quinta-feira, 28 de outubro de 2010

ANÁLISE DA IMPRENSA REGIONAL DESTA SEMANA

Antes de entrar propriamente na análise da imprensa local e regional hoje publicada, seja-nos permitido, a título introdutório, um acepipe burlesco, hoje ocorrido, e cuja autenticidade garantimos.
Merecem-nos todo o respeito como cidadãos, mesmo se com eles nem sempre estamos de acordo, tanto os autarcas como os que fazem os jornais locais e regionais. O que segue não é, por conseguinte, contra ninguém. Trata-se apenas de relatar um episódio patusco, simples produto do acaso.
Esta tarde, num dos postos de venda de jornais da cidade, um respeitável cidadão comprou um diário e, após leitura dos outros títulos expostos, pegou num exemplar de Cidade de Tomar, (que como se sabe é vendido já dobrado ao meio, ao contrário dos outros dois) e mostrando a metade acima reproduzida, pediu à pessoa que estava no atendimento: -"Não tenho aqui os óculos e não consigo ler as letras pretas; pode-me dizer onde foi que estes dois vigaristas enganaram o pobre homem?." Muito supreendida, a empregada lá lhe explicou que as duas fotografias nada tinham a ver com a notícia da tarja azul. Aqui fica o registo, com uma saudável gargalhada, saudando o acaso, que por vezes provoca cada coisa!


Com se constata pelas ilustrações, a manchete de Cidade de Tomar é por assim dizer idêntica à dos outros dois semanários, o que se compreende. Na usual pasmaceira local e num ambiente de crise, a simples perspectiva da ruptura da coligação entusiasmou as hostes. Mas foi mais uma vez apenas fogo de vista. De resto, nenhum dos três jornais explicou a envolvência, que permitiria em simultâneo situar no tempo e reduzir às suas reais proporções aquilo que de facto aconteceu até agora. Convém, no entanto, referir que a imprensa local dispõe de meios escassos, que em geral não permitem o jornalismo de investigação, o qual de resto só lhe poderia causar problemas com os anunciantes. Estamos num país e numa terra assim. Eis porque regra geral os leitores só têm direito ao clássico trio "o quê? quando? onde?". Nunca ao quinteto "o quê? quando? onde? como? porquê?" A tal falta de contexto, de perspectiva ou de envolvência, que impede o total entendimento das coisas.
Alé da manchete, há uma entrevista de página inteira ao novo presidente do Politécnico de Tomar, que se limita a debitar banalidades usando frases feitas. Sobre recrutamento, qualidade, perspectivas de futuro, nada. Nem sequer a posição do IPT sobre os vizinhos IPS e IPL, um dos quais acabará inexoravelmente por o fagocitar, com ou sem ajuda do governo.
Igualmente a não perder, a habitual Crónica de Campanha, de Mário Cobra, esta semana muito bem esgalhada e sobre os infelizes hóspedes da pousada S. Gregório.
A última página do jornal da Praça da República é ocupada com a notícia "oficial" das obras da chamada "Envolvente do Convento de Cristo", no valor global de 2 milhões e 300 mil euros. Delas apenas nos parecem úteis a rede de saneamento, o arranjo das duas calçadas de acesso e os sanitários na Cerrada dos Cães. O resto é dinheiro deitado à rua, como de resto já vem sendo hábito, numa autarquia com uma dívida global já superior a 31 milhões de euros e sem ter quem lhe empreste mais. Normalmente, tendo em conta o agravamento da crise, terá de haver cortes severos no orçamento para 2011. Mas onde e como?

O Mirante tem a notícia mais completa sobre a retirada dos pelouros a Luís Ferreira, uma foto do presidente do IPT na primeira página, uma página inteira sobre o mesmo e o rasgado elogia de JAE ao Doutor Eugénio de Almeida. Compreende-se que assim seja, pois o politécncio tomarense sempre foi um excelente anunciante do semanário sediado na Chamusca.
Na página três, uma expressiva e excelente fotografia da recente Procissão da Padroeira, que Elsa Gonçalves descreve  noutra página.
Com Luís Ferreira já "castigado", O Mirante não perde mesmo assim a ocasião de parodiar a ida à Galiza, na costumeira secção Cavaleiro Andante. A mesma onde, sob uma foto-passe de Miguel Relvas, se pode ler esta bela frase informativa: "A ruptura anunciada da coligação entre PSD e PS na Câmara de Tomar calha numa altura sensível do calendário político..." Alguém aqui em Tomar deu pelo anúncio de semelhante coisa?
Provisoriamente encerrado o caso Luís Ferreira, Rosa do Céu e a sua reforma antecipada voltam ao seu usual papel de bombo da festa d'O Mirante. Os jornalistas salariados têm por vezes tarefas bem ingratas...

O Templário noticia na página 2 a vinda de Lobo Antunes a Tomar, em 13 de Novmbro, data que nos parece aziaga, por ter sido num dia 13 que prenderam os templários, que morreu o Gualdim Pais, que se travou a batalha de Aljubarrota, e que nasceu um dos nossos administradores. Vejam lá, vejam!
Na página 4, o caso Luís Ferreira, que entretanto foi de férias. Na 5, os cada vez mais numerosos assaltos e furtos em Tomar, na 7, os necessitados que recorrem à Cáritas, na 11, o seminário de Manuel Gandra sobre os templários, na 13, a transferência do mercado, várias vezes anunciada mas ainda não efectivada.  A vida do professor Ludovico Rosa ocupa as páginas 16 e 17, enquanto o arquitecto Costa Rosa, brioso aficionado, faz na página 18 a resenha da corrida de toiros por ocasião da feira, cujos bichos bravos eram afinal "de aviário", segundo escreve. Triste sina a desta desgraçada terra. Agora já nem os touros são como antigamente...
Uma foto de António Paiva, em início de liderança política a nível local, vem na secção Pelourinho, página 36. O que aconteceu nos anos seguintes já é do conhecimento geral. Tem razão o povo quando recomenda que nunca se devem  colocar todos os ovos debaixo da mesma galinha.

11 comentários:

Anónimo disse...

OH TÓ MAS AFINAL SEMPRE SABES QUEM EU SOU OU NÃO?

MEGA MASSA PRO!

Anónimo disse...

A política Tomarense divide-se em antes e depois de António Paiva.

Antes dele governavam os socialistas, numa curiosa coligação entre os interesses de vários grupos especuladores e construtores e uns jovens arrivistas do catolicismo provinciano.

Os resultados sabemos quais foram: suspeitas de favorecimento de amigos e conhecidos. Caldo cultural adequado ao surgimento de um líder natural que, caramunhado por TODA a imprensa local, agarraria Tomar.

Em 98 António Paiva, inaugura a sua década, com uma equipa jovem e dinâmica, onde pontuou o melhor vereador dos seus mandatos, competente, estratega e astuto na rede que soube criar: Fidalgo.

Paiva exerceu, com dura mão, o poder conquistado, impondo alguma ordem e investindo tudo no acesso aos fundos comunitários. Obteve rotundos sucessos. Transformou a cidade e deu-lhe a ilusão de que seria a Albufeira do centro do pais. A comunicação social, alimentada pelo orçamento Municipal, contribuiu para a ilusão.

Mas os indicadores não tardaram a surgir: Tomar entre 97 e 2007 passa do lugar 59 do índice de poder de compra do pais, para 91. Foi ultrapassada por Abrantes, Constancia, Torres novas, Rio maior, cartaxo e Almeirim no Distrito de Santarém.

Depois de Antonio Paiva é o que se sabe e, não estranha que, neste contexto, só Luís Ferreira seja protagonista.

No caos que se lhe seguiu, com vereadores fantoches instalados na Camara, numa sociedade amorfa e perdida, só a voz diferente do vereador socialista destoa.

E destoa tanto que conseguiu a unanimidade: é para abater.

Tomar divide-se entre o antes e depois de António Paiva. Antes mau, durante bom, depois péssimo.

E que ninguém ouse dizer que o rei vai nu.

Anónimo disse...

Correcção para o título da Cidade de Tomar:

"Dois vigaristas burlaram 40 mil tomarenses"

Anónimo disse...

É fácil, o Mega Massa Pro é um conhecido Barão bipolar. Basta ver o ID...

Anónimo disse...

"Tomar divide-se entre o antes e depois de António Paiva. Antes mau, durante bom, depois péssimo."

Ó homem (ou mulher, que se fores mulher ainda percebo) como é possível alguém continuar a achar que os mandatos de António PAiva foram bons?!!
Você próprio se contradiz no que escreveu!
O que ficou de António Paiva a não ser os tais vereadores fantoches, um partido desfeito e uma cidade ultrapassada, cheia de obras inúteis e constantemente a ser refeitas?!

Anónimo disse...

Vai uma aposta ?

Aí está um desabafo "Anónimo" do "estadista" Labrosta Ferreira.

É que há expressões e estilo da prosa que lhe estão gravados no código genético.

E...depois... aquele singular jeito para o auto-elogio.

Vai-te catar !

Vai ferreirar outros !

Anónimo disse...

Ó Luisito, puseram-te de castigo, foi??? Tadinho!!! Viraram-te para a parede? E puseram-te orelhas de burro? Espero bem que não...seria uma desconsideração para as simpáticas alimárias!!!

Anónimo disse...

Como sempre, para as bandas do PS, os cães ladram e a caravana passa. Devagar, mas passa.

Anónimo disse...

Pois, para quem não tem vergonha todo o mundo é seu!!!!

Anónimo disse...

O anónimo das 02H54 de ontem deve pertencer ao grupo do Delgado, pois esqueceu o que o PS e o Pedro Marques fizeram de bom, desde o Hospital a bastecimento de água, escolas, acessibilidades, aproveitamento total de fundos comunitários, etc...
Não se assistiu ao esbanjamento dos fundos do Polis, ao endividamento brutal do Paiva e PSD.
Só não viu quem não quis, mas percebe-se, é a politiquice barata e o Delgado andava, tal como agora, por outras bandas.

Anónimo disse...

O Delgado é do PSD-A.
Ou seja do PSD-Angola e está mais preocupado e sabe mais do seu negócio nessa terra.
Tomar é apenas uma passagem ... p´ra outra margem!
Se o Vicente andava (e anda) à procura de tacho (e vai conseguindo) o Delgado quer é protagonismo.
E em terra de cegos .....!!!!!!!