAS JAMAIS ANDAR EM CORTEJOS, PROCISSÕES E COM SIMBOLOS DO DIVINO ESPÍRITO SANTO.
QUE O BISPO DE SANTARÉM META ORDEM NA TABANCA E QUE O MENINO DO CORO O VITAL DEIXE DER UM SERVIÇAL AOS INTERESSES DO PSD NO CONCELHO VIA FESTA
Este Laborinho é cá um confúcio...
Farta-se de escrevinhar e não se percebe patavina.
Só se percebe que está com esperanças no moço do PSD.
Ele que espere pela porrada e vai ver o que o moço e o FMI nos vão arranjar...
Pobreza e desemprego até dizer chega!...como denunciou o próprio Betencourt Picanço ao abster-se ontem no Conselho Nacional do partido do moço.
Ainda vamos ter "saudades" do Sócretino...
Um governo de PP+PP vai dar cabo do resto...se ganharem as eleições...
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