domingo, 10 de outubro de 2010

O DEVER DA VERDADE -UMA TAREFA GERALMENTE INGRATA



Há dois anos, por esta altura, logo no início de Tomar a dianteira, publicou-se um post aconselhando vivamente a leitura atenta do livro O DEVER DA VERDADE, um alerta para dramática situação económica e financeira do País, antes da crise internacional cá chegar. Por causa dele, Medina Carreira, o seu principal autor, antigo ministro das finanças num governo de Mário Soares, militante socialista até 2000, veio posteriormente a ser apodado de catastrofista, alarmista, pessimista, apóstolo da desgraça, ave agoirenta, e outros mimos do género. A tal ponto que, ainda hoje, nas redacções dos jornais económicos, quando se pretende insinuar que alguém está a exagerar, diz-se em tom brincalhão que está a "medinacarreirar". E no entanto, o reputado advogado e  fiscalista tinha e tem toda a razão. Mas neste país é sempre muito mau ter razão antes do tempo...
Três anos após a primeira edição do livro, o Diário de Notícias de hoje publica uma entrevista de 4 páginas, cuja leitura recomendamos vivamente. Entretanto, sobretudo para quem não tem tempo ou disposição para longos textos, mas igualmente para quem já não consiga encontrar o DN de hoje, seguem-se os excertos que nos pareceram mais significativos. Todos com uma característica particular, pelo menos para os tomarenses -constituem um "dois em um". O que é dito sobre o primeiro-ministro, o ministro, o ministério, legislatura, ou o governo, também se aplica a Tomar. Basta substituir as designações referidas por presidente, vereador, a autarquia, o mandato,  o pelouro. Então aqui vai. Boa leitura!
"Não, não há estratégia nenhuma! O primeiro-ministro não tem estratégia nenhuma na cabeça, senão andar a fazer espectáculo e ir conciliando as circunstâncias, para ver se vai durando. Aliás, este primeiro-ministro foi realmente uma desgraça para o País: nem tocou nos aspectos financeiros, nem tocou nos aspectos económicos. ... ...
... ... Se a Grécia se equilibrar, se a Espanha se equilibrar, e a Irlanda; se ficarmos, digamos, o tinhoso único, não me admiro nada que nos baldeiem [da zona euro].
... ...Não é ir aos salários, isto ou aquilo. É ver despesa a despesa. Por exemplo, o mapa autárquico de mil oitocentos e tal não presta. Temos 30% de municípios com menos de 10 mil habitantes...O que pagam de impostos não dá para o presidente da câmara, o motorista e a secretária!
Temos de reorganizar o mapa autárquico. 4.500 freguesias é um disparate.
... ... ... Acabar com piscinas, redondéis, coisas onde se gasta dinheiro. Dizem: "Mas isso fez parte do meu programa." "Ai fez?! E ganhou?! Então vá pedir aos seus eleitores que lhe dêem dinheiro para fazer isso!"Porque eles querem cumprir os programas, assumindo dinheiros que não têm.
... ... ...Este pacote que saiu aí, deve ter sido feito em 48 horas. Isto foi alguém que foi a Bruxelas e trouxe um envelopezinho a dizer "mudem já!". Nenhum governo ia ao pessoal sem pressão externa.
... ... ... Há uns dois anos que não acredito naquilo que o ministério das finanças diz. ... O ministério das Finanças não merece crédito! E o ministério das finanças era uma das coisas rigorosas que havia no País. Aquilo já é considerado uma barraca de farturas. 
Desejo [que a legislatura] não chegue ao fim porque as asneiras acumuladas, a desconfiança e as mentiras já liquidaram qualquer crédito de confiança que se possa dar ao primeiro-ministro e ao governo. Gostaria que viesse outro. Mas tenho muitas dúvidas sobre os governos dos dois partidos que podem governar Portugal... Estes governos foram tomados de assalto por gente sem vida profissional, que vai para ali só para andar atrás nos carros, ou para arranjar negócios. Não quer dizer que não haja pessoas capazes, mas três capazes no meio de dez incapazes, assusta-me.
... ... ...As pessoas dos partidos políticos vão para o topo para tratar da sua vida. Quando fui para o Estado, não fui tratar da minha vida, porque perdi dinheiro durante vários anos. Ganhava cem contos por mês no meu escritório, e quando fui ministro ganhava trinta, três anos depois.
...Acho que saí [do PS] muito a tempo [saiu em 2000]. Não seria capaz de estar com esta gente que lá vejo. Esta gente, quer dizer, uma maioria...
Não [não tenho qualquer problema pessoal com Sócrates]. Só o vi uma vez na vida. Foi em casa de António Guterres há 20 anos. Não tenho nada contra ele. Tenho-o como homemde Estado que é muito mais dado à forma do que à substância; muito mais dado à aparência do que à realidade. Ele julga que os problemas se resolvem por vontade. É um homem que deveria ser um bom treinador de futebol. Um homem que diz "é preciso coragem, determinação, e tal." O que é preciso é competência, ponderação, ser capaz de ouvir e de assumir -Isso é que é um homem de Estado! Ele está em trânsito numa função para a qual não tem nenhuma virtude desejável no nosso país.
Sim, sim, não quero ouvi-lo [na televisão, por isso desligo-a quando ele fala]. De bola já eu estou farto!"

20 comentários:

Anónimo disse...

Ouvi a entrevista na TSF.

Grande Medina Carreira!

Posso,pontualmente,estar em desacordo com ele.É normal e salutar em Democracia.

Mas admiro-lhe a coragem,a frontalidade,a real independência do erário público,a determinação em dizer o que sente e pensa,doa a quem doer.

Não tem medo porque não depende desta cáfila medíocre e tachista que tomou de assalto o poder,a todos os níveis.

Se fosse um Medina Carreira a mandar neste país,estavam bem lixados todos os LABROSTAS,essencialmente rosas e laranjas,que estão infiltrados em todo o aparelho do Estado,sugando mais de 50% da riqueza produzida por um povo inteiro.

PS - Curiosa e sintomática foi a reacção do Capoulas Santos a defender a "irmandade".

COMENTADOR POLÍTICO DESEMPREGADO

Anónimo disse...

Meu caro António Rebelo,

Tal como o meu amigo, li com toda a atenção a entrevista que o DN fez ao Dr. Medina Carreira.

Acabei de ouvir, mais uma vez, a entrevista que o Padre Fernando Ventura deu à SIC Notícias, uma lição de humanismo "...estamos a dar uma imagem ao mundo muito triste. A imagem que damos ao mundo é a de um povo que vive numa barraca com um submarino à porta..."

Portugueses como estes gostam, e disso não tenho dúvidas, muito mais de Portugal e dos portugueses do qualquer político de serviço. Aliás, eles são claríssimos: Não temos líderes nem homens de Estado! Os partidos têm gente na primeira fila que não valem absolutamente nada, salvaguardando algumas excepçõse que são raras.

Eu gosto é de gente que não tem medo de dizer que o Rei vai nú.

Eu gosto é de gente que frontal e fraterna, gente que não vive de calculismo e da hipocrisia.

São homens como estes, e por cá temos alguns que ombreiam com os melhores (onde o meu amigo marca lugar), que são a esperança secreta de Portugal e de Tomar naturalmente.

Não gosto dos vendedores da banha-da-cobra; não gosto dos seguidistas que dispensam a luz; não gosto de gente que "vive" da blasfémia; não gosto de gente que ama o partido em detrimento do país; dispenso as gentes que não pensa pela sua cabeça; enfim, gosto de gente que não hipoteca a verdade acima de tudo; gosto de gente que sabe dizer NÂO a quem tem um poder efémero e que o quer tornar em absoluto. Por qualquer razão!!!

Obrigado amigo Dr. Rebelo pelo seu exemplo de cidadão, e por colocar acima dos interesses pessoais, embora legítimos, o futuro da sua terra natal no coração. Bem haja.
Sei perfeitamente o que significa este meu "depoimento" e o que ele pode provocar em alguns corações destroçados, mas é o caminho que trilho em nome de valores e de princípios.

José Soares

Anónimo disse...

Ainda há quem vá atrás de foguetes. Fala-se de umas iniciativas como se elas fossem a salvação da tragédia que se abateu sobre Tomar. Não se iludam. São iniciativas de puro entretenimento.

O que Tomar precisa é de uma política cultural direccionada para a formação das novas gerações, mas não de fachada, e sobretudo com conteúdos e dimensão formativa.

O que é preciso é ter ideias claras sobre como criar, planear e conduzir políticas culturais com substância e enriquecedoras no conhecimento e na formação estética dos novos públicos. Só assim estaremos a acautelar e a preparar o futuro com públicos bem formados e com conhecimento bastante para serem activos e com consciência crítica.

O que está a ser feito aos mais vários níveis são meros fogachos, com mais ou menos visibilidade. Política cultural é outra coisa.

José Soares

Anónimo disse...

Medina Carreira tem razão. Mas pensar que o problema está neste primeiro ministro ou neste ministro das finanças é que é de tontos. O problema do País é o (des)governo dos últimos 25-30 anos. Ou acham que é o sr. Relvas, ministro de estado (pasme-se), que tem alguma estratégia a não ser ocupar o lugar? Ou Santana Lopes ou Durão Barroso? Ou até Cavaco, um técnico do Banco de Portugal?
Tambem era interessante saber quanto recebe do Estado e desde que idade o dr. Medina.
Estamos como estamos não por acaso ou por destino!
Pedro Miguel

Anónimo disse...

É fácil falar na redução do défice à custa do emagrecimento da despesa do Estado, sobretudo nos apoios sociais, quando quem assim fala, e é o caso de Medina Carreira e tantos outros, o faz do alto das suas reformas douradas, sabendo que estão a coberto de qualquer redução das mesmas porque a Constituição assim manda.
Quando se sabe que a sociedade portuguesa, na sua esmagadora maioria, vive em economia de subsistência, dado o baixo nível salarial que não permite aforrar para tempos difíceis, produzir leis que vão no sentido de cortes em benefícios sociais tão básicos como o Abono de Família, é a opção mais abjecta, sobretudo porque é o mesmo governo que caustica as famílias mais deprimidas financeiramente que isenta uma Portugal Telecom de imposto sobre mais-valias devido pela venda da sua participação numa empresa brasileira, e concede um benefício escandaloso em sede de IRC à banca, que apenas paga 5%, relativamente às empresas, que pagam 27,5%.
Haverá ainda alguém que acredite na existência do tal Estado Social? As poucas atribuições a que o Estado ainda se "obriga" não são mais que manobras eleitoralistas com a finalidade de manter o status e a quadrilha a reinar.

Anónimo disse...

À ganda zé pífaro, chega-lhes pá!

Incentiva os teus independentes a trabalhar!

Não lhes dês música!

Arreia forte e feio no ferreira das farturas e no bezerra da construção civil privada, ainda por cima camaradas de partido.

Amigo o povo está contigo!

Carrega!

Anónimo disse...

"O que Tomar precisa é de uma política cultural direccionada para a formação das novas gerações, mas não de fachada, e sobretudo com conteúdos e dimensão formativa."

Sim grande José Soares, política cultural ao jeito daquela aldrabices que organizas com o nome do Mozart? Aquelas onde cobras coiro e cabelo por coisas sem qualidade mas só fachada, e que nas quais ninguém é enganado mais do que uma vez que tão mau e tão óbvio que é tudo aquilo?

Anónimo disse...

Ou me engano muito ou nas eleições de 2013 veremos uma nova luta política fortemente instituída entre Jose Delgado pelo PSD e Hugo Cristóvão pelo PS.

Anónimo disse...

Para anónimo das 11h31

Meu caro, ou minha cara,

Não há nada pior do que a ignorância, pois esta é atrevidíssima!!!

Gostaria de o (a) ter como interlocutor (a), mas como o seu comentário é de um vazio confrangedor e denota uma ignorância e malvadez, só lhe posso sugerir que partilhe o seu "enorme saber cultural" pelo menos com os seus apaniguados, serem eles quem forem.

Desejo-lhe a melhor sorte do mundo, e uma vez que tem necessidade de se socorrer do anonimato não me parece que o futuro lhe augure nada de bom.

Atenciosamente

José Soares

Anónimo disse...

Amigo José Soares por certo não és ingénuo ao ponto de não compreenderes que a cultura que este Pais almeja chama-se Novas Oportunidades, também conhecida como certificação a metro para OCDE ver. Gente formada na cultura fica muito exigente e aprende a escolher sem ser em carneirada. Há pouco nas notícias, e a propósito da nossa Vimaranense que está a dar cartas em WestEnd, no musical Fantasma da Ópera, diziam que cada Libra investida em cultura, triplicava em lucros...mas é lá onde sabem o significado de cultura e se investe no conhecimento e nas pessoas.

A entrevista do Padre Fernando Ventura devia ser servida todos os dias ao pequeno almoço das nossas "elites" políticas, gestores de topo e outros alquimistas das finanças. O que é público dá prejuízo e, por isso é um sorvedoro do erário; o que é privado, é isso mesmo, para serviço dos próprios, dos offshores e das deslocalizações. Este é o verdadeiro caldo cultural em que nos afogam...

Laura Rocha

Anónimo disse...

OH minha querida Laura, e você ainda vai recebendo o ordenadozinho todos os meses, superior a 1.500 euros de certeza. Agora, eu minha querida amiga trabalho de dia para o conseguir comer à noite. E nunca se sabe se chega a haver sopinha à noite! Dê-se ainda por muito feliz!!!!

Um desajeitado da vida

Anónimo disse...

Isto é mesmo conversa do LABROSTA...

Anónimo disse...

Caro desajeitado da vida. Por ventura não me ouviu queixar. Tenho emprego, mas não olho apenas para o meu umbigo. Também trabalho de dia para dar de comer à barriguinha e também à alma, porque posso e o mal do outros não me serve de consolo.
Cumprimentos
Laura Rocha

Anónimo disse...

Para a minha amiga Laura Rocha

Sabes bem o que penso sobre a realidade política e cultural deste cantinha em que vivemos.

Nunca, em lado nenhum, a política está dissociada da cultura e vice-versa. Assim sendo, sabes bem qual é a minha opinião sobre a situação política cá do burgo, logo, a minha opinião sobre a política cultural em nada é diferente.

Só quem não tem dois dedos de testa é que pensará outra coisa. O que não é o caso.

Para que saibas, se o vereador Luís Ferreira é uma anedota cultural, a vereadora da educação não o é menos. Quero dizer-te que o voto de "louvor" atribuído pela AM à dita é o exemplo da falta de sensibilidade para as questões da cultura.

Passo a explicar:

A responsabilidade pelo pelouro da educação é da dita senhora. Curiosamente ela é a responsável política pela implementação das medidas da DREL no que diz respeito ao fecho das escolas. Para que saibas o PSD regional é absolutamente contra. A dita é a primeira responsável pelas Actividades de ENTRETENIMENTO Curricular, conhecidas por AECs. Tenho conhecimento directo das aberrações que estão a ser cometidas nesta área específica que custa aos cofres de todos nós a módica quantia de aproximadamente 500.000 euros cá no burgo. Alguém se preocupa? A oposição fala no assunto?

Para que saibas:

Há quem vá entreter os miúdos com uma mala de legos sem sequer saber ao que vai!
Há professores de inglês que dão música mesmo sem terem quaisquer conhecimentos, por mínimos que sejam, da matéria. Alguém se preocupa? A oposição anda a fazer o quê?
E por aqui me fico!!!

Com muita estima

José Soares

Anónimo disse...

Deves ter um belo emprego ainda assim, que te permite gastares o tempo do patrão e que o patrão te paga para te distraíres na internet. Lembro que puseste o teu post às 15:09...a não ser que estejas no turno da noite, e aí peço desculpa...!!!

Com jeito vai...

Anónimo disse...

zé do pífaro, leste mal, ninguém aprovou um voto de louvor á vereadora que tu não gostas (lá saberás porquê),

lá na assembleia aprovaram um voto proposto pelos teus independentes de reconhecimento público duma boa iniciativa a que a senhora deu a cara e o pof eduardo mendes e o seu magnífico grupo executaram com tanto êxito!

louvor era na tropa e como recebeste alguns deves saber bem como se escrevem e o que diz o texto,

olha zé vai tocando no pífaro do nosso descontentamento, que Tomar está doente e Portugal vai ao fundo!!!!

Anónimo disse...

Amigo José Soares. Apenas um pequeno detalhe. De que serve o PSD regional ser absolutamente contra o fecho das escolas e as AEcs...Não eram e não são Governo e se fossem faziam o mesmo, chamando-lhe outras coisas, duvídas? Conheces algum munícipio que se tenha recusado a cumprir as determinações do ME? Serão por certo os irredutíveis Gauleses cá do burgo. O PSD na oposição é sempre contra muita coisa, depois logo se vê. Esqueces a posição deplorável que tomaram aquando da discussão da ADD na Assembleia da República? Disseram uma coisa e votaram outra...sabendo perfeitamente que o que estava em causa não era, nem nunca foi, a recusa de avaliação por parte dos professores, mas sim a rejeição de um modelo perfeitamente descabelado, que ia ser posto em marcha...e está, apesar de remendado. Agradeco-lhes apenas, não terem defraudado as minhas expectativas. As consequências do seu contributo para esta tralha toda pagar-se-á mais tarde...e será num momento em que nem dinheiro teremos para mandar cantar um cego. Em contraciclo, como andamos sempre. O que me rói por dentro é terem a distinta lata de associarem tudo isto à República, quando bem sabemos que estão a fazer o seu contrário. Têm todos muita pena dos pobrezinhos e muita pena dos desempregados, desde que assim continuem, porque muito dificilmente farão alguma coisa para quebrar o ciclo de pobreza em que vive grande parte da população. Convém que vivam de subsídios, porque os ordenados compatíveis com o desenvolvimento e a economia, só na China. Mudem-se para lá...
Laura Rocha

Anónimo disse...

Dêem forte no ferreira, enquanto ele vos vai dando no toutiço.

Agora deve estar a preparar a Gala das campainhas de porta, para instruir o pessoal do poder como fugir mais rápido.

Anónimo disse...

Desculpem lá uma coisa. Esta Laura, vogal da assembleia municipalme este Soares, candidato a vereador, não faziam parte da mesma lista? E a Laura não votou a moção de regozijo a favor da vereadora Rosário, que o Soares trata abaixo de cão?

Que linda e equilibrada lista de candidatos tinham os independentes para oferecer a Tomar.

Antes o Carrão!

Anónimo disse...

Para anónimo das 20:17

Meu caro ou minha cara,

Tem de aprender a ler e a interpretar. Eu sei que o nosso país tem um problema grave que é a do analfabetismo funcional.

Quanto à composição da lista dos IpT, à excepção do desacordo público do João Simões quanto à minha pessoa, ela foi consensual e mereceu o apoio de todos. Que eu saiba.

Quero informá-lo (a) que relativamente à vereadora Rosário, tenho o maior respeito pessoal por ela, mas tal facto não me impede de manifestar o meu desacordo com a sua prática política. É uma questão de cidadania. Sabe o que isso é?

Aliás, o mesmo acontece com o vereador Carlos Carrão com quem tenho relacções cordiais e até de amizade.

Para que saiba, nada me impede de, também, manifestar algum desagrado pela actuação dos meus colegas de lista, até por uma questão de liberdade e de cidadania. Sabe o que isso é?

Por exemplo:

Há socialistas que não estão de acordo com as políticas do governo Sócrates. Têm de deixar o partido por causa das divergências? É uma questão de liberdade e de cidadania. Sabe o que isso é?

Há sociais democratas que não estão de acordo com as propostas do Passos Coelho. Têm de deixar o partido por causa das divergências? É uma questão de liberdade e de cidadania. Sabe o que isso é?

Atenciosamente

José Soares