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Ao cabo de 53 meses e de inúmeros testemunhos de vergonha, de protesto e de indignação, da imprensa local aos blogues e dos eleitos ao vigário da paróquia, quem manda nestas coisas lá se encheu de coragem e deu a ordem que se aguardava. O "Hotel urinol" foi despejado do seu agora único hóspede e respectivo recheio. Retomando velhos hábitos, Tomar a dianteira está agora em condições de vos proporcionar uma visita guiada ao local. Aqui temos a dependência hoteleira do século XVI, geralmente conhecida por capela de S. Gregório mas que durante estes últimos 4 anos e picos serviu de cozinha, sala de jantar e sala de estar, com uma exposição artesanal permanente ocupando o portal do templo. Enquanto as floreiras serviam de pias de despejo dos dejectos. |
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Consumada a desocupação e a retirada do cipreste caído sobre a cobertura da capela, ficou este resto de "mobiliário" no local até agora usado como cozinha. |
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Esta dependência, antes um urinol municipal, passou a ser arrecadação, guarda-fatos e quarto de vestir. |
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Vista geral do quarto do hóspede, como se vê com casa de banho privativa, lamentavelmente sem autoclismo. |
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Do lado oposto, os antigos sanitários femininos, usados como quartos das visitas, cuja porta acaba de ser entaipada a tijolo. |
Aspecto geral da fachada do hotel, uma vez desocupado e antes da limpeza final. À direita pode ler-se ainda um dos usuais protestos escritos do locatário: "europeu".
Terminou o drama? É possível. Em todo o caso, os autarcas responsáveis fizeram o que deviam. Tarde e a más horas, mas fizeram. O que cumpre agradecer. Resta esperar que o renitente hóspede não se lembre de vir instalar-se sob o alpendre da capela, porque então é que as coisas se complicam, tendo em conta a Constituição que nos rege, no que concerne a "direitos, liberdades e garantias dos cidadãos"...
4 comentários:
Surpresa. O locatário regressou a acreditar na notícia difundida pelo Templário
Acho lamentável o tom jocoso com que o sr. Rebelo aborda este assunto que envolve um ser humano que sofreu e sofre muito mais do que se possa imaginar. Mas enfim, a "educação" de que nos servimos é aquela que adquirimos ao longo da vida e o respeito pelos outros decorre daí na directa proporção.
Para 07:50
Numa sociedade mais ou menos livre, como é o caso, cada um pode achar o que quiser. Até no domínio da invenção. Convém porém que saiba ler, escrever, contar e escrever com correnteza em português-padrão. Para não alongar demasiado, que também não é caso para tanto, ficaria agradecido caso quisesse e conseguisse indicar-me em que indícios precisos se baseou para inferir que usei um tom jocoso ou de falta de respeito para com o José Carlos Sousa.
Quanto à "educação", etc. se você confunde frontalidade e respeito pela realidade com falta de educação, percebe-se qual foi a sua preparação para a vida. Como dizem os católicos mais ferrenhos "Deus a/o ajude!"
De facto você convive mal com a crítica, sr. Rebelo, e o pior é que está convencido que é o farol da comunidade tomarense, quando na verdade você personifica muito do que não se deve ser: arcaico, bafiento, retrógrado, egocêntrico, narcisista.
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