Foto 5
Rezam os costumes que "ao princípio era o Verbo". Terá sido. Neste caso, porém, ao princípio era a calçada escalavrada por veículos pesados (foto 1). Culpa dos respectivos condutores? Depende dos pontos de vista. Falando com os próprios, garantiram-me que a culpa é de quem projectou a placa central e a faixa de rodagem de tal modo que lá não cabem autocarros, sem serem forçados a galgar os passeios, com o resultado que mostra a fotografia. A solução normal, numa terra normal de um país normal, seria eliminar os inconvenientes denunciados pelos profissionais, Alterar o desenho da placa central e alargar a faixa de rodagem, de modo a permitir a sua utilização por todos os veículos que pagam impostos, como manda a lei. Seria, porque esta minha adorada terra gualdina nunca foi nem é normal. Aqui a autarquia e os seus eleitos e funcionários cuidam que não estão ao serviço dos cidadãos. Ao invés, julgam que são os eleitores que estão ao serviço do órgão e de todos os que à custa dele vivem. Basta atentar nas atitudes, no atendimento. Ou nas acomodações de "trabalho" de suas excelências. Vai daí, resolveram agir exactamente como no caso da recolha do lixo: procuraram a solução mais fácil e que lhes augure menos trabalho futuro. No caso da recolha do lixo (resíduos sólidos, no recibo da água), não só deixou de ser gratuita como cada vez pagamos mais e temos os contentores mais longe. Para facilitar o trabalho dos senhores funcionários, futuros "engenheiros de salubridade urbana". No caso da calçada da Praça Infante D. Henrique, aproveitaram umas floreiras vindas de alhures e colocaram-nas de tal modo que agora autocarros de turismo e/ou outros pesados não conseguem transitar por ali (fotos 2 e 3). Exactamente o que se pretende. Não podendo passar, não estragam. Há todavia dois pequenos problemas. O primeiro consiste em saber quem foi o eleito que deu semelhante ordem. Porque se nenhum a assumir, a colocação das floreiras é ilegal. Nesta questões, como em tudo, os políticos é que mandam (ou deviam mandar) nos funcionários. Nunca o inverso. O segundo é bem mais complexo. Inesperadamente, soube-se que as obras da redundante empreitada da "Envolvente ao Convento de Cristo", que constou terem sido previstas para depois da Festa dos Tabuleiros, afinal vão começar na próxima semana com o encerramento durante vários meses da respectiva via de acesso, passando este a fazer-se pelas estradas de Paialvo e de Leiria, excepto para os peões. Temos assim que, automóveis e autocarros de turismo, impedidos de por ali acederem ao principal monumento da zona, terão de inverter a marcha. Para os ligeiros, ainda vai. Mas os autocarros senhores?! Se não podem subir ao Convento, nem usar a via circundante do Infante D. Henrique para fazer a inversão de marcha, qual a solução prática que V.Exas propõem? Que os turistas de autocarro não apareçam por estas bandas? Que não nos venham chatear? Isto cá em baixo, onde a Mata Nacional continua fechada desde o tornado, "por razões de segurança", já lá vão quatro meses... Lá em cima ainda é pior, mais complicado. Governar é prever e agir em conformidade, dizia o Clemenceau, no século passado, Saberão os senhores eleitos o que isso é? Não parece e em política o que parece é. Com a Estrada do Convento, pomposamente baptizada "Avenida do Dr. Vieira Guimarães", encerrada durante meses e os visitantes a transitarem pela via poente ao monumento, surgem dois berbicachos de grande calibre: 1 - Onde poderão estacionar, uma vez que o parque da Cerrada dos Cães também lhes estará vedado? 2 - Onde e como é que os autocarros de turismo e o comboio turístico vai estacionar e/ou dar a volta? Vem aí a Festa Grande. Coisa para 300 mil euros dos contribuintes, a fundo perdido. Diz-se que para promoção da cidade. Com a aldeia cigana numa das entradas? Com obras e desvios na Rua de Coimbra? Com os Moínhos da Ordem/Lagares d'El Rey tapados e em obras? Com o acesso habitual ao Convento em obras? Não se estava mesmo a ver, senhores eleitos, que ia e vai dar buraco e dos grandes? |
6 comentários:
Sr. Dr. Rebelo,
O Templário começa a levantar o véu da trafulhice que transformou o seu amigo labrosta Ferreira em "técnico de informática" da Câmara de Alpiarça.
Eu próprio denunciei aqui o cambalacho entre Luís Ferreira e o amigalhaço Rosa do Céu.
Apesar do comprometedor silêncio do visado,fui violentamente atacado pelo Dr. Rebelo e por súbditos do valoroso "funcionário público" que ainda há dias afirmava ter ficado sempre em 1º lugar nos concursos.
Como sempre disse,parafraseando o velho ditado :
"A VERDADE É COMO O AZEITE..."
Aguardo agora as posições do Dr. Rebelo e do labrosta.
P.Sarmento
E não ficou em primeiro?.... Afinal foi o único a concorrer àquele concurso...
Para isso,era preciso que tivesse havido concurso...
Mas foi "à má fila",pela "porta do cavalo".
Como mandam as regras...
Professor Rebelo
Está em construção a maior aberração rodoviária desenhada por engenheiros da Câmara alguns agora reformados, mas que tiraram o curso "aos fins de semana" que é a requalificação da EN110 entre a mercatil e a Familiar. Aquilo pelo andar da carruagem mete dó, é rotundas a seguir a rotundas, descentralizadas do eixo da via. E ninguém faz anda.Um dos principais acesso a a Tomar vai tirara vontade de algum com um pesado de passageiros, por exemplo, entrar na mesma. Vão ver e digam da vossa justiça e depois peçam responsabilidades ao Sebastião
António Freitas
Caro António Freitas, não são só os que se reformaram que são responsáveis pelo estado em que a "coisa" está. Então os actuais técnicos ao serviço na Câmara o que andam a fazer? O que eles são é uns incompetentes como o Corvelo que até os nomeia directores de departamento em tempos de crise. É FARTAR VILANAGEM!
Há muitos anos atrás, o JFK colocou o dedo na ferida ao seu povo quando disse: "Não perguntem o que o país pode fazer por vós, mas o que vós podeis fazer pelo país". A isto chama-se estadista que é coisa que esta malta não sabe o que é.
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