sábado, 30 de outubro de 2010

MUNICÍPIOS RICOS E MUNICÍPIOS POBRES


Esta local, copiada do Correio da Manhã de ontem, com os nossos agradecimentos, notícia um curioso acontecimento. A câmara de Silves (30 mil eleitores, 7 membros no executivo -3 PSD, 3 PS, 1 CDU) deliberou pagar só 25 almoços às personalidades, entre as quais o ministro da administração interna, aquando da inauguração do novo quartel da GNR. Os soldados e graduados da corporação foram forçados a pagar 2,80 euros por cada lanche, comido no quartel pela mesma ocasião.
Admitindo que cada almoço tenha custado 40 euros no máximo, a despesa da autarquia ficou-se pelos mil euros. Caso tivesse convidado igualmente os soldados, sargentos e oficiais daquela força, teria pago no máximo mais dois mil euros, por 50 almoços. O que significa que a autarquia pretendeu poupar tal soma.

Trezentos quilómetros mais a norte, mas no mesmo país, uma autarquia de 38 mil eleitores e um executivo municipal de 7 membros (3 PSD coligados com 2 PS + 2 IpT), resolveu enviar a uma feira a Vigo (Galiza - Espanha), uma representação de cerca de 50 pessoas em dois veículos, mais um pavilhão que terá custado cerca de 20 mil euros, segundo consta e ainda não foi desmentido pela autarquia. Tudo numa acção de promoção da festa dos tabuleiros 2011.
Temos portanto que, no Algarve, um município PSD procura poupar quanto pode, enquanto no centro do país, outra autarquia PSD esbanja dinheiro em actividades de retorno praticamente nulo. Com uma agravante assaz caricata: A delegação tomarenses inclui gaiteiros e tamborileiros, certamente porque ninguém se lembrou que a origem das gaitas de foles, e por conseguinte dos gaiteiros é exactamente a Galiza, cuja população descende dos celtas, os inventores da coisa. De forma que, se um dia aqui recebermos uma delegação galega com tabuleiros à cabeça, não se admirem. Amor com amor se paga!
Embora os nossos reis sempre tenham usado o título "de Portugal e dos Algarves", era suposto que a república tivesse acabado com tal divisão. Puro engano. A norte do Tejo, nas margens do Nabão, gastam-se mais de 20 mil euros sem qualquer problema. Na província mais a sul, para poupar 2 mil euros no máximo, membros da GNR foram forçados a pagar o próprio lanche, em dia de festa de inauguração. A diferença que faz habitar num município rico, ou num pobre! Enquanto no município rico as taxas e outras alcavalas não são nada para brincadeiras, no município pobre, em Silves, espera-se que sejam mais meigos para com os cidadãos. Até porque cobram e arrecadam o produto das entradas no castelo. Em Tomar, como é sabido, os 6 euros de cada entrada no Convnto vão direitinhos para a conta do IGESPAR - Lisboa.
Mas pronto! Tudo isto não passa de mero desabafo, pois o futuro dos tomarenses será bem mais risonho, segundo se deduz do editorial assinado por Corvêlo de Sousa, na edição de Novembro do Boletim Informativo Municipal. Oxalá!

21 comentários:

Anónimo disse...

Disparate total comparar uma promoção de um concelho num certame internacional, com a inauguração de um quartel da GNR.

Não sei de quem foi a decisão, mas participar num certame de dimensão internacional é o que tomar mais devia fazer regularmente.

Cidades que não se promovem não existem.

Anónimo disse...

Ei Curvello!
Só conaram p´rá você!

Anónimo disse...

Mas esta não é mais uma organização daquele rapaz que manda no PS em Tomar e era vereador do Turismo. Esta não é mais uma das acções politicas dos socialistas tal como os que nos desgovernaram em Portugal nos últimos seis anos e agora vamos começar a pagar a conta a partir de Janeiro de 2011. Também em Tomar se não os põem na ordem acabamos todos a pagar e bem esta suas brincadeiras. Se calhar também era tempo de rever toda a acção da câmara e dos seus planos tal como os gastos com a Festa dos Tabuleiros.

Unknown disse...

Para 22:06

A comparação tem todo o cabimento, uma vez que ambas as acções se integram, em termos de gastos orçamentais na secção "promoção, publicidade, marketing".
Concordo em absoluto que uma cidade que não se promove, não existe. Mas também não passa a existir só por se promover. Como é o caso de Tomar. Foi a Vigo promover o quê? Uma festa de quatro e quatro anos que custa a preços actuais 200 mil euros aos contribuintes? Promover as gaitas de foles e os tambores na região de onde vêm?
Valha-nos Nossa Senhora da Agrela, que não há santa como ela!

Anónimo disse...

Pois!!! Se me tivessem convidado para a excursão à Espanha eu estava muito caladinho e não criticava os custos que isso vai dar...mas como não fui escolhido...!!!

Anónimo disse...

Muitos são chamados (para pagar!), mas poucos são escolhidos (para receber!).

Este artista de Tomar aprendeu bem com os xuxas a mamar na teta do orçamento.

Claro que os do poder, centrados na sede nacional de Lisboa, mamam muito e muito mais.

No final quem paga são os do costume!!!!!!

Anónimo disse...

O vereador Becerra que acompanhou a excursão a Vigo, foi um sucesso. Quando não dormitava, lá ia mantendo difícil comunicação com o seu camarada Zeca Pereira. Nos outros momentos, poucos, em que falou com outros elementos da comitiva, só soube dizer banalidades.

Quanto à exposição não ficou mal a representação. As funcionarias do Turismo estiveram bem e com umas vestes, que só espero não tenha sido a Camara a pagar.

Anónimo disse...

Esperavam o quê? Se o Vitorino fosse bom tinha ficado no PSD. Não tinha ido para a malta do avental de maneira a conseguir um lugarzito onde pode mudar o PDM conformne as suas conveniências. É mais uma raposa no galinheiro. Enquanto houver galinhas.

Anónimo disse...

Sou autarca e tenho vergonha de me identificar pois sou novo e fui burlado nesta excursão á Galiza. Bem fez a Madalena e Pedreira que cagaram no assunto. Autocarro da Câmara, dois motoristas, saida ás 7H00 regresso ás 2H00, almoçoe jantar em Viana do Castelo, mais um autocarro alugado á Turexpresso, amigos, com famílias, jornalistas com as esposas, uam vergonha. nem Cõrvelo nem Luis Ferreira, mais uma carrinha que levou os tabuleiros. Bem feitas as contas foram mais de 20.000 em deslocações e almoços e o pateta do mordomo que só sabe pedir às Juntas bem podia ter avisado que 1h00 a desfilar na feira nada valeu e que se popuasse esse dinheiro dava para fazer umas flores ou enfeitasr umas ruas. Senti que foi deitar dinheiro á rua. Há mais houve muita bebedeira e anedotas contra o Sócrates. Só por isso valeua pena

Anónimo disse...

Os espanhóis ainda gozaram a malta e ninguém percebia o que era aquilo. Pensavam que era um rancho d edançarinos e perguntavam. Non dançam... nom dançam...

Faltou o aguadeiro mas vino albarino houve muita e para cá alguns autarcas ressonavam como bestas. Foi uma fartote esta excursão à Galiza. Quem med era que agora fossemos a Barcelona. A Espanha é que está a dar e o Vitorino haba bine le espanol

Anónimo disse...

Não se preocupe, senhor autarca novo, haverá continuidade na Festa dos Tabuleiros. Esta comitiva, amigalhaços, amigos e amigas destes e respectivas esposas e esposos, etc, etc, é tudo gente para pegar num tabuleiro cada um e desfilar no cortejo ao calor...

Vai lá, vai! É só gente séria! Por estas e por outras é que eu virei costas à Festa, de tão gozado, usado e abusado que foi durante 16 anos...até que um dia abri os olhos!
Agora, na semana da Festa, até me ausento de Tomar, nem o cheiro lhe sinto, e a contribuição que já dei foi para o resto da minha vida.

Anónimo disse...

O anónimo da 22:41, claramente alguém que NÃO FOI na delegação Tomarense à feira de Vigo, fala com dor de cotovelo de não ter sido convidado, pela Comissao da Festa, para lá se deslocar.

Não refere o vereador Vitorino que foi quem representou a câmara no certame internacional. Fala de valores tolos de 20.000€ para um autocarro e cerca de 150 refeições, quando se perceberá que isso nem 2.000€ custa.

Não refere a Comissao da festa que escolheu a comitiva e que fez o que lhe competia, que era promover os tabuleiros. Não refere o Grupo de música moderna que acompanhou a delegação e que também ajudou a promover a outra Tomar que também existe: a da cultura viva.

Enfim. Em cada um de nós há sempre um AF frustrado.

Unknown disse...

Para 22:57

Então se o Vitorino é filho de uma espanhola, o que é que você queria? Que ele não falasse a língua materna?

Anónimo disse...

Anônimo de 1 de Novembro de 2010 23:10 só faltou assinar:

Membro da Comissão de Iniciativa e Propaganda criada pelo Vereador ferreira das farturas na Câmara Municipal de Tomar

Anónimo disse...

Ó Rebelo, mais polimento no discurso! Não é muito curial dizer "...o Vitorino é filho duma espanhola..."
Não acha que soaria muito melhor dizer "...a mãe do arq. Vitorino é de nacionalidade espanhola..."?

Unknown disse...

Para 14:03

Pois. Realmente, se formos pelo lado do polimento aparente, a chamada graxa...
Diga-me uma coisa, por favor: Uma senhora de nacionalidade espanhola, não é espanhola? A sua mãe não é portuguesa?
Percebo onde quis chegar, mas aí a falta de polimento não é minha. É da interpretação enviesada de quem lê. Caimos no mesmo caso da diferença entre boa senhora e senhora boa...
Por outro lado, a propósito de "arq. Vitorino", também acha que não é polido? Então e o seu "Ó Rebelo"? Não seria mais polido "Doutor Rebelo", ou "professor Rebelo"? É a velha maleita tomarense -Julgam ver palhas nos olhos alheios, sem enxergarem trancas nos próprios.
Somos assim, pouco há a fazer.

Anónimo disse...

Não percebo bem. O que foi isso da Excursão a Vigo se depois desta promoção Tomar ficou a ganhar e quando Tomar ganha ganhamos todos. Não percebo bem porque foi preciso irem 80 pessoas, ou 75 mas enfim. Podiam ter levado as bandeiras e ter feito um desfile a sério. É semrpe vom projectar Tomar internacionalmente

Anónimo disse...

A promoção de Tomar feita na vigência do vereador ferreira teve um impacto relativo.

Ele procura propalar aos quatro ventos que conseguiu boina resultados, como o fez no debate da radio Hertz, mas não é bem assim. Os resultados não foram da sua política de investimento milionário em promoção, mas sim da capacidade dos empresários de Tomar.

E quando à feira da Galiza deve ter sido o mesmo de sempre: conversa e folclore do mais rasca que existe.

Anónimo disse...

Mas também é bom para levar 14 presidentes de Junta e seus acompanhantes que tem voto na Assembleia Municipal. Algum vai votar contra alguma coisa proposta por quem os leva a passear?
Admira-me não terem ido vários jornalistas dos jornais e rádios para também dizerem bem

Anónimo disse...

O problema não é meu, ó sr. Rebelo! Pela minha parte percebi muito bem o que escreveu, e não estou sempre de pé atrás relativamente ao que você escreve! Mas quando qualquer um de nós escreve, o que tem mais é que contar com as tais interpretações enviesadas, e o que não falta por aí é gente capaz disso, uns por manifesta falta de cultura e outros por evidente má vontade.
Como é seu hábito, tomou à ponta de espada o meu comentário e reagiu como se o alvo da crítica fosse você!
Lamento...

Anónimo disse...

Polémica:

banda espanhola faz um retrato desolador de Portugal

E AINDA HÁ QUEM VÁ A VIGO PROMOVER PORTUGAL!!!!


Leia a letra e ouça a música dos Bla, Yo soy como Portugal, em que se diz: Lo que tenemos yo y mi amigo Portugal es que parece que lo nuestro siempre lo hay mejor o igual en cualquier otro lugar.
Artigo escrito por Manuel Halpern 22:40 Segunda feira, 1 de Nov de 2010



Bla


Yo soy como Portugal, todos me descubren tarde y mal

Un país sin visitar, hacia el final, al que nunca da tiempo a llegar

Lo que tenemos yo y mi amigo Portugal

es que parece que lo nuestro siempre lo hay mejor o igual en cualquier otro lugar

Y es que a mí, como a ti, amigo Portugal son pocos los que quieren venirme a investigar

Na na na na na na na

Yo soy como Portugal, todos me descubren...

Lo que tenemos tú y yo, amigo Portugal,

es que da igual que yo me arregle o que tú cada verano montes más de un festival

Quem visita o Alentejo? Quem conhece o rio Mondego? Demasiado ninguno

Yo soy como Portugal, todos me descubren...

Portugal, Portugal, Portugal,

yo te iré un día a visitar Paredes, Porto, Setúbal, Odemira y Sabugal

Portugal, Portugal, Portugal,

yo contigo siempre en soledad tú y yo juntos tan felices, no hará falta nadie más.