sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Crise?!?! Mas há alguma crise?!?!


Crise?!? Mas há alguma crise?!? Os senhores autarcas ainda não deram por nada. É certo que o passivo total do Município, tudo devidamente incluído, já ultrapassa os 70 milhões de euros. Mas o que é isso? Comparado com raio da terra ou com a dívida da Madeira, não passa de dinheiro para tremoços. E depois há o património. Já viram o que seriam os Paços do Concelho privatizados, com um restaurante de charme lá em cima, uns quartos discretos no piso intermédio, para remoer as barrigadas e outras coisas? E uns barzinhos típicos no piso térreo? Sem falar do ex-estádio, em tempos cobiçado pela IURD para os seus congressos anuais. Perguntarão: E os funcionários, que também precisam de ganhar a vida? Despachados para suas casas, com ordenados por inteiro. Graças aos consumíveis poupados, ficavam muito mais baratos aos contribuintes, que passavam a beneficiar de menos burocracia...por falta de burócratas. Era só lucro para todas as partes!

2 comentários:

HC disse...

Gosto bastante dessa ideia para o edifício dos Paços do Concelho. Se juntarmos o edifício dos SMAS e o da esquina em frente também em uso pelo município, ficamos com uma praça mesmo catita! E com muito mais utilidade. :)

Anónimo disse...

Singela homenagem ao Dr. Rebelo, a propósito de um almocinho....
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Ai... Dr. Rebelo, Dr. Rebelo.... , vá ao almoço e faça como dizia Eça de Queirós:

"O riso é uma coisa que ainda hoje compensa de muita desilusão".

Ria-se!

Adoro papar um almocinho à borla pago pelo Orçamento de Estado.

A democracia representativa portuguesa, se é que não deixou de existir depois das legislativas de 2009, pifou no dia 5 de Junho de 2011. Pifou mesmo!

No mesmo artigo, em Páginas de Jornalismo, ele, o nosso Eça escrevia:

"O homem de ideias largas, livres, profundas, é tido entre nós como um selvagem, que é no presente velhaco e será no futuro assassino".
(como isto me lembra o meu Zézito, o Heterodoxo!)

Mais:

"Aqui (em Portugal) os grandes princípios são considerados como extravagâncias, que só se pode permitir a um aluno de latim ou a um discípulo de retórica"

Um almocinho à custa das tetas da Vaca Nacional é uma hilariante extravagância...

Eu adoro o nosso Eça de Queiroz, a sua crítica inteligente, as suas flechas sobre as elites nacionais, enfeitadas com palavras que eu gostava tanto de inventar para destruir traidores e pequenos traidores que nos desgraçam; que deram cabo da nossa Democracia; que humilharam a nossa pátria. Ele era um aristocrata que amava e respeitava o seu povo.

Depois das eleições legislativas de 2009, devia ter-se seguido este princípio de Eça de Queirós:

É necessário apoiar o que pode haver de bom no pensamento do Governo; doutro modo só se assalta o poder depois de ter assassinado a razão".
(lembra-me o PEC IV)

Num Manifesto do povo de Évora, por Eça escrito, publicado na Gazeta de Évora, de que era diretor, contra as medidas do governo de então, contra os impostos, contra a reforma administrativa que visava alienar a política ao povo, pode ler-se:

O homem livre, nos municípios livres, representado por uma livre câmara - é esta a forma mais fecunda dos governos democráticos. (...) Portugal hoje precisa mais que tudo dum robusto patriotismo, (...) é necessário que cada povoado seja uma agregação vital de homens e não um complemento estéril do mundo oficial. (...) Os municípios são escolas de ideias, de sentimentos, de concepções, uma iniciação da vida política"

"E o amor da Pátria, mais que nunca, é preciso a este país enfraquecido e prostrado. Se o povo o não defender, quem o defenderá? Quem valerá pelo país?"

Quem se deixa adormecer numa floresta infestada acorda roubado e nu; e a Europa está uma floresta perigosa!"

Este Manifesto, escrito por Eça de Queiroz na gazeta de Évora carece de ser lido pelos políticos ligados ao poder local e pelos jornalistas da imprensa local.

O Dr. Rebelo, em Tomar, faz-me lembrar (às vezes...) o nosso Eça, jornalista, diretor da Gazeta de Évora. Imagine! o Eça diretor de um jornal local! E como ele defendia as comunidades, denunciava a corrupção, se pôs ao lado do povo e das suas reivindicações e denunciava os falsos representantes desse povo.

Vá lá ao almocinho.

O Eça também ia aos teatros, às óperas, às tertúlias da corte e bebia champanhe nas jantaradas das madames em Paris.

Oh!!! Paris, Paris!!! Como o Dr. Rebelo conhece Paris!

Falta-lhe esse charme, essa vivência, esse gosto por um almocinho na Poisada...

Passe-me o seu Convite. Adoro papar um almocinho pago pelo OE.
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(citações de "Obras de Eça de Queiroz" - vol IV -L.Irmão)