terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O Jardim madeirense e o jardim tomarense

Cada dia que passa, os telejornais mostram-nos algo de insólito e mesmo de inimaginável em qualquer país da Europa do norte. O reizinho da Madeira, Jardim, afogado nas dívidas que ele próprio gerou e por isso à mercê do Governo da República, no quadro de um exigente e doloroso plano de resgate, continua a afirmar que não assinará nada que prejudique aquela região autónoma. Mesmo já sem meios para garantir os salários de Janeiro e após ter desviado milhões para pagar a empreiteiros em detrimento das farmácias, o que força agora os madeirenses a pagar os seus medicamentos, guardando os recibos para hipotético e posterior reembolso, recusa mudar de atitude. Como se ainda lhe restasse alguma capacidade de intimidação fora do seu mini-reino. Vendo-o na TV, a pergunta surge logo: Porque não se vai embora?
Mutatis mutandis, no jardim nabantino assistimos a algo muito semelhante. Apesar de minoritários no executivo e na Assembleia Municipal; apesar de atascados em dívidas; apesar de enredados em problemas cuja eventual solução os ultrapassa e implica a concordância dos adversários; embora sem ideias, sem planos e sem habilidade para dar a volta à crise local; embora sem orçamento 2012 aprovado e sem saber como fazer para conseguir a sua aprovação; persistem numa atitude autista, vinda dos mandatos anteriores, durante os quais puderam asneirar livremente, assim transformando os eleitores tomarenses na maior comunidade de palermitas fora da Sicília, cuja capital é Palermo, não por acaso terra-mãe da Máfia.
De tal forma que ainda hoje, interrogado pela Hertz, o presidente em exercício leu um papel com certos pontos lamentáveis e uma mensagem geral condenável, ao não assumir os erros cometidos, nem apresentar qualquer contributo para a indispensável, urgente e inevitável saída da presente crise política nabantina. A dado passo da sua leitura, referiu como motivo de orgulho em 2011 a realização de mais uma edição da Festa dos Tabuleiros, "momento de união de todos os tomarenses". Confesso que, tomarense, filho, neto e bisneto de tomarenses, gosto da nossa Festa Grande, mas nunca dela tirei orgulho, por três motivos principais:
1 - Porque João Simões, o seu restaurador, também nunca manifestou o seu orgulho, mas apenas modéstia, humildade, satisfação pelo dever cumprido, vontade de modificar o que estava mal; 2 - Porque tendo em conta a evolução ocorrida desde 1950, o modelo organizativo da festa está agora mais do que ultrapassado e muito dificilmente poderá vir a ser replicado sem graves prejuízos para a comunidade tomarense; 3 - Porque é indigno e denota uma confrangedora ignorância do novo contexto civilizacional manifestar orgulho por um evento sem dúvida único, lindo e de grande significado para os nabantinos, mas que custa ao erário público -e por conseguinte aos contribuintes- largas centenas de milhares de euros, quando poderia facultar-lhes elevado valor acrescentado, caso fosse organizado em consonância com o tempo actual.
Numa curta frase: Orgulhoso de quê, se apesar da informática, quase seis meses depois ainda não há contas prontas?

6 comentários:

Virgílio Lopes disse...

Tenho de ser PANFLETÁRIO!


Santo Deus!...


CHEGA!
É CONFRAGEDOR!
É UMA VERGONHA PARA TOMAR!


O ADMINISTRADOR-DELEGADO do grande RELVAS - bronco, labrego e inapto como sempre - no seu melhor.

Que quadro mais ridículo:

- O jornalista em pé a fazer as perguntas,lendo.

- O dito cujo sentado, a ler as respostas, a fazer seu o lema do Tó Seguro - "as pessoas...pardais ao cesto".

- Sem uma ideia, sem carisma, mostrando-se incapaz de mobilizar e fazer algo, seja o que for.


ELEIÇÕES INTERCALARES,JÁ!

RELVAS FORA DA PRESIDÊNCIA DA AM, JÁ!

Revoltado,
mas com todo o respeito,

Virgílio Lopes

Virgílio Lopes disse...

Tenho de ser PANFLETÁRIO!


Santo Deus!...


CHEGA!
É CONFRAGEDOR!
É UMA VERGONHA PARA TOMAR!


O ADMINISTRADOR-DELEGADO do grande RELVAS - bronco, labrego e inapto como sempre - no seu melhor.

Que quadro mais ridículo:

- O jornalista em pé a fazer as perguntas,lendo.

- O dito cujo sentado, a ler as respostas, a fazer seu o lema do Tó Seguro - "as pessoas...pardais ao cesto".

- Sem uma ideia, sem carisma, mostrando-se incapaz de mobilizar e fazer algo, seja o que for.


ELEIÇÕES INTERCALARES,JÁ!

RELVAS FORA DA PRESIDÊNCIA DA AM, JÁ!

Revoltado,
mas com todo o respeito,

Virgílio Lopes

Luis Ferreira disse...

Vá lá Virgilio inscreva-se, aliste-se, organize-se. Em Tomar existem todos os partidos e movimentos imagináveis. Deixe de mandar postas de pescada contra tudo o que mexe, mostre a cara, convença pelos argumentos e não pela covardia.

Sabe uma coisa: em eleições vota-se em projectos, mas também em pessoas, de cara descoberta, com morada, número de BI e profissão escrita no papelinho no Tribunal.

Os fantasmas não concorrem, como o Cosme e o Lopes bem sabem. Vá lá, tenham coragem. Depois de o fazerem vão ver que não custa nada...

(O Carrão anda à nora, no vale, ali para os lados das cabeças e o Miguel, que já não acompanha a coisa local, que raio está a fazer ainda comi presidente da AM? Ainda terá esperança que a coisa se alinhe? Tenho duvidas, mas eles lá sabem...)

Virgílio Lopes disse...

Sabes "Coiso" ?...


Estás protegido pela "Comissão de Censura".

Tu e o "mano" Relvas gozam de estatuto especial.

Apesar do teu "português" macarrónico, e admitindo a vaga hipótese de não "ser visado pela Comissão de Censura", quero dizer-te o seguinte:

Ainda não respondeste ao meu comentário e perguntas colocadas em 07/01/2012 às 23:20.

Estão lá "montes" do que tu pedes :
ARGUMENTOS !

Como em inúmeros posts de outros comentadores, ao longo dos últimos anos, nesta e noutras montras.

Eu tenho nome, VIRGÍLIO LOPES, mesmo estando incompleto.

Ao contrário de ti, campeão de heterónimos e de anónimos, bem conhecido da blogosfera tomarense.

Mas giro, giro, era quando assinavas por "Gabinete"...

E agora, quando dizes que o "mano" Miguel já não acompanha "a coisa local".

Até parece que já esqueceste que foi com o "voto de qualidade" dele que a AM te deu com "a tábua da carroça"...

Vá!...
Toca a responder!
Não fujas aos "encartes"!

Toda a gente "te topa", À LÉGUA...


Porque não és digno de respeito, vai apenas

Com tôdo o respêto,

Virgílio Lopes

Anónimo disse...

Senhor Vírgílio:
Por favor poupe-nos ao seus problemas de estômago, de carácter e de consciência. E, se não for pedir demasiado, actualise a sua prosa. Sempre a malhar nos mesmos assuntos, cansa e perde credibilidade. Essa da comissão de censura, por exemplo, já não convence ninguém.
O percurso profissional de Luís Ferreira é conhecido, não tem nada de reprovável e nada importa para a política tomarense. Ei-lo, tal como o conheço: Guarda Fiscal > IGAT > Câmara de Alpiarça > vários destacamentos em comissão de serviço.
Não tenciono voltar a falar no assunto, ou publicar matéria sua sobre o mesmo. Basta!

Virgílio Lopes disse...

Sr. Rebelo,

Como o compreendo...

Como é incontornável ter que reconhecer a sua coerência, quando se trata de defender os seus gurus do Centrão dos Interesses...

Mas desengane-se se pensa que me cala sem a sua "censura prévia".

A sua falsa preocupação com o que designa por "Sempre a malhar nos mesmos assuntos..." cai por terra quando, absurdamente, duplica a publicação de comentários meus. Neste post e noutros, anteriormente.

Por outro lado, o Sr. Rebelo devia reler todos os seus posts e verificar que, COMO NINGUÉM, é quem mais malha nos mesmos assuntos.

O seu problema é outro. No essencial, aborda sempre o nosso descalabro do ponto de vista das consequências e não das causas.

Tudo fazendo para BRANQUEAR AS RESPONSABILIDADES DOS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS.

E porquê?

PORQUE são os seus amigos e protegidos, antigos e recentes.

Mas, quer queira, quer não, as narrativas do Ferreira e do Relvas têm o mesmo valor real que as hipotéticas lindas palavras de um OLIVEIRA E COSTA ou de um DIAS LOUREIRO numa "Conferência" sobre "A política, a ética e os negócios".

Desculpe estar a importuná-lo.

Mas creia, apenas estou a dar uso à liberdade de expressão do pensamento.


Com todo o respeito,

Virgílio Lopes