Esta crítica favorável de Isabel Jordão, hoje publicada na revista do CORREIO DA MANHÃ, destaca aquele que desde há dezenas de anos é geralmente considerado como o melhor restaurante da cidade, na área da cozinha tomarense tradicional. Mesmo não sendo propriamente uma pechincha, (35 euros/pessoa, em média), continua a valer a pena vir a Tomar e subir à Céu, nas Algarvias, ao que me disseram vários amigos.
Já no toca ao panorama geral em matéria de mastigação e etc., as opiniões estão muito longe daquilo que seria desejável. Ao que me têm dito, sinalização deficiente, limpeza urbana a melhorar, acolhimento canhestro, atendimento sobranceiro, pouca variedade, relação qualidade/preço pouco ou nada competitiva em termos regionais, linguagem por vezes quase boçal, do tipo "você isto e você aquilo", em vez de "o senhor isto, a senhora aquilo, o menino assim, a menina assado". As tais boas maneiras que desde há tempos, não se sabe porque carga de água, começaram a ser consideradas por estas bandas como servis e amaricadas. Devem julgar que o estilo bronco é que agrada aos turistas.
Evitam as usuais boas almas, em geral com lentes alaranjadas, de murmurar por aí que estou sempre a dizer mal das pessoas e das coisas de Tomar. Não faço tal, nem tenho qualquer prazer sádico em rebaixar os meus conterrâneos por nascimento ou por opção.. Limito-me a dizer a verdade ou, se preferem, aquilo que julgo ser a realidade. Se os visitantes se queixam, que hei-de fazer? Enfeitar a desgraça? Desculpem, mas nunca fui nem sou capaz. Nem quero! Pão pão, queijo queijo!
Aproveito até a boleia para focar dois outros aspectos que constituem outras tantas causas da triste situação em que Tomar se encontra. A postura de alguns funcionários municipais quando atendem os munícipes e a actividade do serviço de comunicação do município. Quanto àqueles, não é preciso fazer um desenho para exemplificar o seu modus faciendi, de resto bem conhecido na urbe e fora dela. Falam sempre de cima para baixo, como se tivessem o rei na barriga, com ar de enfado, mesmo (ou sobretudo?) quando o interlocutor é alguém que aguarda há meses e meses um decisão que devia demorar menos de 15 dias.
Mas deve ser o estilo-matriz da casa, posto que os funcionários da comunicação tendem a agir da mesma forma. Enviam para as redacções textos não trabalhados, nunca os acompanhando de mensagens pessoais simpáticas, ou sequer das saudações da praxe entre colegas de ofício. De tal forma que, ao que me foi dito, nas redacções lisboetas do Público e do DN, por exemplo, já fazem chacota com os confrades que sabem ser desta zona dos Patos Bravos, como referem. Tratando-se de funcionários municipais bem remunerados (referiram-me pelo menos um caso de outsourcing a 3 mil euros/mês), não seria possível que os eleitos da troika governativa local dessem as instruções consideradas adequadas às circunstâncias aqui apontadas? Afinal, está em causa o bom nome de Tomar e dos tomarenses, que não têm culpa nenhuma dos traumas e recalcamentos dos senhores funcionários autárquicos. Se porventura não lhes agrada o trabalho que fazem ou os lugares que ocupam, têm um excelente remédio: dão a vez a quem saiba fazer melhor e com atitude mais adequada.. Assim é que não pode continuar, uma vez que contribui para hipotecar gravemente o futuro da cidade e do concelho. Diz o povo, com inteira razão, que não é com vinagre que se apanham moscas.
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