quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Um "gato" a arranhar...


Pareceu-me a dada altura que o texto desta manhã estava a ficar tipo peixe-espada = comprido e chato. O que me levou a abreviar. O problema é que um "gato", não mencionado na prosa anterior, aproveitou para andar toda a tarde a arranhar-me a consciência. Trata-se da questão delicada do património municipal, uma área extremamente sensível e nebulosa. Basta dizer que aquando do encerramento da Estalagem de Santa Iria para obras, já lá vão mais de 20 anos, praticamente todo o recheio desapareceu sem deixar rasto. Até um piano que, como é sabido, se "desvia" sem esforço, por ser leve e de pouco volume...
O peculato, para não escrever outra coisa, tem portanto forte e antiga tradição em Tomar. De tal forma que, quando e se um dia for feito o inventário meticuloso e documentado dos bens municipais, é bem provável que ocorram surpresas muito desagradáveis.
Por agora, trata-se apenas de tentar apurar qual o destino de bens municipais, entretanto substituídos por outros mais recentes, conforme documentado na foto supra. Com a justificação de que os novos candeeiros teriam fontes de luz "led", 80% mais económicas, os postes e lampadários anteriores sumiram. Para onde? Quem os arrecadou?
Uma vez que o dono da obra (o município) pagou a nova iluminação, os anteriores dispositivos pertencem-lhe. Aliás, em qualquer outro país menos convencido de que é rico e numa cidade sem autarcas megalómanos, os velhos postes teriam continuado onde estavam, procedendo-se apenas à substituição do dispositivo luminoso ou, na pior das hipóteses, à troca do "braço". Em terras gualdinas, infelizmente, tudo foi à fartazana durante mais de uma década. Por isso agora estamos como estamos. O que me leva a reiterar a pergunta: Que é feito dos candeeiros "velhos", que se vêem do lado direito da foto, e de tantos outros? Emigraram?

1 comentário:

Arlindo C. Costa Nunes disse...

Depois de tanta pressão para serem colocadas meia dúzia de lâmpadas, (porque os poste já lá estão) em ruas completamente às escuras, pontualmente indicadas ao Município, na Freguesia da Madalena e sem êxito, não posso deixar de comentar o exagero de candeeiros que se vêem no local apresentado na fotografia, onde metade chegava plenamente.
Obviamente que a falta apresentada, não é só na minha freguesia, ela é extensiva a todo o concelho, assim como também, locais de desperdício são muitos e visíveis, basta à noite percorrermos algumas dessas zonas, porque não é dentro de um gabinete ou à luz do dia, que se observam as faltas ou os esbanjamentos.
O Presidente da Junta de Freguesia da Madalena