domingo, 20 de março de 2011

VISITA AO ATELIER DE TÓ CARVALHO

O conhecido artista tomarense Tó Carvalho teve a amabilidade de me convidar para uma visita ao seu atelier, ali algures na Estrada de Coimbra. Para iniciar, explicou a maqueta do arranjo que projectou para a Rotunda Alves Redol, antes da edificação do Muro-mijatório. Teria ao meio a estátua do Infante D. Henrique, que agora está à entrada da Mata dos sete montes. Apesar de o infante, que se saiba, nunca ter sido guarda florestal, confidenciou-nos o anfitrião.
Aqui o vemos novamente, segurando o quadro "Fandango", já premiado a nível nacional.
À direita, uma desfolhada ou descamisada tradicional, na Pedreira. As personagens retratadas são do rancho folclórico local.
Operários fundidores em pleno labor, na extinta Fundição Tomarense, nos Moinhos da Ordem ou Lagares d'El-Rei. Ao fundo à esquerda, o conhecido tomarense Francisco Reinado, felizmente ainda vivo e de boa saúde.
A faina da ceifa, em pleno Alentejo
Campinos do Ribatejo, outro quadro premiado, no concurso nacional de pintura de tema ribatejano.

Num dos claustros henriquinos do Convento de Cristo, o senhor infante das navegações ouve os seus geógrafos e cartógrafos. Na figura do Infante D. Henrique, o saudoso tomarense Lino Garrucho, do Valgamito - Casais

TEMPO DE ANGÚSTIA

Tó Carvalho não colocou a questão nestes termos, mas no fundo é disso mesmo que se trata -a angústia do adeus final. Ultrapassados os setenta e sem herdeiros, o artista tomarense gostaria que a maior parte da sua obra ficasse em Tomar, naturalmente num local digno, antes preparado para o efeito. De forma a poder ser visitada e comentada tanto pelos turistas como pelos naturais. E penso que merece essa consagração, não só pelo traço vigoroso e pelas cores vivas, tudo a lembrar Paula Rego, mas igualmente pelos temas castiços, de uma realidade há muito desaparecida. Ao que parece, já haverá outras autarquias interessadas. Porém, como as obras foram pintadas no vale do Nabão, parece-me que é aqui que devem ficar, tanto mais que é também esse o entendimento do pintor.
Há até uma evidente ligação entre os quadros de Tó Carvalho e o futuro museu polinucleado da Levada, ao que consta com os núcleos de fundição, moagem e electricidade. Os quadros da ceifa, da desfolhada, da fundição, bem como o facto de o artista ter trabalhado na empresa Mendes Godinho, os últimos proprietários dos lagares, antes das nacionalizações de 1975, são outros tantos elos. Oxalá haja quem saiba tirar partido  dessas ligações ao local. Noutra terra, seria óbvio. Em Tomar, nunca se sabe!

12 comentários:

Anónimo disse...

TÓ CARVALHO é um extraordinário artista,um homem sério,um cidadão amante da sua terra.

A contemplação diária de alguns quadros seus,a centenas de quilómetros da minha/nossa terra,faz-me sentir mais próximo,faz-me sentir bem.

Admitir a possibilidade de o seu espólio rumar a outras paragens é doloroso e escandaloso.

Se sobrar uma réstea de tomarensismo ou tomarismo na Câmara da minha/nossa terra,devem iniciar-se conversações que conduzam a um acordo com Tó Carvalho.

Por muito que possa custar,não deixará de ser umas migalhas quando comparado com tanto que tem sido e continua a ser esbanjado.

Diria que dois anos de vencimentos e mordomias de um inútil Luís Ferreira dariam um bom contributo para a solução do problema.

Pensem nisso e não cometam um crime cultural.

Tomarense exilado

Anónimo disse...

PARABÉNS e OBRIGADO.

Sr. Prof. Rebelo uma óptima reportagem sobre o Sr. Tó Carvalho.

Assim se engrandece Tomar e se elevam os bons Tomarenses!

Continue neste caminho, que vai certo!

ANTÓNIO FREITAS disse...

Gostei. O Tó Carvalho é um digno artista e um homem de ideias e ideais... um verdadeiro TOMARENSE

Penso que a Câmara vai aceitar de braços abertos toda a obra para o futuro nucleo museológico da LEVADA, assim como vai aceitar como já aceitou os brinquedos do Engº Batista da Conceição. Tudo vai demorar é o seu tempo como é timbre da casa e temos que os ir lembrando para se despacharem para não acontecer o que aconteceu ao espólio de LOPES GRAÇA

ANTÓNIO FREITS

Anónimo disse...

Esperamos que o espólio do Tó Carvalho não acabe num qualquer baú camarário na FAI ou sirva de moeda para o município pagar algumas da muitas dívidas que tem...

Luis Ferreira disse...

Concordo que o espólio do artista Tó Carvalho mereceria da parte da autarquia um dialogo, tendo em vista a sua valorização e fruição num futuro espaço do Municipio.

Temos aliás varias ofertas data índole, as quais estavam a ser "preparadas" no ano transacto.

A "anta" das 15:43 pode continuar exilada, pois com eminências como V.Exa nunca poderá o Concelho contar. Se isto já está como está, imagine-se com o seu "elevado" contributo...

E já agora: museus e colecçoes visitáveis, só com projecto museologico. Sem ele, são apenas e só ideias e gastos, não investimentos.

Anónimo disse...

Para o Sr. OLEOSO de gravata côr de rosa,

Quanto é que,de facto,custa ao Município por mês?

Não acha que o Município é altamente penalizado na relação custo/benefício?

E não se esqueça de esclarecer como é que "entrou" para a IGAP em 1986.

É que estou farto de pagar impostos para sustentar gente inútil e que,ainda por cima,escarra sobre os contribuintes.

E,por fim,quero dizer-lhe que o "exilado" tem toda a minha solidariedade e apoio.

Anónimo disse...

Cada tiro...cada melro...

Luis Ferreira disse...

À "anta"

Pode procurar no seu centro de saúde a necessária documentação para a consulta externa e garanto-lhe que se sentirá muito melhor no internamento no sexto piso do Hospital da terra que desdenha.

E se procura inutilidades autárquicas, poderia começar pelos que por lá andaram 13, 10, 9, 8 anos e que muito pouco fizeram. No ano e meio que levo de vereador muito me orgulho do trabalho e dos resultados que obtive.

Mal seria que como responsável por um sistema que dava 900 mil euros de prejuízo - Proteccao civil -, não estivesse orgulhoso de num ano, ter aumentado os serviços prestados à população em 12%, sem aumento de despesa e com aumento de 87% na receita.

Deixe que o compreendo bem: causa inveja e coloca a questão difícil - se ele consegue, porque não o conseguem os outros? Pois!

Continue à procura de esqueletos no armário e não trabalhe, que vai ver como elas doem...

Anónimo disse...

É extraordinária a capacidade de cegar que o ódio tem.
Luís Ferreira terá os seus defeitos, certamente.
Daí a por tudo e por nada ser apontado como único responsável do estado miserável a que isto chegou, vão montanhas e vales de razão...
Há outros, muitos outros, mais culpados, mais incapazes e sobretudo mais cobardes por ficarem quietos no seu canto quando acossados.
Pelo menos há que reconhecer que LF tem uma virtude: não se esconde nem fugiu, muito menos evita as explicações que lhe são pedidas. Já outros...
Onde andam? Inclusivé alguns eleitos do partido mais votado da Câmara? Estãoi amordaçados? Têm os telefones avariados?
E os ex? Não são responsáveis por nada? Há os de dois tipos, os que meteram a viola no saco (Paiva, Fidalgo, Mendes...) e os que aparecem a falar como se não fossem tão culpados como os que agora criticam (Alexandre, Ivo, Gil...). Não sei quem é pior

Cantoneiro da Borda da Estrada disse...

Concordo com o comentário das 10H33(21-3-11).

O comentador das 23H29 sabe muito bem que que esse tipo de ataque ("como é que o sr. entrou..." para ali ou para acoli é de uma abrangência tal que demoraria 5 anos a elaborar um relatório sobre os carreiros que conduziram mais de 90% dos funcionários públicos para os lugares que ocupam na adm. pública e não ficavam (nem deviam ficar) esclarecidos...

Dos públicos e dos privados.

Essa questão é de política mais geral e nunca pessoal, senhor comentador.

Esse tipo de ataque é serôdio e não leva a lado nenhum.

Penso eu.

Anónimo disse...

Para o OLEOSO,
Para o das 10:33,
Para o Cantoneiro,

O carácter dos homens avalia-se pelos seus actos e não pelas suas palavras ou pela auto-propaganda.

Só por isso é importante conhecer ao detalhe a falcatrua do engravatado OLEOSO.

É que o país está a soçobrar com o peso de milhares de "funcionários públicos" à la Ferreira.

Façam as contas de quanto custou ao erário público desde os anos 80 até hoje,sustentar o OLEOSO enquanto secretário disto,adjunto daquilo,vereador de aqueloutro.

Isto não são minudências.

Este exemplo está multiplicado por dezenas de milhar em todo o país.

Custam ao país uma razoável % do Orçamento de Estado.

E não há PECs que vedem...

E não há machados que cortem...
A raíz ao pensamento...
...e a revolta perante este chulanço institucionalizado...
e infelizmente tolerado e branqueado por alguns.

Anónimo disse...

o senhor lf saiu do hospital sem pedras nos rins mas continua arrogante e oleoso como de costume. burro velho nao muda mesmo. mas este tipo é tomarense ou falso tomarense?