domingo, 31 de outubro de 2010

RECICLAGEM DE POLÍTICOS

Nota prévia: O texto seguinte é um pasticho ou, para se entender melhor, uma deliberada imitação da carta aberta do Comendador Marques de Correia, na Revista Única - Expresso, de 30/10/10, com a devida vénia e os nossos agradecimentos. Os nomes foram todos alterados e são da exclusiva responsabilidade de Tomar a dianteira.

O que consta aí por todos os lados é que estes políticos não prestam, não valem nada. Que é preciso mudá-los quanto antes. Pois bem, não há nada contra, desde que cada um dos eleitores tenha a noção da primeira lei de Lavoisier -na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Por isso, temos o dever cívico de tudo reciclar, de forma a nada perder e tudo transformar, mesmo o que parece já não ter préstimo, noutros objectos com valor para a nossas vidas. Longe vão os tempos do desperdício, em que nos podíamos dar ao luxo de maltratar o planeta em que vivemos. Agora sabemos que tudo deve ser separado e reciclado, antes de deitarmos para o lixo -ou, se preferirem, para reciclagem. Só os autarcas nabantinos é que ainda tiveram este ano a coragem de organizar e pagar um passeio-comezaina-tintol para centenas de eleitores séniores, transportado em 17 autocarros...no Dia Europeu sem Carros. Era preciso ter lata, e tiveram-na.
Após esta espécie de longo parêntesis, volvemos ao princípio da narrativa. O que consta por aí é que estes políticos não prestam, que têm de ser reciclados. E nós respondemos: pois bem, mas em que ecoponto deitaremos cada um? Pois é essa a questão que hoje vamos, convosco, tentar resolver.
Comecemos pelos mais antigos, as chamadas tartarugas política locais: Miguel Relvas, Pedro Marques e Carlos Carrão.  Já frequentam os Paços do Concelho há tantos anos que se calhar o melhor seria podermos continuar a beneficir da sua reconhecida experiência. Mas se entendem que é melhor reciclá-los, deixem-nos dizer-vos que são claramente seres macrocelulares e orgânicos. Parece-nos, igualmente, que têm qualquer coisa de polimérico (de homérico, de certeza que não) e de sintético. O que faz deles plásticos. E, sendo plásticos,  estão claramente destinados ao ecoponto amarelo. Portanto, não se esqueçam, por favor - Miguel Relvas, Carlos Carrão e Pedro Marques, contentor amarelo. Se assim o entenderem, já se vê.
Corvêlo, Rosário, Vitorino e Graça Costa, já foram reciclados pelo menos uma vez. Uns da esquerda para a direita, outros no sentido inverso. Apesar disso, ainda têm alguma utilidade. Por exemplo para garantir a maioria ao PSD, ou para fingir que há oposição. No entanto, se a vossa intenção é substituí-los por alguém que tenha mais mundo e seja susceptível de inaugurar outra política mais promissora, não devem ter qualquer dúvida sobre o local onde colocá-los. Concordarão decerto que cada um deles tem uma capa externa, que protege o respectivo miolo. Mas por detrás do miolo, como se tem visto, há ainda uma capa interna, que é aquilo que os protege de serem desmiolados. Por conseguinte, perante tal quadro, não há qualquer dúvida científica de que estes nossos queridos autarcas são cartão e, caso devam ser deitados fora, o seu destino é  o recipiente azul. Agora vejam se não se enganam. Relvas, Carrão e Marques no amarelo; Corvêlo, Rosário, Vitorino e Graça no azul!
Resta saber o que fazer a Luís Ferreira. À primeira vista, ainda tem bastante energia para continuar a funcionar, ainda que mal, por mais uns tempos (tal como acontece com o seu secretário-geral). É essa energia, aliás, que deveremos ter em conta, no caso de nos querermos ver livres dele e reciclá-lo. Do ponto de vista analítico-científico, não restam dúvidas de que se trata de um gerador de reacções espontâneas, quer o consideremos como galvânico, ou como voltaico. Não temos a certeza, apesar do já conhecido, que Ferreira seja do tipo primário (não recarregável), ou secundário (recarregável), mas parece-nos que, caso não sejam tomadas as devidas precauções e venha a ser descartado sem os devidos cuidados, se poderá tornar bastante pernicioso para o ambiente. Eis porque, caso queiram deitar fora o vereador das farturas, o devem fazer, com todos os devidos cuidados, num pilhão devidamente autorizado pela ASAE.
E aqui tendes, para jamais vos esquecerdes: Relvas, Carrão e Marques no amarelo; Corvêlo, Rosário, Vitorino e Graça no azul; e Ferreira no pilhão, porque nunca fiando. Perguntais: e os outros?  Os outros é onde quiserdes. Não têm reciclagem possível.

     Comendador Malaquias Cachorro, Conde de Bota Abaixo

11 comentários:

Anónimo disse...

O valor da reciclagem do papel é de 20€/Ton.
Do plástico é de 50€/Ton.
Das pilhas e outros metais pesados é de 120€/Ton.

Este é o valor de mercado.

Anónimo disse...

Ainda sobre obras e políticos:
-O centro da Rotunda Alves Redol foi constituido/decorado por um símbolo de Tomar (Tabuleiro)sobre um relvado e cuja manutenção era o corte e a rega.
-Um presidente (PSD) achou que a dita devia ter uma fonte cibernértica. Pessoa determinada (ou teimoso e "raramente com dúvidas"), gastou meio milhão de euros de investimento. Custo de manutenção desconhecido mas certamente alto.
-Nove anos depois parte-se o construido pela nova edilidade (PSD) e refaz-se a fonte, agora mais pequena. Investimento estimado: cem mil euros. Manutenção: despesa certamente alta.
-Enquanto decorria a reconstrução
da dita rotunda, na sede do PSD de Tomar o sr. Frasquilho (militante PSD)fazia uma conferência sobre a desgraça nacional que é o despesismo dos serviços centrais do EStado! Com o sr. Relvas concordando piamente, acenando que sim com a cabeça.
Conclusão:Já não estamos na área da demagogia,vigarice verbal ou descaramento. É a loucura total!
Pedro Miguel

Anónimo disse...

Para Pedro Miguel:

Concordo plenamente com o teor do seu comentário, salvo no que concerne a um pequeno grande detalhe -o custo das actuais obras da rotunda. É que não são 100 mil euros, como diz. São 515 mil. Está indicado, como manda a legislação europeia, naquele pequeno painel junto à fachada norte do Edifício dos Cubos, do lado esquerdo da entrada.E já foi aqui publicado.

Cumprimentos,

A.R.

Anónimo disse...

Se o tal indivíduo que veio da Trofa (via África do Sul) para cibernamentar a Praça Alves Redol tivesse aproveitado as ideias dos seus correlegionários da JSD transformadas em deliberação da Assembleia Municipal - construção de um simples tanque de água, com relvado à volta e colocação de uma peça escultórica sobre o tema dos Descobrimentos a ser financiada pelo Poder Central, no âmbito das comemorações dessa epopeia - os gastos tinham sido principalmente para as infra-estruturas de saneamento básico só agora feitas!), porque o resto já lá estava, era só aproveitar!.

Mas como o deslumbrado novo-rico Tó Paiva quis botar figura e deixar a marca, lá se foram cem mil contos para as obras da fonte de tão má memória e mais uns valentes milhares de euros para manutenção. E agora mais quinhentos e quinze mil euros para a destruição do monstro e a reconstrução do espaço e das tais infra-estruturas de saneamento básico que era suposto já terem sido feitas na primeira intervenção.

E assim se gastou dinheiro dos Tomarenses, que dava e sobrava, por exemplo, para requalificar o Mercado Municipal!!!!!!!

Realmente um gestor de categoria o Tó Paiva!

Anónimo disse...

O Blog continua a falar do lixo tóxico por tudo e por nada, quando não é no artigo publicado, é nos comentários, safa!

Falem com o ex-vereador, que tem uma empresa a prestar serviços de limpeza neste município para arranjar um daqueles contentores para o lixo tóxico, e lá colocar o gorduroso das farturas e enterrar bem fundo, lá para os lados de Ferreira.

GANDA NOIA!

Anónimo disse...

Não te dispões a ser a "VOZ DO DONO",toma :

LÁPIZ AZUL !!!!

À granda democrata!
Desde que não pisem as pantufas...

Anónimo disse...

Para 11:07

Manda a boa educação nunca se confrontar com quem não a tem. Pensando não ser o caso, aqui vai uma explicação.
O seu infeliz comentário foi eliminado por um motivo bastante evidente: Desde as atrocidades cometidas durante a segunda guerra mundial contra os judeus, os homossexuais, os ciganos e outros, deixou de ser admissível falar de incineração a propósito de seres humanos. Nem mesmo a brincar.
Se, mesmo prevenido, pretender publicar o dito comentário, ou outro do mesmo tipo, fará o favor de assinar por baixo. Como anónimo e neste blogue, não!

Anónimo disse...

É curioso ver como o "artista" da metáfora,do sentido figurado,se comporta quando sente as pantufinhas pisadas.

A minha referência à co-incineração só pode ser lida e interpretado à letra por uma mente entorpecida para o humor político...quando este belisca a incoerência e a mal disfarçada subserviência de quem se quer arvorar em cidadão e pensador livre...com os olhos sempre postos em utópicas ambições de um vir a ter o protagonismo de presidente da câmara.

Este blogue,globalmente,objectivamente,tem prestado um bom serviço a uma Comunidade que é "servida" por 2 semanários absolutamente domesticados e controlados pela chantagem económica dos poderes instituídos a nível nacional,regional e local.

Mas,sempre que os interessses e ambições políticas do seu dono se atravessam,lá temos o triste espectáculo da calculista subserviência a malfeitores da coisa pública.

É pena,é triste,é revoltante,mas é assim !!

E não há desculpas,mais ou menos esfarrapadas,que iludam o recorrente calculismo político de António Rebelo.

Mas esta maleita do senhor doutor não é de hoje.É antiga,de dezenas de anos.

E...então...vá de descarregar nos outros,sobretudo naqueles que não correm atrás de novos ou velhos carreirismos...a sua profunda e doentia obsessão e frustração de nunca ter conseguido ser candidato a presidente da câmara.

Nem quando foi líder do PS local...

Em vez de fazer o que faz com o seu "lápiz azul", sugiro-lhe que reflicta sobre as causas de "sendo tão bom,tão ilustre,com tantos projectos sustentados"...NINGUÉM O ACOLHE...NINGUÉM O QUER !!!!

PORQUE SERÁ ????

Por uma vez...olhe para o UMBIGO...com espírito autocrítico !!

SE FOR CAPAZ...

Anónimo disse...

"
Falem com o ex-vereador, que tem uma empresa a prestar serviços de limpeza neste município
"

Vereador que antes detinha o pelouro no qual agora a sua empresa presta serviço.
Tudo muito transparente.
Sem qualquer conflito de interesses. Sem qualquer motivo de desconfiança. Afinal é tudo gente MUITO SÉRIA e acima de qualquer suspeita.

Tem pai que é cego...

Stevie Wonder (o outro cego)

Anónimo disse...

Para o Stevie Wonder:

Onde é que quer chegar?
Está a pôr em causa o processo de adjudicação do serviço de recolha de resíduos urbanos?

Anónimo disse...

Esta dos lixos tem alguma coisa a ver com o filho do "Rosa Gorda",um tal de Ivo,empresário-intermitente,que já foi apoiante do PS,do PSD e do CDS?