sábado, 15 de outubro de 2011

A cidade da miséria iluminada


Na sua edição de 13 de Outubro, o Jornal de Leiria noticiou as medidas de austeridade implementadas ou a implementar, no que respeita a iluminação pública. Esclarecendo os leitores, publicou o quadro supra, com as despesas na citada área em 2010, a respectiva percentagem nas despesas correntes de cada município e as já referidas medidas de poupança.
Entretanto, o primeiro-ministro anunciou ao país as medidas de austeridade mais graves de sempre, as quais incluem, como é sabido, o corte de dois meses de vencimento a todos os funcionários e pensionistas que aufiram mais de mil euros mensais. Incluindo os senhores autarcas a tempo inteiro!
Pois o Município do Reino Templário de Tomar, governado por uma maioria relativa do mesmo partido do governo, coligada com o PS, em vez de anunciar um plano de poupança de electricidade, mediante a redução da iluminação pública, fez exactamente o contrário. Num acesso de jardinismo do mais puro, os senhores autarcas terão decerto pensado -"Que se lixe! Perdido por cem, perdido por mil! Alguém há-de pagar!" Ou então nem sequer sabem fazer contas com o dinheiro dos outros.
A verdade é que, como mostram as fotos, há um  mar de luz na noite tomarense, tanto na Praça da República como para os lados do mercado, da Rotunda e da Várzea Grande. Na primeira metade do século passado a zona de Tomar era conhecida como a da miséria engravatada, expressão que dispensa mais explicações. Pelo que se vê agora pela Santa Iria, sessenta anos mais tarde transformámo-nos na cidade da miséria iluminada. Ou, simplificando, na cidade da cagança em alturas de poupança. Os tomarenses não têm mesmo sorte nenhuma!









1 comentário:

FUNICULIN disse...

Excelentes fotografias que mostram a luminosidade de parte da cidade de Tomar na altura da Feira Foleira do início do século passado. Agora até já se vendem artesanato chinês e africano, um mimo.

Quanto à luminosidade, se não é uma "montagem", não estará o responsável deste blogue a ver que a mesma servirá para iluminar as ideias das estátuas políticas que imperam no Município a sugarem o nosso dinheiro sem que actuem em conformidade com a realidade do país?

Feira da Foleirice dispersa por três locais não será uma grande vergonha para os responsáveis (se a tiverem na cara) que andam há tanto tempo para resolver a situação de um local para tal fim?

Por este andar nem no próximo século, que em princípio já não deverão estar por lá estes incompetente políticos.