Foto Eduardo Martins/Jornal i
Já se sabe que somos muito superiores a todos os outros. Seja qual for a época. Seja qual for o sector. Os nossos descendentes, esses, estão sempre noutra galáxia. A do conhecimento, da omnicompetência, da ética, da moral e do resto. De tal forma que os mais cautos e desconfiados interrogam-se, sem resposta à altura: Mas então, com gente assim tão boa, porque será que estamos tão mal e cada vez pior? Será culpa do governo? Do clima? Da falta de sorte? Ou estaremos apenas a ser vítimas do nosso usual excesso de auto-confiança, de basófia, que nos impedem de ver e entender a realidade como ela é de facto?
A recente publicação dos resultados dos exames nacionais do ensino básico e secundário, aponta para esta última hipótese. Exageramos as nossas capacidades e virtudes, o que equivale a diminuir as dos outros. E dado que a verdade é como o azeite na água, volta e meia vem-nos esbofetear a nossa gabarolice. Assim, no ensino básico, apesar de constar na cidade que temos das melhores escolas do país, a triste verdade é que nos primeiros cem lugares apenas figura a Escola Secundária com 3º ciclo de Santa Maria do Olival, em 87º lugar. Das outras, apesar de excelentes, está claro, não reza a história. Melhores escolas da zona neste nível de ensino? Colégio Nossa Senhora de Fátima - Leiria, em 10º lugar, Colégio Infante Santo - Santarém, em 41º lugar, Colégio Conciliar de Maria Imaculada - Leiria, em 61º lugar e Escola Básica da Maceira Lis, em 66º lugar.
Em termos de ranking distrital temos: 19ª - Escola Básica 2/3 Santa Iria; 29ª - Escola Básica 2/3 Gualdim Pais; 30ª - Escola Básica 2/3 D. Nuno Álvares Pereira. O distrito de Santarém tem 59 estabelecimentos de ensino básico. Os três primeiros da classificação são: Colégio Andrade Corvo - Torres Novas, Colégio Infante Santo Santarém e Escola Secundária/3 Ginestal Machado - Santarém.
Os três últimos do distrito são: 57ª - Secundária Jácome Ratton (Exames de 9º ano) - Tomar; 58ª - Escola Básica 2/3 de Marinhais e 59ª - Escola Básica 2/3 de Praia do Ribatejo
Em termos de ranking distrital temos: 19ª - Escola Básica 2/3 Santa Iria; 29ª - Escola Básica 2/3 Gualdim Pais; 30ª - Escola Básica 2/3 D. Nuno Álvares Pereira. O distrito de Santarém tem 59 estabelecimentos de ensino básico. Os três primeiros da classificação são: Colégio Andrade Corvo - Torres Novas, Colégio Infante Santo Santarém e Escola Secundária/3 Ginestal Machado - Santarém.
Os três últimos do distrito são: 57ª - Secundária Jácome Ratton (Exames de 9º ano) - Tomar; 58ª - Escola Básica 2/3 de Marinhais e 59ª - Escola Básica 2/3 de Praia do Ribatejo
No secundário, a razia foi ainda mais completa. Tomar não conseguiu colocar sequer um único estabelecimento nos cem primeiros. A melhor classificação do distrito pertence ao Colégio de S. Miguel, em Fátima - Ourém, em 59º lugar. Outras classificações interessantes: Escola Secundária da Batalha, em 66º lugar, Escola Portuguesa de Macau, em 81º lugar, Escola Secundária Ginestal Machado - Santarém, em 93º lugar, Escola Secundária do Entroncamento, em 95º lugar e Escola Secundária Rodrigues Lobo - Leiria, em 96º lugar.
A Escola Secundária/3 de Santa Maria do Olival - Tomar está em 250º lugar a nível nacional e a Secundária Jácome Ratton - Tomar em 337º lugar. O Colégio Manuel Bernardes - Lisboa ocupa o primeiro lugar do ranking e a Escola Portuguesa da Guiné-Bissau ostenta a lanterna vermelha.
A Escola Secundária/3 de Santa Maria do Olival - Tomar está em 250º lugar a nível nacional e a Secundária Jácome Ratton - Tomar em 337º lugar. O Colégio Manuel Bernardes - Lisboa ocupa o primeiro lugar do ranking e a Escola Portuguesa da Guiné-Bissau ostenta a lanterna vermelha.
Quer isto tudo dizer -parece-me- que o ensino em Tomar já terá conhecido melhores dias. Se no Básico a situação está longe de ser famosa em termos de prova real = exames nacionais anónimos e iguais para todos; no secundário é a miséria total. Não temos nenhuma escola nas cem primeiras. Porquê? Os principais responsáveis, que são os professores, dirão como é costume, que os alunos lhes chegam muito mal preparados, o que em geral é verdade. O nacional-facilitismo e o eduquês continuam a provocar estragos, sendo as principais vítimas os alunos dos meios sociais mais modestos, para os quais o ensino constitui praticamente a única via de ascensão social. Aquilo a que por essa Europa fora se designa ascensão por meritocracia, a qual em Portugal é geralmente substituída por outras cracias, conhecidas de todos. Infelizmente.
Ainda assim, talvez vá sendo cada vez mais urgente começar a inculcar nos nossos jovens ideias de trabalho, esforço, paciência, perseverança, entre-ajuda, competição leal, respeito pelo próximo, tolerância, honestidade, honradez. A não ser que eu esteja a ver mal o problema...
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