quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Principais temas da semana


Se leu o post anterior, já terá deduzido que os dois principais temas desta semana são a reestruturação do hospital e a crise na autarquia. Os dois estão ligados, como não podia deixar de ser. No caso do hospital, CIDADE DE TOMAR noticia as mudanças impostas e as manifestações da população em defesa do direito à saúde. Entretanto, a situação já se complicou singularmente, nomeadamente por causa da duplicidade do presidente em exercício, que adoptou perante cada auditório a posição mais confortável -a da concordância. Aquilo a que se chama a espargata política, quando se pretende evitar o vocábulo oportunista.
Já em relação à crise municipal, em que também  houve desenvolvimentos recentes (ver post anterior e o site da Hertz), a situação é de tal modo grave que até o usualmente circunspecto jornal dirigido por António Madureira inclui uma nota do director pouco meiga para os autarcas. No mesmo sentido escrevem António Alexandre (antigo vereador do PS) e Emília Silva (PSD).
O ex-autarca socialista advoga eleições antecipadas e vai prevenindo: "Não é em véspera de eleições que este assunto se pode tratar, é desde já. Este modelo de gestão do município, já mostrou não estar à altura das necessidades de Tomar." 
Idêntica opinião tem a militante social-democrata: "Sou PSD assumida, mas tenho vergonha da forma baixa como o PSD tem agido nos últimos anos em Tomar". E a concluir: "Nenhum dos vereadores hoje no activo deve fazer parte de novas listas. Tomar precisa de gente nova, novas caras, novas ideias, pessoas que não estejam viciadas no poder... A resolução dos problemas de Tomar passa por eleições antecipadas. Como diria Sérgio Martins: É hora!"


O TEMPLÁRIO destaca também a problemática do hospital e a crise municipal. Em relação àquela usa até, quer-me parecer, de algum exagero na manchete. Não foi Tomar que saiu à rua. Se tivesse sido, outro galo cantaria agora. O que não invalida a importância das manifestações, que marcam uma mudança importante na usual pasmaceira política nabantina. Nas páginas interiores, vale a pena ler a análise do médico Alexandre Correia Leal, que a dado passo escreve: "A classe política cá do burgo que, salvo honrosas excepções, é responsável pelo lento agonizar do concelho nas últimas três décadas, não perde uma ocasião para exibir o seu garbo de políticos de vão de escada, que apenas conseguem olhar para os seus umbigos e dificilmente enxergam o fim da rua onde moram."
Numa outra página, o nosso habitual leitor Virgílio Alves faz uma boa resenha da situação económica da cidade e do concelho ao longo do tempo, concluindo assim: "Ao fim e ao cabo, se não soubesse que há pessoas que querem mudar o rumo dos acontecimentos, diria que a Câmara Municipal está bem para a participação activa na vida política daqueles que os elegeram. Isto é, está decadente como a cidade."



Nestas alturas em que a actualidade acelera singularmente, O MIRANTE ressente-se do facto de não ser editado em Tomar. Assegura uma boa cobertura noticiosa da cidade e do concelho, faltando-lhe porém a perspectiva, a análise, o comentário, afinal o essencial no jornalismo moderno e arejado, tal como se pratica por essa Europa fora. Nesta edição, destaque para a secção humorística "Cavaleiro Andante", quase exclusivamente dedicada a Tomar e -coisa extraordinária!- sem qualquer referência ao vereador e funcionário da câmara de Alpiarça, o socialista Luís Ferreira. Tarde é o que nunca acontece! Como testemunho de apreço por terem dado o braço a torcer, aqui vai uma fresquinha, a acabar de sair do frigorífico:


O presidente da câmara de Santarém, Francisco Moita Flores,  já se anda a preparar para as próximas autárquicas, conforme se pode ver na foto. Em Tomar, os autarcas que temos não andam de bicicleta. Era o que faltava! Caíam-lhes os parentes na lama! Mesmo assim, tendo em conta os desenvolvimentos mais recentes, será melhor irem já calçando os patins. Depois podem nem sequer ter tempo... que o empurrão não tarda nada!

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