domingo, 9 de outubro de 2011

Uma maioria de delinquentes jardinistas...

Andam agora todos muito incomodados com as jardinices do Alberto João, fingindo alguns não se dar conta de que temos no nosso município uma maioria de delinquentes jardinistas e uma oposição de bananas oportunistas.
Uma maioria de delinquentes jardinistas posto que, tal como o soba madeirense, tudo fazem para esconder as suas ilegalidades, de forma a continuarem com acesso ilimitado à gamela orçamental, sentados nas cadeiras do poder.
Para que não restem quaisquer dúvidas sobre os vários delitos deliberadamente cometidos pela maioria PSD, neste mandato acolitada pelo PS e beneficiando da cumplicidade muito benevolente dos IpT, se calhar interessados em substituir os socialistas na coligação,  aqui vai um pequeno rol, com as perguntas cujas respostas provocariam de certeza um cataclismo político a nível local:
1 - A Lei estipula, desde 2007, que as autarquias devem mandar inspeccionar as suas contas anuais por uma entidade externa. A câmara de Tomar nunca o fez, nem tem a intenção de o vir a fazer. Porquê?
2 - Apesar de estarem ao corrente desta ilegalidade, que constitui um delito grave, PS, IpT e Assembleia Municipal nunca agiram em conformidade, como é seu dever,  procurando antes camuflar o problema. Porquê?
3 - A lei estipula que a dívida camarária não deverá em cada ano a do exercício anterior. Em Tomar ainda faltam dois meses e a dívida total já ultrapassa os 13 milhões de euros, contra os 9 milhões do ano passado. A oposição mantém-se solidária com a maioria PSD. Porquê?
4 - A Lei estipula que o passivo da autarquia não pode em cada ano exceder o dobro das receitas cobradas no ano anterior. Em Tomar essa cobrança foi da ordem dos 27 milhões de euros em 2010, pelo que o passivo deveria ser no final deste ano no máximo de 54 milhões. Já ultrapassou os 65 milhões, mesmo sem incluir ainda os quase 7 milhões a pagar à Bragaparques. Maioria e oposição nada dizem à população. Porquê?
5 - A Lei estipula que os municípios devem afixar, em local visível dos Paços do Concelho e publicar nas suas páginas na Internet, informação detalhada e em linguagem acessível sobre as dívidas a fornecedores, débitos bancários e outros compromissos. A autarquia tomarense nunca o fez, nem tenciona vir  fazê-lo. PS, IpT e Assembleia Municipal calam-se. Porquê?
6 - A Lei estipula que as dívidas das autarquias a fornecedores devem ser liquidadas num prazo máximo de 90 dias = três meses. A câmara de Tomar está a pagar (a quem paga...) a 133 dias = quatro meses e meio. PS e IpT e AM calam-se. Porquê?
Apesar de tudo isto que, para usar um termo queirosiano, configura uma verdadeira choldra política, os tomarenses continuam convencidos de que estamos melhor do que na Madeira, porque aqui não há bananas. Não haverá mesmo? Quais os autarcas tomarenses que não são jardinistas?

2 comentários:

Anónimo disse...

Está tudo dito sobre os vícios que corroeram o sistema partidário português da base ao topo.Melhor dizendo: do topo à base.

Responsabilizar o poder local autárquico e os seus agentes é fácil, merece mesmo o aplauso dos criminosos que assaltaram a menina dos olhos da democracia portuguesa nascida em Abril 74.

Sem vergonha, aproveitam a onda da crise, e fazem declarações provocatórias que atingem diretamente as comunidades, o povo dos lugares, aldeias e cidades de Portugal, indo ao ponto de afirmar que o poder autárquico não é a vaca da democracia, como fez esse miserável e ascoroso Ministro Miguel Relvas, armado em reformador, qual Mouzinho da Silveira (que este bom português me desculpe associar seu nome a tão repugnante político).

O poder local autárquico nasceu muito antes da Fundação da nacionalidade, remonta à época romana, permaneceu na ocupação árabe do século VIII até ao século XII e foi o cimento da nossa independência e caminhada até aos dias de hoje.

Depois de Abril foi, de facto, a Vaca da Democracia, do desenvolvimento em todos os setores da nossa sociedade. Podemos continuar a dizer que o melhor que se fez nos últimos 37 anos deve-se ao Poder Local Autárquico, que em Portugal tem algumas caraterísticas de órgãos de vontade popular.

Quem o conspurcou foram os diretórios nacionais e intermédios do sistema partidário, nenhum partido está inocente, com a imposição de muitos líderes políticos decididos nas cúpulas e a entrega de grande parte das câmaras a indivíduos, que, muitos deles, odeiam a democracia.

Esgotados cargos e funções na área alta do poder e da adm. pública, começaram a arranjar-lhes tacho no poder autárquico. Instalados, destroçaram as organizações concelhias e intermédias dos partidos.

É altura de direcionar o fogo sobre os verdadeiros responsáveis e não gastar balas com os seus servidores.

Em Tomar, o responsável maior nos últimos 15 anos tem nome: Dr. Miguel Relvas.

É desperdício julgar que é este ou aquele vereador.

Toda a gente entende isto. O que parece existir é medo e oportunismo ao preferir-se pressionar o elo mais fraco.

Virgílio Lopes disse...

..."É altura de direcionar o fogo sobre os verdadeiros responsáveis e não gastar balas com os seus servidores.

Em Tomar, o responsável maior nos últimos 15 anos tem nome: Dr. Miguel Relvas."...

NA MOUCHE !!!!