Têm sido de angústia estas últimas semanas, por estar em causa o nosso direito a uma assistência médica rápida e de qualidade. Logo agora que a crise é cada vez mais evidente e não se vislumbra quando ou sequer se vai mesmo acabar. Houve por isso manifestações, tentando impedir ou pelo menos limitar a inevitável reestruturação do Centro Hospitalar do Médio Tejo, um conjunto de três hospitais até agora mal governados, como abusos de toda a ordem e com prejuizo conjunto de 25 milhões de euros/ano. Situação extremamente rara, os tomarenses aderiram, mesmo sem se saber quais os objectivos ou quem convocava. Mais ainda, representantes de todas as forças com assento no parlamento municipal subscreveram um documento conjunto, cujo ponto 1 afirma que "repudiam o processo de reestruturação e a forma como decorreu, sem acompanhamento pelos órgãos autárquicos de Tomar, democraticamente eleitos."
Aquando da segunda manifestação, constrangido por cidadãos mais enérgicos em plena reunião do executivo (o que se reprova, pois a democracia tem princípios que convém respeitar em qualquer circunstância), o presidente interino veio falar os presentes, garantindo o repúdio do executivo face às medidas previstas na reestruturação do CHMT e a defesa intransigente dos direitos dos tomarenses.
Vai-se a ver, fomos todos enganados. Ontem de manhã, a nova administração do citado centro hospitalar foi clara e inequívoca. Houve em Dezembro e em Janeiro duas reuniões de trabalho com Carlos Carrão, na qualidade de presidente do executivo e em representação do Município de Tomar, durante as quais este não apresentou qualquer objecção ou solução alternativa, tendo até concordado explicitamente com todas as medidas. Se quem lê pretende confirmação, basta clicar aqui
Temos assim um acto de evidente garotice política, em que um eleito ao mais alto posto local diz sempre o que ele julga que os presentes querem ouvir, em vez de ousar informar com verdade e rigor, tanto os seus pares eleitos como os cidadãos em geral. É grave! Gravíssimo mesmo, em ocasiões de crise como esta. Porque não se pode fazer e ganhar uma guerra com soldados que não têm coragem para dar o peito às balas. E nós estamos numa guerra pela nossa sobrevivência e bem estar, enquanto comunidade livre e autónoma, felizmente sem tiros, nem mortos nem feridos, mas já com alguns cadáveres políticos adiados, entre os quais o do actual presidente interino, para mal dos nossos pecados.
Dado que uma desgraça nunca vem só e sobretudo para aqueles cidadãos tipo "rata velha", que continuam convencidos de que basta convocar pela surra umas manifestações sem objectivos definidos para manter o rebanho entretido, uma vez que agora não há dinheiro para manifestações culturais, nem para passeatas tintol/comezaina/bailarico, façam o favor de clicar aqui, para começarem a entrar no próximo capítulo da novela "Uma cidadezita no escorrega da História". Ou preferem proceder de modo a provocar quanto antes eleições intercalares? Como bem sabem todos os médicos, quando há uma perna gangrenada, resta apenas uma solução: amputá-la! O aviso solene aqui fica. De borla!
4 comentários:
O GRANDE AFUNDAMENTO (o que parecia impossível há 40 anos):Eis o resultado de 20 anos de autarquia PSD. Nomes: Vitor Gil, Relvas1, Paiva, Corvelo, Carrão, Relvas2.
Pior que não ter hospital é perder a transferencia de fundos do Orçamento de Estado. Ilusão quem julga que o que se passa é poupança. O que não vem para Tomar vai para outro lado (para onde o poder local soube "manobrar" a favor das populações e da sua terra).
Eu cá que não quero ser tótó, quero fazer como recomendam os srs. Passos e Relvas (pessoas aliás sem profissão): sair da minha zona de conforto e ir para a "zona" dos Catrogas, donas Celestes, etc e tal.
DE: Cantoneiro da Borda da Estrada
Umas palavrinhas ao Sr. Carlos Carrão, Presidente da Câmara Municipal de Tomar em exercício (se o Dr. Rebelo mo permitir).
Fui amigo de um Carrão da minha geração, que morava na R. do Camarão, há muitos, muitos anos - nem eu sei já quantos... Éramos vizinhos, eu morava na R. Silva Magalhães, e deixei de o ver depois que foi trabalhar para Setúbal na altura de grande industrialização da cidade do Sado. Era muito bom rapaz. Aposto que o senhor é da família dele... Se sim, dê-lhe um abração cá do Cantoneiro.Mas não tome esta introdução como adulação para o que quer que seja, visto que sou pessoa de pouca confiança para amizades e confianças políticas.
Ser Vice e ascender à presidência de uma Câmara como a de Tomar, tem como certo cai-lhe em cima o roncar e cagança de bandos da cidade, sabichões sobre coisas do Mundo (questões particulares, concretas e objetivas são para eles bagatelas), para uso exclusivo dos seus círculos restritíssimos, masturbando a sua intelectualidade esotérica - uns de esquerda, outros de direita, competindo entre si, na mais templária fraternidade de interesses mútuos. Não tivéssemos nós os exemplos do Grupo Mendes Godinho, da Matrena deitada ao fundo pela estratégia da distribuidora Inapa(1) e outros casos continuadamente denunciados neste blogue, etc., etc.. Uma vergonha!
Babam-se na presença dos detentores de poder, e se estes forem manhosos e sabidos, basta dar-lhes corda, simular consideração e estima, e têm-nos, garantidamente, na unha para sempre. Têm, contudo, uma qualidade singular: não fazem mal a ninguém, são inofensivos - salvo raras exceções. Outros, vindos de fora, encarregam-se de tudo...
Dito isto, tome lá estes conselhos e advertências:
1 - O Senhor Carrão está nesse lugar por direito democrático, após a fuga(?) de Corvêlo.
2 - O PSD local esfrega as mãos, porque o acha incompatível..., mais interessante para distrair a oposição.
3 - Miguel Relvas preparou a sua ascensão para o botar fora nas próximas eleições. Ele tem uma surpresa na manga... (há muito tempo!!!). Prometeu muito a muita gente.
CONTINUA....
DE: Cantoneiro da Borda da Estrada
..... CONTINUAÇÃO
4 - O Senhor Carrão tem um pontapé no cu no final do mandato sentenciado pelo seu próprio partido e pelo dito... Por agora entregaram-no aos apetites da oposição, que vai tentar devorá-lo. Para piorar a coisa, parece que o senhor não é doutor, engenheiro, arquiteto (nem padre).
5 - A oposição faz de si uma pessoa imprópria para alcaide porque o senhor se movimenta muito nos meios populares. Observeio-o, recentemente (na Festa dos Tabuleiros?), a garantir a sua presença nas sessões musicais no jardim da Pousada, um pé na relva, outro fora dela, no canto + próximo da emblemática Roda do Mouchão, podia ser visto por toda a gente, a que chegava e a que ia embora. O sacrifício que deve ter feito!!!! Uma vez estive mesmo atrás de si, e o senhor impávido e sereno atento à música, de óculos, para não ser identificado. O senhor, vê-se, gosta é de estar ali, no seio do povo! E não adianta tentar passar despercebido. Ouvi muitas pessoas: "Está ali o Sr. Carrão!", "Olha acolá o Sr. Carrão!", " O senhor Carrão também cá está!", "O Senhor Carrão também cá veio!".
Após estas palavras, afianço que o senhor tem a faca e o queijo na mão. Quer ser Presidente eleito da CMTomar?
Não fique à espera que lhe dê diretivas nesse sentido. Procure na sua cabeça, com cuidado e astúcia, e vai encontrar o caminho.
Já sabe! Aquele que mais desmascarar o oportunista político Miguel Relvas tem o meu apoio e colaboração. À partida garanto, no mínimo, 87 votos. E olhe que por um se perde, por um se ganha.
Começo a alimentar esperanças de que o Sr. Carlos Carrão vai ser o mais enraivecido combatente contra Miguel Relvas.
Se o senhor o desmascarar e enxotar de Tomar, fica aqui uma promessa: quando eu morrer, as minhas cinzas serão lançadas do Castelo para a encosta frontal à zona histórica. Com sorte, em dia ventoso, pequena porção assentará no telhado da casa onde vivi.
E um pedido: que seja o Senhor a lançá-las ao toque do Hino de Tomar tocado pela SFGualdim Pais. Honra maior não terei para conceder-lhe, como recompensa.
E um desejo: que a R. Silva Magalhães passe a chamar-se de R. Carlos Carrão, em cuja inauguração seja tocado o Hino Nacional pela Filarmónica Nabantina, coletividade mais casada com as tradicionais altas figuras nabantinas, onde também fundei uma actividade de algumas cenas.
Com estima e consideração.
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