quinta-feira, 7 de outubro de 2010

ANÁLISE DA IMPRENSA REGIONAL DESTA SEMANA

A abrir a análise da imprensa regional hoje chegada às bancas, permitam-nos uma especial chamada de atenção para o excelente e importante texto de Manuel Maria Carrilho, na penúltima página do Diário de Notícias de hoje. Tem por título "Ver, para além do teleponto". Dele publicamos este excerto, que nos parece muito adequado não só para o país, mas sobretudo para o nosso concelho. Ou estaremos enganados?
"Agora, chegou o momento de ver para lá do teleponto. Precisamos de novos desígnios, de ideias que magnetizem os cidadãos e revitalizem a sua iniciativa e os seus projectos. E se quisermos falar da criação de riqueza, de crescimento ou de inovação, temos de perceber que, como há dias dizia João Caraça, "tudo isso se liga a um modo de estar, a uma cultura. E a cultura é só isso, um guia de escolhas.
É por aqui que se tem de repensar Portugal: com novas ideias e perspectivas, com estratégias e modelos diferentes, com outras políticas e outros políticos."
O decano da imprensa local destaca esta semana os novos sanitários da Mata, com recepção e tudo, à entrada de um jardim desleixado. A fazer pensar, dizemos nós, que calhando, o balcão receptivo se destina a dar entrada aos requerimentos, prévios e obrigatórios, de todos os cidadãos que desejam aliviar-se. Dado o actual rumo das coisas, parece-nos que já faltou mais. Haja esperança!
A rotunda que nunca mais está pronta, a moção contra Luís Ferreira, uma rara análise política, que até nos parece bem feita, bem como noticiário sobre a recente sessão da Assembleia Municipal,  são outros tantos temas em destaque no semanário dirigido por António Madureira. Além das notícias correntes, bem entendido.

O MIRANTE foca o caso do viveirode droga no pavilhão da Venda da Gaita, o sucesso da pedreirense-tomarense Rita Clara, um caso sério no mundo luso da moda, o recorrente incidente Luís Ferreira/Lobo Antunes e, em exclusivo, o desfecho do caso João Fiandeiro, que estava a ser julgado em Santarém por abuso de confiança, numa acção intentada pelo próprio Mirante. Diz o jornal que as partes chegaram a um acordo, devendo o arguido reembolsar as somas desviadas e pedir desculpa a todos os lesados. Recorde-se que João Fiandeiro é presidente da Associação Portuguesa de Turismo Cultural, sediada em Tomar e apoiada pelo IPT, que celebrou um acordo muito vantajoso com os serviços de turismo, tutelados por Luís Ferreira.
"Três meses meses sem ganhar um tostão!" titula O TEMPLÀRIO na página 6. Trata-se de uma larga reportagem sobre a ida à câmara dos comerciantes de peixe e de carne no mercado municipal. Foram para protestar e exigir providências. Queriam falar com o presidente Corvêlo de Sousa. Acabaram por ser ouvidos, de pé, no salão nobre desarrumado, pelos vereadores Carrão, responsável pelo respectivo pelouro. Vitorino e Ferreira, cujo papel parece ter sido unicamente de confortar e acompanhar o vereador do PSD. As coligações têm destas coisas. 
Outra assunto em destaque no semanário de José Gaio é um verdadeiro "furo" jornalístico -A carta enviada pelos dirigentes do PSD local ao independente Corvêlo de Sousa, exigindo-lhe que retire pelouros a Luís Ferreira. Repare-se na subtileza semântica: "pelouros" em vez de "os pelouros". Trata-se, como é óbvio, de uma concessão importante: retirar ao vereador socialista só alguns dos pelouros que detém, mantendo-lhe no entanto o regime de tempo inteiro,  para que a coligação possa sobreviver. Estará o PS de acordo com tal desautorização, gravosa mas parcial? Resposta amanhã à noite, uma vez terminada a prevista reunião da comissão política socialista.
Na nossa modesta opinião, o "incidente Lobo Antunes" constitui apenas um pretexto de que os laranjas resolveram servir-se para retirar ao vereador socialista aqueles pelouros em que ele estava a fazer demasiado fogo de vista, e a constituir uma bela agenda para futuras consultas eleitorais locais. Na política é sempre assim.
Uma nota final a chamar a atenção para o blogue alguresaqui.blogspot.com, de Hugo Cristóvão, com uma violenta e esclarecedora mensagem escrita para o vice-presidente do PSD local. A ler quanto antes e sem falta! Pode estar aí o tiro final na estranha coligação.

11 comentários:

Anónimo disse...

Para Comunicação Social, e não só.

GUERRA ENTRE MISERICÓRDIAS E IGREJA

A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) decidiu ignorar um decreto da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP),aprovado pelo Vaticano, onde se passa as Misericórdias de "instituições privadas" a "associações públicas de fiéis", sujeitando-as ao parecer dos bispos.
A UMP acusa os bispos de pretenderem "cortar, de forma abrupta, unilateral e autoritária, com a autonomia de gestão de que as Misericórdias dispõesm há vários séculos, nomeadamente no que respeita à disposição dos seus bens, à capacidade soberana das suas assembleias gerais e à livre eleição dos corpos sociais".
A UMP acusa a Igreja de pretender "os bens apetecíveis das Misericórdias", e querem que o "Estado laico" tome posição sobre esta matéria. Assumem que lutarão para que os compromissos das Misericórdias tenham um estatuto idêntico ao das suas congéneres no Brasil, Itália, Espanha e Luxemburgo, ou seja, "serem consideradas como associações privadas de fiéis". Sublinham que as Misericórdias " são detentoras de um património incalculável". Só o património da Santa Casa da Misericórdia do Porto, a amis rica, é de 500 milhões de euros. A SM de Lisboa é do Estado.
No caso da Misericórdia de Tomar, além do património em imobilizado, há a considerar, segundo a tendência passada, e as contas de 2009, que ela possui depósitos bancários a prazo de milhões de euros.
Este é um assunto importante. A comunicação social deve consciencializar a sociedade sobre a situação. É um facto que é um assunto que exige alta preparação, mas a Comunicação Social tem de se esforçar e procurar a informação e os apois para a sua análise.
Questão: Alguns provedores incluiram a definição "asociações públicas de fiéis" nos estatutos. A UMP diz que os que optaram pela alteração não "perceberam o que isso significava". Qual a posição das Misericórdias de Tomar e da região ?
As Misericórdias vivem muito de bens deixados pelos seus membros. Algumas Misericórdias da região, por gerirem mal o património, começaram a perder doações ou intenções de doação. A alteração dos estatutos e o poder que a Igreja Católica ganha não vai induzir a que as doações sejam cada vez menores ?
Um problema complexo, mas importante.
SÉRGIO MARTINS

Anónimo disse...

Quanto a Carrilho, todos o conhecemos: palavroso que baste. A estadia em Paris (por conta do contribuinte portuga, claro) deve tê-lo insuflado mais que as "gravuras do Côa", esse projecto cultural que era para melhorar a economia dessa região e que não passou de um engano. Como as pegadas dos dinossáurios no Galinha.
Quanto ao caso do vereador desbocado, falar em pretexto laranja é um exagero: quem não soube colocar-se no lugar foi o dito vereador. Não disfarcem nem queiram re-escrever a história!
Pedro Miguel

Anónimo disse...

"Está para breve uma decisão de Corvelo de Sousa em relação ao vereador Luís Ferreira. Por aquilo que a Hertz apurou junto de fonte próxima a este processo, o presidente da Câmara Municipal de Tomar está a ter em consideração todas as opiniões que têm saído na praça pública relativamente à continuidade dos pelouros do Turismo e da Cultura sob a alçada do socialista.


.
Na base desta discussão está, recorde-se, a moção apresentada pelo Bloco de Esquerda, que pediu a perda de confiança no vereador perante as críticas que o mesmo direccionou ao escritor Lobo Antunes e que colocaram o nome de Tomar em toda a imprensa nacional «pelos piores motivos», salientaram os bloquistas. A concelhia do Partido Social Democrata, pela voz do seu presidente José Delgado, já tinha afirmado à Hertz que esperava uma posição de Corvelo de Sousa no sentido de que «uma situação deste género não se repetisse». Pelo mesmo diapasão alinharam os Independentes e o Bloco, enquanto a CDU ainda se mantém à margem, ao contrário do PS, que acredita na continuidade de Luís Ferreira. Mas as recentes considerações feitas pelo vereador no blogue vamosporaqui não caíram bem no executivo PSD, que foi colocado em xeque, nomeadamente quando o socialista afirma que a coligação «só funciona por «especial paciência e empenhamento dos vereadores do PS». Refira-se que a Hertz contactou Corvelo de Sousa, nesta quinta-feira, na tentativa de obter esclarecimentos sobre esta situação. Mas o presidente considerou inoportuna qualquer declaração sobre o assunto até porque, garantiu, ainda está em «fase de reflexão». No entanto, outras fontes asseguraram à Hertz que o cenário mais certo passa por uma tomada de posição de acordo com aquilo que foi deliberado na Assembleia Municipal. O tempo o dirá..."

REBELO COMO É? MAS AINDA DEFENDES O DUPLO-QUEIXO? GRANDE VIRA TACHOS ME SAISTE.

MEGA MASSA PRO!

Anónimo disse...

Para Pedro Miguel:

Leia, por favor, o post de hoje "Tudo em pratos limpos" e talvez mude de opinião...

Cordialmente,

A.R.

Anónimo disse...

Após uma breve passagem de olhos pela imprensa indígena, apraz-me registar a boa forma do excelentíssimo vereador Carrão, em mais uma surtida festeira, desta vez apadrinhando a abertura dos pipos em Carregueiros, e onde, contrariando a sua atitude de aparente medo e recolhimento quando circula pelas ruas da cidade, reveladora de preocupante agorafobia, enfrenta as objectivas dos repórteres qual forcado enfrenta a touro, de peito aberto, e olhos (e copo) bem levantados.

É isto que nos governa! Um aldeão com pretenções a citadino. Há muito que deixou a aldeia mas trouxe a aldeia com ele! Entretanto os comerciantes do mercado, esses sim, gente honesta e sobretudo trabalhadora, esperam e desesperam por uma solução que lhes permita continuar a viver com dignidade, desenvolvendo a sua actividade ao serviço da comunidade e contribuindo para o erário público por via da entrega dos impostos devidos pelo exercício da sua profissão, esses mesmos impostos que servem para pagar os vencimentos de muitos Carrões.

Anónimo disse...

OH Sr. Anónimo

O Sr. Carrão é citadino! Nasceu e viveu sempre em Tomar.
Bem se vê que você não conhece o homem. Nasceu na rua Dr. Joaquim Jacinto. Precisamente na mesma rua onde nasceu o compositor Lopes Graça.

Anónimo disse...

E o Sr. Carrão tem agora um magnífico carrão, que a autarquia adquiriu em renting!

E o victorino bezerro tem um carrito mais modesto, mas de gama ainda alta, também adquirido pela autarquia em leasing!

Andar de carroça, nunca! De carrão ou de carrinho sim!
Carrão, lindo carrão,
Carrão olarilolela!
Andas a conduzir o carrão,
Sempre na boa vai ela!!!!!!

E olé!

Anónimo disse...

O problema não é só o carrão do Carrão e do Becerra, o problema é mais grave e atravessa todos os eleitos nos gastos dos dinheiros públicos.
Uns gastam gastam gastam na "compra" de votos futuros. Aliás, não fazem mais do que fez o senhor Relvas/Corvelo quando gastaram na contratação da agência de comunicação. Ainda hoje o senhor Relvas tira dividendos disso. Ou acham que ele aparece de borla nas entrevistas que lhe fazem alguns jornais? Ainda acreditam no Pai Natal???
Como ia dizendo, e os gastos em telemóveis que todos os vereadores gastam, independentemente das formações a que pertencem.
Será pedir muito que nos seja fornecida uma lista com os gastos em telemóveis pelos vários elementos a quem eles estão distribuidos? Sejam eles vereadores ou não.
Será que temos direito a essa informação? Ou é segredo de autarquia?

Anónimo disse...

Claro, grão a grão enche a galinha o papo.
É possível termos acesso aos pagamentos mensais que os vereadores sem pelouro auferem por estarem presentes nas reuniões de câmara e AM?
Assim talvez se perceba o "esforço" que fazem para estarem nas reuniões, mesmo que seja só para inglês ver.
O problema de Tomar é extensivo a todos os actores de serviço, estejam eles no poder ou na oposição. A diferença está apenas no grau de responsabilidade que cabe a cada um neste descalabro tomarense.
Viva a República! das bananas.

Anónimo disse...

O Presidente da República, Cavaco Silva, referiu-se hoje, subtilmente, à obra das Misericórdias e ao interesse que elas despertam em alguns.
Concordo com uma atenção especial ao conflito da Misericórdias com a Igreja. Falei com muitos irmãos em Tomar e todos eles estão preocupados em saber se a gestão e o património das Misericórdias ficar sob controlo da Igreja ele poderá vir a saír de Tomar ?

Anónimo disse...

É possível termos acesso aos pagamentos mensais que os vereadores sem pelouro auferem por estarem presentes nas reuniões de câmara e AM?
Assim talvez se perceba o "esforço" que fazem para estarem nas reuniões, mesmo que seja só para comer.
Kuanto gasta o Pedro Marques e a Graça Costa, vereadores dos independentes em telemovel?