sábado, 23 de outubro de 2010

O OPTIMISMO, BILL GATES E A BOFETADA GERMÂNICA

De acordo. O título é algo estrambótico, ou extravagante, caso prefiram por ser mais simples, mas trata-se de vos inculcar a vontade de ler até ao fim.
O meu amigo Hugo Cristóvão acha que sou demasiado pessimista, tipo velho do Restelo, alegando que no fundo as pessoas precisam de quem seja optimista e lhes vá dando alguma esperança. Afinal, por outras palavras, a mesma posição de Luís Ferreira, quando escreveu, aqui há tempos, nunca ter visto um general pessimista ganhar uma batalha. Podia, naturalmente, contrapor-lhes o optimismo patológico do dr. Pangloss, a imortal personagem criada por Voltaire, há mais de dois séculos, em "Cândido ou o optimismo", mas o diabo do livro é bem capaz de ser difícil de encontrar (e até de ler...) por estas bandas, em versão portuguesa. Podia, também, apontar-lhes o conhecido pessimismo de José Mourinho, nas vésperas da partida da selecção nacional para a África do Sul. Onde sucedeu precisamente o que ele previra, de modo pessimista.
Prefiro, todavia, ir pelo lado dos Estados Unidos, citando uma personagem nada optimista, mas tão realista que conseguiu em pouco tempo, partindo da base, chegar o topo, sendo agora um dos homens mais ricos do mundo, e dedicando-se à filantropia. Estou a referir-me a Bill Gates, o ex-CEO da Microsoft e seu principal accionista. Que caminho foi o seu?
Estudante em Harvard, a mais prestigiada universidade mundial, onde só entram os melhores entre os melhores, resolveu abandonar os estudos a meio percurso para seguir a sua paixão -a programação informática. Em poucos anos, conseguiu um sucesso estrondoso, tornando a sua empresa líder mundial no ramo. Pois bem, que diz ele aos jovens que pretendem subir na vida? Isto: "1 - A vida não é nada fácil. Habituem-se a esta ideia. 2 - A sociedade não está nada preocupada com a vossa auto-estima. Espera apenas que façam alguma coisa de útil por ela, antes de vos sentirdes bem perante a vossa consciência. 3 - Vocês não irão ganhar 5 mil dólares  (4 mil euros) mensais logo à saída da universidade. Nem serão directores de uma empresa, com carro à porta e telefone à disposição. Antes têm de conseguir comprar o vosso próprio telefone. 4 - Se acham que os vossos professores são exigentes e chatos, esperem até terem um chefe. Ele nunca terá  pena de vocês. 5 - Vender coisas velhas, ou trabalhar nas férias para arranjar dinheiro, não fará cair os vossos parentes na lama. Os vossos avós têm uma outra expressão para isso. Chamam-lhe oportunidade. 6 - Se fracassarem, não culpem os vossos pais. Os erros foram vocês que os cometeram. Aprendam com eles. 7 - Antes de vocês nascerem, os vossos pais não eram tão críticos e chatos como agora. Só ficaram assim desde que têm de pagar as vossas despesas, lavar-vos a roupa e ouvir-vos dizer que são ridículos, ultrapassados e cavernículas. Antes de reivindicar a salvação do planeta, procurando reparar de alguma maneira os erros da geração dos vossos pais, será melhor começarem por limpar e arrumar os vossos próprios quartos. 8 - A vossa escola eliminou a distinção entre vencedores e vencidos, entre bons alunos e maus alunos. Mas a vida não é nada assim. Na escola vocês chumbam e têm sempre mais uma oportunidade até passarem. Não tem nada a ver com a vida real, cá fora. Se errarem, o patrão não renova o contrato. Portanto, tratem de acertar logo à primeira. 9 - A vida quotidiana não está dividida em perídos, com férias no final de cada um. Fora da escola não vão ter o Verão livre, sendo também pouco provável que os vossos colegas de trabalho ajudem a cumprir as tarefas no final de cada período. 10 - A TV não é a vida real. Na vida de todos os dias, os cidadãos têm de largar o bar ou o café e irem trabalhar arduamente.  11 - Tratem de ser simpáticos com os vossos colegas "marrões", aqueles que vocês geralmente consideram uns cromos. Há uma elevada probabilidade de um dia os virem a ter como patrões ou chefes."
Bill Gates - Uma vida - Traduzido a partir da versão francesa.
Após uma longa citação de um texto "made in USA", fica bem, para contrabalançar, uma referência a um autor português. Neste caso o economista e conselheiro de estado Vítor Bento, com uma grande vantagem para os eternos descrentes, com tendência para exclamar que "Isso não lembra ao careca!". É que Vítor Bento é mesmo careca! Diz ele que, "Apesar de partilharem um desígnio comum, os membros do processo de integração [europeia] não renunciaram às suas próprias funções de preferência social. ... ... ...Assentes nos respectivos percursos e experiências, essas funções consubstanciam uma espécie de contrato social empiricamente entretecido em cada sociedade, fazendo parte do substrato cultural que define a sua identidade. ... ... Assim, apesar do voluntarismo integrador que as foi aproximando, cada sociedade continuou a expressar, na sua via e na gestão política quotidiana, as preferências sociais que lhe são culturalmente mais naturais.
De um lado, a frugalidade, o rigor, a disciplina e a preocupação com a sustentabilidade a longo prazo, tudo caractrísticas da cultura germânica. Do outro lado, o pendor mais hedonista, o "deixa andar", o "depois logo se vê", e a maior elasticidade no cumprimento de regras e compromissos, tudo traços típicos da cultura latina. Pelo meio, algumas variantes destes dois pólos.
(Vitor Bento, O nó cego da economia, página 130. Sublinhado nosso.)
Apenas posições de Vítor Bento, ou de Cavaco Silva através dele, como já foi dito por um comentador aqui no blogue? É possível. Mas então como interpretar a notícia, nos telejornais de ontem, sobre a Auto Europa? Uma grande empresa com operários portugueses treinados por alemães, e um director português idem, idem, anuncia um aumento de salários de 3,9% para todos, precisamente na altura em que o governo aumenta impostos,  corta vencimentos e outras regalias, enquanto os patrões em geral anseiam fazer o mesmo, logo que possam. Não estaremos perante a conhecida bofetada germânica com luva branca? Não será, afinal, uma maneira prática e muito pedagógica de nos transmitir, a nós, latinos empedernidos, a nova versão da velha máxima de Frei Tomás? Em qualquer caso o significado é evidente: Que bem pregam os Frei Tomás! Não liguem ao que eles dizem. Façam com a gente faz!
Estes germânicos perderam a guerra, mas estão a ganhar a Europa. Pelo menos a do norte. A outra, depois logo se vê!

18 comentários:

Anónimo disse...

Quanto ao aumento salarial de 4% na Autoeuropa qual é o espanto? A empresa dá lucro e reparte-o com os trabalhadores. Até porque não os substitui com facilidade, senão talvez fosse diferente!A partir de agora vai ser assim. Função pública e seus aposentados sempre a descer, privados com lucro e especializados sempre a subir. Sempre foi assim até ao 25/4.Quem tivesse como objectivo um bom salário nunca ia trabalhar para o Estado.
Quanto a latinos e alemães, graças a Deus que há diferenças.
A verdadeira bofetada dos germânicos é venderem tantos carros de luxo a portugueses que se endividam para os comprar!
Pedro Miguel

Anónimo disse...

Ó senhor Dr. Rebelo!

Que salganhada este seu post.

Misturar o huguinho,o labrosta,o Bil Gates,o guru Vitor Bento e a Auto-Europa não lembraria ao diabo.

Não misture ganga com metais...alguns até preciosos...

Não desfaça o trabalho dos garimpeiros...

Não promova a mediocridade e excrecência política local...veneranda da nacional.

Como dono do blogue tem,no mínimo, essa obrigação moral e cívica.

Sugiro-lhe,mais uma vez,que reproduza aqui os dois quadros apresentados por Ernâni Lopes num dos programas "Plano Inclinado" e que saca fácilmente do site da SIC Notícias.

Numa linguagem clara,acessível e bem exposta gráficamente,encontra o caminho para sanear e viabilizar Portugal.

Sem prejuízo da sábia e clarividente análise de Bill Gates,que citou.


MARIA DA FONTE

Anónimo disse...

O que se passa na AutoEuropa tem a ver com o que se passa na Alemanha.

Os patrões alemães chegaram à conclusão que a economia se reanimava com o aumento de salários dos trabalhadores e o governo da srª Merckl avançou nesse sentido.

Pelos vistos a teoria não se aplica ao exterior e vai daí exigiram a estes paspalhos do sócras e do teixeira as medidas restritivas que todos conhecem e vão sentir na pele no próximo ano.

Na Alemanha e suas empresas (dentro e fora de portas) sobem-se os salários dos trabalhadores, incentivando-se a economia.

Nos outros países faz-se precisamente o contrário que a Alemanha (e outros) exigem.

Assim vai a economia mundial!!!!

Já agora Srs. Pro. Rebelo e Dr. Sérgio Martins leiam um artigo muito interessante de São José Almeida no Público (página 36) onde se fazem algumas perguntas que muitos de nós fazemos e que ninguém nos explica nada, porque é tudo inevitável, incontornável, tem que ser assim.

Parece a religião: tens de ter fé, acredita, porque eu digo e não perguntes nada!!!!!!

Meditem e tentem encontrar explicações reais, fora da fé!!!!!!!!!

Anónimo disse...

Caro Professor, os optimistas que refere no seu comentário não olham todos os dias para o porta-moedas à procura de uns cêntimos para dar de comer aos filhos... Os alemães aumentam os trabalhadores da Auto Europa, porque ali falam pouco e trabalham o suficiente para permitir a decisão da administração... Mais comentários para quê?
Cordialmente,
Zé da Ponte

Anónimo disse...

só comentarios parolos desproporcionados e descontextualizados. A parolice e a labreguice continuam insidiosas em todos os seus quadrantes e o proselitismo bimbo continua a acirrar o criticismo sem fundamento. Vão trabalhar!

Anónimo disse...

Vamos por partes.

Autoeuropa. É bom relembrar que há alguns anos atrás os trabalhadores da empresas assinaram com a Administração um pacto em que admitiam o não aumento de salários, ou, salvo erro, a sua redução. Agora terão um aumento de quase 4% porque as condições assim o parecem permitir. É a produção e a produtividade ligadas aos salários.
Esta empresa é única no mundo, o mercado promete e ela precisa de paz social. Esta é negociada com a Comissão de Trabalhadores, esses seres desconhecidos da maioria das empresas portuguesas, que não sabem o que é o diálogo, só a repressão, daí Portugal nunca evoluir. A Comissão de Trabalhadores é do Bloco de Esquerda, se fosse do Partido Comunista, ou nunca chegaria a acordo ou trairia os trabalhadores, como acontecem em outra empresa, o que motivou um artigo de Jerónimo da Sousa a acusar uma CT de outra empresa, comunista, de traição aos trabalhadores, ao Partido e aos interesses nacionais.

Vitor Bento. Foi meu colega de curso em Economia, de turma e de carteira. Muito ligado a Cavaco Silva, desde o Banco de Portugal.Tem razão em muito do que escreve, mas, como Cavaco, Constâncio, Silva Lopes, João Salgueiro e outros, conhece mal os sectores produtivos. Trabalhou sempre no financeiro ou no Estado. Ao contrário do que ele e muitos outros julgam, em Portugal, os trabalhadores portugueses em empresas estrangeiras são sempre dos melhores e muito disciplinados. Não existe a mentalidade Latina, absorvem a alemã ou anglo-saxónica. São é bem enquadrados, bem liderados e bem motivados. A mentalidade Latina está mais presente nos responsáveis políticos e sociais.

Quanto ao optimismo-pessimismo, são dicotomias estafadas, e argumento de quem anda a beneficiar da situação.

Leiam o editorial de hoje do Diário de Notícias sobre as notícias no Reino Unido sobre Portugal, e do que diz o Finantial Times e o Economist, já aqui por mim referidas. Londres divide com Nova York o primeiro lugar nos mercados financeiros mundiais. Qualquer notícia sobre Portugal, um cliente histórico de Londres, terá efeitos na nossa necessidade de financiamento. Aqueles orgão de informação não são pessimistas, eles estão a iformar o mercado que, depois das presideniais e de novas eleições legislativas, terão de vir as medidas a sério, como no Reino Unido.
Além disso vão ocorrer grandes mudanças na Europa que serão pesadas para Portugal.
SÉRGIO MARTINS

Anónimo disse...

Hoje, o Diário de Notícias volta a referir, em destaque, o conflito em torno de Lobo Antunes por causa da visita adiada a Tomar.
É só optimismo e promoção de Tomar.

Anónimo disse...

VÃO VER E OUVIR...


http://infamias-karocha.blogspot.com/2010/06/aos-drs-ernani-lopes-e-medina-carreira.html


E...DEPOIS...DIGAM DE VOSSA JUSTIÇA!

Anónimo disse...

E ainda falam pouco do assunto. Quanto a mim havia de ser todos os dias até fartar. Tomar tem o que merece...só que há por cá uns cromos que acham que isto é o El Dorado ainda não descoberto, quando afinal não passa duma cova onde vem parar toda a merda...

Anónimo disse...

Se o Rebelo fosse mas era trabalhar em vez de andar a brincar à política, área em que já está ultrapassado, o país estava bem melhor !

Castanha Quente.

Unknown disse...

Para Castanha Quente:

Esta sua mensagem mostra claramente que se trata de grosseira provocação. A serem do mesmo estilo noz oca, em vez de castanha quente, avisa-se desde já que as próximas irão para o classificador redondo.

Com cordialidade,

A.R.

Anónimo disse...

Pra anónimo das 16:33.
Só falta culparem o povo pelas sucessivas más governações de Portugal. Em especial desde Cavaco. Queriam que os portugueses fossem para a pesca quando lhe pagaram para ficar em terra? Queriam que fossem apanhar azeitona quando foram convidados a tirar fotocópias no Estado?
Esses srs. não trataram de se governar por conta do Estado?O dr.Hernani está reformado desde os 47anos do Banco de Portugal!
Pedro Miguel

Anónimo disse...

Para Pedro Miguel :

Acalme-se...Não fale de cor.

Já viu/ouviu o programa sugerido?

E,se for verdade o que diz sobre o Ernâni Lopes,ele tem de ser tratado como todos os outros que beneficiam de benesses obscenas.

E,ao contrário do que pretende dizer,o Povo é responsável por estas desgovernações.
Quem é que os elegeu?
Quem é que os legitimou com o seu voto?

O Povo só não tem culpa da sua ignorância,da sua incultura,do seu seguidismo em relação aos novos e velhos caciques locais.

Levou uma marretada na cabeça durante 48 anos de ditadura que continua a produzir efeitos ainda hoje.

Mas,se me permite,recomendo-lhe :

Veja/oiça as ideias,as análises,as propostas,sem preconceitos,apenas pelo valor que têm ou não.

E desengane-se se pensa que ideológicamente me situo nos quadrantes de Ernâni Lopes ou de Medina Carreira.

O que não me impede de ver que são das poucas vozes desasombradas e sem medo de dizerem o que pensam,de "chamarem os bois pelos nomes", numa linguagem clara e acessível.

Há outros que denunciam mas descem muito pouco ao concreto e não apresentam propostas exequíveis,realistas.Limitam-se a debitar "chavões".

Anónimo disse...

Os 11 pontos aqui citados, lá por serem ditos por um dos tipos mais ricos do mundo, deviam ser tomados, por muita gente no nosso país, como "REGRA" - fórmula de vida.

Especialmente o Ponto 2,
"A sociedade não está nada preocupada com a vossa auto-estima. Espera apenas que façam alguma coisa de útil por ela, antes de vos sentirdes bem perante a vossa consciência"

E porque estamos em Terra Templária, os cavaleiros tinham na sua constituição, em obediência à sua REGRA, um princípio...
---
...a cada serviço equivalia um título, mas esse título não evocava uma dignidade - aduzia uma função...
---
que devia ser cumprida com empenho e eficácia.

Pessoalmente, como trabalhador por conta de outrem durante 46 anos, tenho como experiência que a administração de uma empresa que não se preocupa com o bem estar dos seus colaboradores e familiares, jamais se preocupará
com o coletivo, com o país, e que a melhor maneira de uma empresa, seja qual for, poder ter êxito e cumprir a missão social e patriótica que lhe inere, é retribuí-los com justiça.Mas é preciso produzir para isso. Felizmente tive essa experiência. Dos lucros líquidos do exercício, quase sempre a maior parte era anualmente capitalizada, alguns anos não havia distribuição de lucros. A empresa, o seu futuro, estava primeiro, e os trabalhadores sentiam-se quase donos da empresa, que já leva 170 anos de idade.

Acontece, porém, que muitos trabalhadores imaginam ter direitos inatos, falam, falam e não valem nada. Isto acontece muito na Adm. Pública geral e local, mas também, menos, no privado.

Mas também é verdade que o nosso sistema partidário, da esquerda à direita, devido a estar polvilhado de muita malandragem do topo à base, tem tido nos últimos 25 anos um discurso que estimula a irresponsabilidade nos dois lados - empresarial e laboral.

Eu, como certamente milhões de compatriotas, não me "sinto triste", como disse o outro: sinto uma frustração imensa e uma revolta profunda por termos permitido que 35 anos de democracia tivessem sido entregues a uma escória vil, que não tem vergonha, agora, muitos deles, de cuspirem bitaites sobre as soluções para vencer a crise e que muitos, milhares, não tenham vergonha de se apresentarem de novo a eleições.

E tudo parece indicar que serão eleitos de novo.

Precisamos, pena minha, de uma DEMOCRACIA mais musculada, com REGRA para que todos cumpram uma fórmula de vida de interesse coletivo e deixem de ser pacóvios instrumentalizados por oportunistas sem escrúpulos, por uma imprensa nacional e local ao serviço dessa malandragem

Anónimo disse...

Para anónimo das 11:45.
Quanto a eleições, o povo é responsavel mas não tem culpa das mentiras que lhe "pregam". E vota consoante as alternativas existentes.
A incompetência sistematica dos governos não lhe pode ser atribuida.
Quanto a Hernani & Medina:
Sejamos realistas. Os srs. têem, tecnicamente, razão. Acontece que para por em prática as suas ideias (que até são fundamentadas)é necessário chamar a "tropa" para os levar ao poder e segurar o regime. Foi assim com Salazar: Salazar é um produto da desordem republicana.
Eu preferia e ainda acredito noutro método de salvar esta casa!
Aliás,quanto a Hernani&Medina ambos estiveram na política, ambos foram ministros, ambos foram respeitados em tempos mais dificeis que hoje, ambos elogiados, e ambos se afastaram da causa pública por sua iniciativa!
Fazer papel de "basbaque" como o J.Duque nesse programa não é genero que se recomende!
Pedro Miguel

Anónimo disse...

Mantendo-se a Europa unida e a globalização nunca será permitido a existência de um Salazar.
Se a Europa se desintegrar e a Ordem Mundial americana se desintegrar não será um Salazar mas uma coisa mais perigosa e violenta, de direita.

Anónimo disse...

A Autoeuropa diz que quer ver o seu parque de estacionamento só com VW. Não quer ver nele outras marcas. Daí estar a preparar um protocolo com os trabalhadores para estes terem condições de aquisição das viaturas VW.
Todas as empresas de automóveis procuram seguir tal política, e mesmo aquelas que concedem viaturas aos seus directores e administradores só o fazem para defender a marca. Seria mau se um quadro superior de uma empresa de automóveis chegasse com um carro de outra marca. Uma política que devia ser entendido pelas empresas portuguesas...
O aumento de quase 4% para os trabalhadores não é inocente, e está ligado aoutras coisas como o TGV...
SÉRGIO MARTINS

Anónimo disse...

Para Pedro Miguel :

Parece que começamos a consensualizar pensamentos e opinões mas,mesmo assim,há duas questões que gostava de lhe frisar :

1ª - Não acredito em figuras providenciais,nem defendo qualquer salazarismo sem Salazar.

2ª - Já parou para pensar no elevado nº de quadros,de todos os quadrantes, que se afastaram da vida política local e nacional,por não pactuarem com o chafurdo de interesses em que a política se transformou?

Portugal(tal como Tomar) precisa de uma estratégia,de um rumo claro,de príncipios e regras que lhe dêm corpo,de homens e mulheres íntegros que,com seriedade e apurado espírito de justiça social,sejam capazes de transformar as mentalidades e os comportamentos que nos estão a conduzir ao afundamento.

Sempre em Liberdade,em Democracia,mas operando uma revolução a partir de casa e dos bancos da escola.

E isto nunca foi,nem é,nem será incompatível com o não gastar o que se não tem.

Queremos mais? Temos de trabalhar mais e melhor!

Queremos ser credíveis? Temos de o demonstrar pela nossa prática corrente e não por declarações balofas desmentidas pela realidade.

E,sem qualquer interesse,seja de que natureza fôr,insisto no quadro-fórmula de Ernâni Lopes e na coragem,desasombro e indepedência de espírito de Medina Carreira.

Pena tenho de não ouvir homens ou mulheres do meu quadrante político a assumirem semelhantes papéis e posturas.