Ideias fecundas, procuram-se

Na sequência dos acontecimentos desta manhã, junto ao Hospital de Tomar, uma fonte ligada ao processo estranhou que em 2012 todas as organizações partidárias tomarenses acreditem ainda que são "válidas e actuais as orientações aprovadas unanimemente pela Assembleia Municipal de Tomar, em Março de 2006". (Ver ponto três do comunicado que encima o post anterior) Que de resto ninguém estranho aos meandros políticos nabantinos sabe quais possam ser. Não será uma excelente razão para as publicar?

Acrescentou o dito cidadão não perceber a indignação de alguns presentes, ao ser-lhes dito que a Administração apenas presta contas e dá explicações à tutela e não à Câmara de Tomar. Na sua opinião, quem os nomeou é que lhes pode e deve impôr condições, não se entendendo de todo em que se baseiam os políticos locais para tentar intervir em áreas que não fazem parte da esfera das suas competências. A concluir, referiu que o correcto será solicitar esclarecimentos à entidade governamental competente, neste caso o Ministério da Saúde.

Entretanto, Tomar a dianteira soube por outra via que a administração do CHMT  agradece antecipadamente e promete acolher de braços abertos todas as propostas alternativas à que está ser implementada, seja qual for a sua origem. Após análise cuidada, todas poderão vir a ser debatidas com os seus autores, e mesmo adoptadas e depois implementadas, desde que: A - Sejam equilibradas em relação às três componentes do CHMT; B - Não impliquem directa ou indirectamente encargos monetários superiores aos da reestruturação em curso, salvo os provenientes da natural evolução ao longo dos anos; C - Obtenham a aprovação maioritária livremente expressa do pessoal de cada um dos três hospitais.

Perante isto, apenas os incorrígíveis adeptos do blábláblá e aqueles que só aceitam as mudanças desde que tudo fique na mesma têm motivo para continuar a lamentar-se. Se têm mesmo soluções exequíveis, tendo em conta a actual envolvência nacional e internacional, chegou a altura de as apresentar para debate. Caso o não façam, acentuar-se-à a ideia de que apenas se pretende criar agitação, como forma de destabilizar os poderes livremente eleitos. É perfeitamente legal, mas sempre mais aceitável quando se dizem as coisas com clareza. O clima de conspiração e confronto, há muito que deu o berro por estas bandas. Ainda bem!