terça-feira, 4 de outubro de 2011

TOTOBOLA POLÍTICO TOMARENSE

Volta a registar-se alguma excitação na usual pasmaceira política local. Sobretudo nas hostes do PSD e respectivos apaniguados. Mais uma vez, corre com insistência nos mentideros estar para breve a renúncia do senhor alcaide, seguida da ascensão do seu vice, como não pode deixar de ser. A menos que este também renunciasse, numa prova de evidente realismo. Isso, porém...
Quando, ao certo, ninguém diz. Mas garantem estar confirmado, embora nestas coisas nunca se saiba. Perante tal eventualidade, alardeando uma vez mais a sua habitual franqueza, os tomarenses urbanos vão-se mantendo discretos, enquanto vão admitindo mezza vocce que o indigitado sucessor não é realmente a melhor opção para este período tão agitado. Nem coisa parecida. Após o que enumeram um rol de inconvenientes, que vão da dicção aos resultados práticos conseguidos até agora. Mas enfim, concluem, o que tem de ser, tem muita força.
Pela minha parte, como sempre gostei de falar claro e urinar a direito, embora por razões óbvias tenha sido forçado a coibir-me durante a maior parte da minha vida, por motivos evidentes, comungo em geral de tais pontos de vista. Que posso resumir numa frase: Falta de substracto ético, de envergadura intelectual e de gabarito político. Dado que a questão da ética pode vir a levantar legítimas dúvidas, avanço desde já que um autarca responsável pela finanças municipais, que pelo menos desde 2007 nunca cumpriu a Lei das Finanças Locais, mandando auditar as contas por uma entidade externa, não me parece ter dimensão ética ou sequer moral para presidir a uma autarquia de quase 40 mil eleitores, com o passado de todos conhecido. As coisas são o que são. Não fui eu que as inventei.
Dito isto, posto que vivemos em democracia e que a todos deve sempre ser dada uma nova oportunidade, aqui declaro conceder ao propalado futuro alcaide o benefício da dúvida, mesmo tendo em conta que ele já demonstrou conviver mal com a critica e /ou as opiniões adversas. Feitios, diria o Solnado. Nestes termos, vou apostar uma tripla no totobola político local: 1 - Apesar de tudo, vai conseguir fazer um bom lugar e vencerá as autárquicas de 2013, com relativa facilidade; X - Terá um desempenho neutro, que obrigará os laranjas a procurar outras hipóteses, tudo dependendo em grande parte das outras forças em presença; 2 - Usará a sua reconhecida inteligência e capacidade analítica para concluir que no novo e agreste contexto, só lhe resta renunciar à liderança de outra candidatura, uma vez que "não há dinheiro nem condições para nada".
Caso não pudesse fazer uma tripla, apostaria na hipótese 2, por estar certo de que 2012 e 2013 vão ser de tal forma terríveis em termos sociais, que mesmo os mais afoitos pensarão várias vezes antes de avançar. Só os inconscientes assim não farão.
Há, é certo, aquela opinião muito difundida por estas bandas, segundo a qual, qualquer que seja o cabeça de lista, o PSD ganha sempre. Acontece que não é verdade. Quando o PS apresentou Pedro Marques como cabeça de lista, os laranjas perderam. Apesar do cabeça de lista socialista não ter então qualquer experiência política. E até conseguiu vencer uma segunda vez, apesar dos erros cometidos durante o primeiro mandato. Convém nunca esquecer este caso, nas hostes laranjas e nas outras, como forma de afastar afigurações, basófias e megalomanias...

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