sábado, 2 de outubro de 2010

ESTRANHA MANCEBIA (POLÍTICA???)

É dos livros, em qualquer escola de jornalismo, que seja mesmo escola -Os factos são sagrados; as opiniões são livres. Quer isto dizer que, respeitando integralmente o acontecido, cada analista/comentador, ou simples cidadão, é livre de interpretar os factos como entender. Acresce ainda que, no âmbito político, há uma frase célebre, de acordo com a qual "Em política, o que parece é."
Como qualquer outro órgão democrático eleito, a Assembleia Municipal de Tomar -o nosso parlamento, ou o parlamento que temos- forneceu preciosas indicações para o futuro desta terra, e portanto nosso. Apesar de apenas ter assistido durante o tempo que julguei necessário para verificar se os meus prezados conterrâneos compareciam ou não, ou seja cerca de 30 minutos, tive depois ocasião de ler dois sites diferentes, por causa das dúvidas. Estou a referir-me ao site da Rádio Hertz e ao do Templário.
A primeira questão assaz preocupante, sobretudo na actual conjuntura económica local, nacional e internacional, diz respeito à estranha coligação nabantina PSD/PS, que mais parece uma mancebia sem contornos definidos. Logo a abrir, João Simões, do IpT, bem verberou a original situação de uma aliança cujas bases nunca foram tornadas públicas. Mas não teve qualquer êxito. Tal como anteriormente, ninguém julgou dever responder-lhe. Pelo que os cidadãos pagantes continuam a ignorar quais as cláusulas do acordo firmado, para além dos lugares atribuídos, tanto a eleitos como aos respectivos acólitos.
Vieram a seguir votações bizarras, que mais parecem originárias de África ou da América do Sul. As de apoio à vereadora Rosário Simões, pela realização do recente Festival das Estátuas Vivas, foram manifestamente extemporâneas, indesejadas pela própria e até redundantes. Extemporâneas porque afinal a citada organização nem pertenceu sequer à autarquia, mas à Escola Nun'Álvares e ao IPT. Indesejadas porque Rosário Simões. honra lhe seja feita, sempre dispensou coisas do género, sabendo perfeitamente, como já aqui foi referido, que é de longe o melhor elemento do actual executivo. Redundantes, enfim, porque a senhora já tem um currículo suficientemente preenchido para nele dispensar minudências do género. Ainda se o actual executivo tivesse boa reputação na cidade e na região...
Além de extemporâneas, indesejadas e redundantes, as ditas moções foram até monumentais erros crassos. Revelaram que as coisas não vão nada bem no seio da tal mancebia PSD/PS, podendo até falar-se de alguma violência doméstica, após apenas um ano de vida em comum. Com efeito, por motivos que a seu tempo virão a público, os eleitos do PS abstiveram-se, atitude inesperada nesta altura de crise. É grave!
Na outra moção, apresentada pelo Bloco de Esquerda, declarando que, na sequência do incidente com a malograda vinda de Lobo Antunes, o vereador Luís Ferreira não tem condições para continuar com os pelouros do turismo e da cultura, (Dos bombeiros e da protecção civil a moção não falava, se calhar partindo os seus autores do princípio que para segurar na agulheta qualquer um serve...), aconteceu o insólito.
Amor com amor se paga, na votação da respectiva, verificou-se por duas vezes um empate a 9 votos, com a abstenção do PSD. Chamado a usar o seu voto de qualidade, o senhor presidente Miguel Relvas surpreendeu tudo e todos ao votar favoravelmente a moção. Colocou-se assim ao lado do Bloco de Esquerda e dos IpT, contra os seus parceiros de coligação. Tratando-se de alguém com longa experiência política, e até com um brilhante currículo, que lhe permite ser agora, na prática, o nº 2 do PSD a nível nacional, Relvas nunca poderá negar que agiu deliberadamente para atingir Luís Ferreira e o PS. Estava e está no seu pleno direito. Resta saber quais virão a ser as consequências, posto que, como em tudo na vida, elas cá se fazem,  cá se pagam. E a vingança é um prato que deve ser comido frio.
Ao tornar possível, de forma deliberada, um enxovalho ao mentor da coligação, o putativo futuro ministro de estado e da administração interna confirmou sem querer aquilo que aqui escrevemos anteriormente: Os actuais dirigentes locais do PSD são apenas os transitórios caseiros da propriedade laranja, enquanto não se aproximam coisas sérias. Lá para 2012, o mais tardar, os "relvistas" vencerão as eleições internas e passarão a dirigir o jogo. Entretanto tratou-se apenas de dar um sério recado a Luís Ferreira -"Podes continuar a voar enquanto nos convenha, mas nada de exageros. Se começas a voar demasiado alto ou para muito longe, temos meios para te forçar a regressar ao solo, quando tal nos aprouver." Atados de pés e mãos, os socialistas locais bem vão procurando soluções, até agora sem resultado. Mas de humilhação em humilhação, quem sabe?
Os eleitores tomarenses é que continuam sem sorte nenhuma. Já não bastavam a crise internacional, a nacional e a local; agora temos também os jogos florais da estranha coligação. Cuja violência doméstica só pode vir a agravar-se com o tempo. Pobre terra!

22 comentários:

Anónimo disse...

Resta-nos saber pela mão de quem foi idealizada a estranha coligação. No final, como é hábito a criança vai ficar orfã e ninguém deu por nada.

Anónimo disse...

Sr. Rebelo leia com atenção a moção dos IpT sobre o Festival das Estátuas.
Verificará sem grande esforço que nela se reconhece a valia do trabalho do grupo liderado pelo Prof. Eduardo Mendes, a quem se deve o êxito do evento e, quanto à Vereadora, realça que ela deu a cara e apostou nesse grupo.
Não há louvor, há sim um reconhecimento público do trabalho daqueles que construiram o Festival.

E o Sr. entende que o teor a moção não é correcta?

Enfim .... talvez fosse melhor ignorar, não?!

Feitios!

Anónimo disse...

Resta saber, nesta altura, qual o papel de Corvelo de Sousa. Vai ao encontro da decisão da Assembleia Municipal ou mantém Luís Ferreira com os pelouros? Se optar por cumprir a moção, então a coligação vai cair dentro de pouco tempo e, pessoalmente, sobe na consideração de José Delgado e, claro está, de Miguel Relvas, que mais não fez do que colocar a batata quente nas mãos do Corvelo; Caso o presidente opte por manter Luís Ferreira, perde o respeito da maior parte da Assembleia e começa a ganhar o estatuto de personna non grata no PSD. Ou seja, contas feitas, esta moção parece que foi destinada a testar o arcaboiço de Corvelo. É verdade que Luís Ferreira podia pedir a demissão... podia, mas não era a mesma coisa. Político sabido como é, fica na expectativa a aguardar pela decisão de Corvelo. Se continuar com os pelouros, fica com poderes reforçados pois recebeu a confiança presidencial contra tudo e todos; se perder o Turismo e a Cultura, por certo que, internamente, tudo irá fazer para que a coligação caia. A partir daí, governar para o PSD será quase impossível. Até que vão surgir os Independentes, qual D. Sebastião... A política é mesmo assim, ora comes tu, ora como eu. O Zé Povinho, esse, reza para que ainda sobrem migalhas...

Anónimo disse...

Quando se diz que a organização do Festival de Estátuas coube (...)e ao IPT, referem-se ao Politécnico?

Anónimo disse...

Para 23:06

É óbvio que a coligação foi imaginada e levada à prática por Miguel Relvas, não só por ser à época o estratega local (função que continua a desempenhar), mas sobretudo para evitar eventual nova consulta eleitoral, de resultados imprevisíveis. E manter Pedro Marques afastado dos negócios públicos, bem entendido.

Anónimo disse...

Para 23:13

Mostrem-me onde é que eu disse isso.

Anónimo disse...

Para anonimo das 23:06:
Ha alguma duvida que quem idealizou a coligaçao foi o sr. Relvas? Corrido das listas do PSD por Ferreira Leite, a tabua de salvaçao politica foi o burrico tomarense na Assembleia Mun. Claro que a salvaçao economica estava garantida com rendimentos de meio milhao de euros ano. Tera feito algum investimento em Tomar? Tera criado algum posto de trabalho?
E sera possivel que os tomarenses em proximas eleiçoes continuem a votar em tal gente sem qualquer interesse e valor publico?

Anónimo disse...

Alguém, num anterior post, chamou a atenção para o "desaparecimento" da ribalta do Presidente da AM, Miguel Relvas. Se atentarmos na realidade deixou de ser a sombra de PPC e há algum tempo que não é porta-voz das decisões do partido...pode ser impressão minha, mas não me parece que esteja na calha para putativo ministro de Estado e da administração interna. Terá sido ultrapassado por outro Delfim do Norte?
Laura Rocha

Anónimo disse...

O sr (?) Luis Ferreira tem motivos para se orgulhar do seu "clube de fãs"- Est+a a aumentar a olhos vistos. Eu também me incluo aí e tenho-me esforçado por merecer o meu espaço. Há mais de duas semanas que tenhos uma dúzia de ovos ao sol para os utilizar na altura devida...

Anónimo disse...

A coligação deixou de servir o interesse político de Miguel Relvas e Luis Ferreira, os homens por detrás do acordo político entre o PS e o PSD.

Por motivos diferentes ambos apostam no seu fim: um porque assim demonstra que quem manda no PSD é ele e não um qualquer Delgado ou Corvelo e o outro porque assim, demonstrado o que se pode fazer de diferente numa câmara, passa à oposição e afirma-se como alternativa para 2013.

E nunca Corvelo vai entregar qualquer pelouro ou responsabilidade a Marques. Fica a aguentar o tormento até aí fim.

Anónimo disse...

Para anónimo em 13:00

Terá parcialmente razão. Relvas já está a marcar terreno, mostrando quem é o proprietário da coutada tomarense, quando chegar o momento considerado oportuno. Já Luís Ferreira, bastante fustigado pelo parceiro de coligação, é obrigado a jogar à defesa. Nestas condições, salvo imprevisto de última hora, a situação vai manter-se relativamente estável até Julho de 2012. Aí, Corvêlo pedirá a aposentação, pois terá 65 anos em Julho desse ano, ficando então tudo em aberto...e Carrão com poucas hipóteses de afrontar a corrente. A não ser que, entretanto, com PP Coelho já em S. Bento como primeiro-ministro, Relvas "descubra" que Corvêlo e Paiva lhe fazem muita falta na governação deste pobre país. Paiva como secretário de estado, Corvelo como director-geral de qualquer coisa, dado que é advogado de profissão...

Anónimo disse...

O Paiva e o Corvelo num governo do PSD ? Está fora da realidade, e a ver o mundo a partir do umbigo, Tomar.
O PSD teve de retirar MiguelRelvas de porta-voz porque ele ia a todas sem saber de nada, o que estava a prejudicar o partido. Por isso o PSD teve de nomear porta-vozes por áreas.
Relvas bem tenta ligar-se à posição do PSD ms está com dificuldades. Passos Coelho é líder a prazo, só tem feito disparates, e todos jogam para o queimar. Será por acaso que neste fim-de-semana algumas revistas, como a do Expresso, dão grande realce a Macelo Rebelo de Sousa ? Para este, Relvas nem existe...
Se Paiva como membro do Governo é para rir, Corvelo membro do que quer que seja é para rir às gargalhadas. Olhem para a situação do Mercado de Tomar, um presidente vivo já há muito que tinha resolvidso o assunto. Corvelo não faz nada. Nem ele nem Paiva irão para o Governo, pretencem ao passado de Relvas, bem como Tomar. Tomar é de usar e deitar fora.
Em Tomar a visão é muito pequena e rígida, esquecendo-se que mudam-se os tempos e as vontades.
Quem será o próximo presidente do PSD de Tomar ?
SAMURAI

Anónimo disse...

Para A. Rebelo às 13.45:
Não sei se o almoço lhe caiu mal ou se o aperitivo foi tomado com pouca moderação. Ou talvez quisesse acompanhar, com ideias, este início de tarde de temporal.
Paiva, Corvelo&Relvas no Governo?
De Portugal? Ou de uma nova funerária? Socrates pode fazer muita asneira mas a alternativa é de gritos! É verdade que os barões PSD estão a sair da toca (tachos), mas só dizem disparates. O N. Leite até se permite falar do "pouco nível" de economistas-chefe da OCDE. Andaram a pedir cortes e mais cortes na função pública, agora estão todos muito pesarosos com os cortes! Hoje, estão escandalizados (tambem eu)com os
3 milhões de subsídio da EDP para a Univ. americana onde o sr. Pinho dá um curso sobre ventoinhas. O sr. Mexia foi ministro PSD e as renováveis subsidiadas (altamente)pelo eng. Pimenta, quando governante do PSD. O governo queria baixar o prémio de gestão(?)
do mesmo sr. Mexia, no valor de outros 3 milhões... A AG da EDP opôs-se e um dos srs. Espírito Santo disse que era tudo inveja e que o mérito devia ser premiado. Também acho, mas 3 milhões onde não há concorrência e o KW é dos mais caros da Europa... O sr. Marques Mendes sobre isto disse, indignado, ser a prova que o Estado já não manda nas empresas. Mas não é isso que quer e defende o PSD e os liberais?
Sr. Rebelo! Continue com os seus raciocínios mas não nos assuste, p.f.! Já basta a meteorologia!
Pedro Miguel

Anónimo disse...

Para Pedro Miguel:

Quanto a molhar a palavra, mesmo às refeições, pode ficar descansado. Sou abstémio há muitos anos. Sobre a minha análise, tenho muita pena mas, como é sabido, o que tem de ser, tem muita força. Para cumprir o acordo feito com Carlos Carrão, Relvas só tem esse caminho -Arranjar colocação para Corvêlo de Sousa. Se, como tudo indica, houver legislativas em 2011, após as presidenciais, e se o PSD ganhar e se formar governo. São demasiados ses, é verdade, mas que outra solução? De António Paiva não adianta duvidar. Desde que abandonou a autarquia é um dado adquirido que, mais tarde ou mais cedo, fará parte do governo. Resta saber se mais abaixo, ou mais acima (ministro). Relvas, por seu lado, será ministro de estado, pois PP Coelho não ignora o que ele sabe nem a agenda de que dispõe. Estas coisas contam e muito, na política.

Cordialmente,

A.R.

Anónimo disse...

Não existem duvidas que este casamento já nasceu com os dias contados. Primeiro porque os do PS ainda são mais fracos que os do PSD. Segundo porque a câmara continua uma gestão de anos do Paiva, muito desenquadrada da realidade e das necessidades de Tomar, criticável em várias linhas, mas realizada por um teimoso, que tinha garra para a levar por diante, coisa que os actuais autarcas não têm, sejam eles os do PSD ou do PS, que não têm plano alternativo. Depois porque este casamento de interesses, excluiu os interesse de Tomar e da boa gestão politica e autárquica, tal como levou para a maioria o que de pior anda na politica LF. Assim aos problemas graves que o PSD já tinha, juntaram-se outros ainda mais graves, que pasme-se são colocados por quem ainda por cima sobe a capa de membro de uma organização tida como séria, como a Maçonaria (resta saber de que ramo ou loja), tem comportamentos e atitudes da maior indignidade a que se “supõe” o PS e os do avental dão cobertura. Será assim, ou poderá ser só má língua? Quanto ao fim do casamento, só se o PSD tomar a iniciativa, porque do resto nada acontecerá, viverão quase até ao fim do mandato, como os casais em que cada um faz o que lhe apetece, mas continuam a viver debaixo do mesmo tecto , mas mais grave quando no caso o PS, critica publicamente todos os dias o marido, mas não abandona a casa onde tem mesa farta e não paga as facturas. Por fim isto é da maior gravidade, porque Tomar está a pagar tudo isto, bem caro e os dois partidos, têm ambos obrigações perante os seus militantes e votantes, de terminar já esta vergonhosa situação.

Alfredo Martins Guedes - Entroncamento disse...

Tomaradianteira – "Estranha Mancebia Política"

Acedo hoje pela primeira vez a este blog e congratulo-me por nele ver esta enorme profusão de opiniões, sinal de que se trata dum espaço onde pontua a liberdade de expressão e a tolerância democráticas. Pena é que, dos seus muitos opinadores, quase todos prefiram esconder-se num sempre caricato anonimato, embora também compreenda que talvez o façam para salvaguardar possíveis revanches políticas!

Li com muito apreço o texto com o título acima referido aqui postado pelo senhor António Rebelo e posso dizer que concordo quase plenamente com todo o seu teor. Do meu ponto de vista e certamente também de muitos tomarenses, as principais maleitas locais não derivam tanto da falta de recursos e capacidades do concelho de Tomar, mas de certos vícios, da arrogância e incompetência de muitos dos homens que dirigem algumas das estruturas partidárias existentes no concelho, e que posteriormente são colocados em lugares para os quais não estão cívica e intelectualmente preparados.

Esta espécie de “saco-de-gatos” agora representada na actual coligação PSD/PS é um claro exemplo do que acima se afirma. Chegados à cadeira do poder, quais “pavões” armados, ao invés de trabalharem no sentido do engrandecimento da sua terra, alguns dos seus representantes deslumbram-se pelos lugares que lhes acabaram de entregar de mão beijada, sem grande esforço, e perdem-se em pequenas guerrinhas doméstico/partidárias, quase somente se limitando como nos diz António Rebelo, a esperar pelos chorudos benefícios do final de cada mês!

Em face destes últimos e vergonhosos acontecimentos sobre a Cultura tomarense, não deixo de louvar agora a construtiva atitude do Bloco de Esquerda e de Miguel Relvas, sobretudo pela oportuna abordagem das recentes e gravosas intervenções públicas assumidas pelo respectivo vereador, senhor Luís Ferreira, e em cuja Assembleia Municipal colocaram e venceram uma Moção de Censura a ele dirigida! Pena será que também no próximo dia 5 de Outubro Passos Coelho não tenha idêntica atitude, dizendo aos portugueses que não irá aprovar o OE, a fim de derrubar este “cadáver” político adiado, agora representado neste des (governo) do engenheiro relativo – o senhor Pinto de Sousa (Vulgo Sócrates)!

Será que Luís Ferreira uma vez chegado a vereador da Cultura se embriagou com o deslumbramento e o cativante misticismo que envolvem a Janela Manuelina e a Charola do Convento de Cristo? Será que também ele se considera agora um verdadeiro cavaleiro Templário? Cá para mim, e também pelos vistos para muitos tomarenses, ele não passa de um simples cervantino cavaleiro de triste figura!


Com os meus cumprimentos.

Anónimo disse...

Realmente a verdade é que o PS devia deixar imediatamente o PSD sozinho a alombar com o descalabro a que fez chegar a nossa camara.

Insistir em lhe dar a mão, ainda por cima sem qualquer agradecimento, é um verdadeiro disparate e soa a tachismo.

Devia ser o PS a abandonar de imediato o Presidente Corvelo à sua sorte.

Anónimo disse...

Congratulo-me pelo facto da situação de ruína moral a que está a chegar a Câmara de Tomar por via da inclusão dum energúmeno inqualificável no seu elenco, de nome Luis Ferreira, já tenha chegado ao conhecimento de pessoas de fora. Só espero que essas mesmas pessoas transmitam a outras estas verdades e que o concelho de Tomar comece a ser visto como um caso urgente de reflexão e actuação de alguém que ponha ordem e moralidade nisto, porque desta forma não vamos a lado nenhum.

UM TOMARENSE

Anónimo disse...

Caro professor, quando na passada sexta-feira lhe disse que não tinha percebido nada do que se tinha passado na assembleia municipal e era pena, respondeu-me "Obrigado pelo seu comentário, em cheio no centro do alvo.Realmente, sempre fui um bocado vazio de ideias, e de compreensão lenta. Como é do domínio público. Então agora, com a idade... Terá de fazer o favor de me perdoar e, se não for pedir-lhe demasiado, abusando da sua bondade, enviar aqui para o blogue a sua interpretação/reportagem sobre a AM.
Fará esse favor?

Antecipadamente muito obrigado.

Cordialmente,

A.R."
Mas depreendo que depois de tantos posts e comentários já tenha percebido que algo se passou e que nesta assembleia houveram pessoas democraticamente eleitas que não se coibiram de denunciar a incompetência deste executivo bem como desta coligação. Fizeram-no olhando olhos nos olhos dos visados e não no aconchego do lar. As batalhas travam-se estando presentes e lutando e na última Assembleia só lutou por Tomar quem lá esteve. E pode crer que quem viu, viu! Quem não viu não volta a ver! E foi importante e fica nos anais porque aconteceu.

O anónimo das 10

Anónimo disse...

Para anónimo das 10:

Respeitamos a sua opinião, tal como todas as outras que aqui chegam, quando civilizadas. No entanto, se nos premitisse, faríamos duas observações. Uma para lhe dizer que só a história poderá ou não relatar um dia quem na verdade defende Tomar; se os presentes, se os ausentes que todos os dias dão a cara, mesmo nas questões mais espinhosas; se ambos os grupos. Outra para lhe assinalar que, regra geral, o verbo haver é impessoal. Usa-se apenas da terceira pessoa do singular: houve, há, havia, haveria, houvera, terá havido... Por conseguinte, a sua frase deveria ter sido "...nesta assembleia HOUVE pessoas democraticamente eleitas...". Caso pretenda respeitar as normas gramaticais da nossa língua pátria. Caso contrário, com vivemos felizmente num regime livre, cada qual pode escrever como melhor entender. Arrisca-se apenas a não ficar asim muito bem visto, sobretudo por antigos professores de português.
Aproveitamos para lhe dizer que há aqui no blogue quem não foi democraticamente eleito, apenas porque não aceitou. Não cuide portanto que os eleitos pertencem a uma casta superior. Somos todos iguais perante a lei.

Cordialmente,

A.R.

Anónimo disse...

Com a devida correcção no portugês continua a questão a que não respondeu. Percebeu que algo aconteceu na Assembleia Municipal? E quanto à ortografia a sua frase não devia ser "Usa-se apenas NA terceira pessoa do singular: houve, há, havia, haveria, houvera, terá havido... Por conseguinte, a sua frase deveria ter sido "...nesta assembleia HOUVE pessoas democraticamente eleitas...".
Para quem foi professor de português... as normas gramaticais também se aplicam!?
Quanto ao resto não conheço ninguém que tenha sido eleito sem concorrer e de intenções está o inferno cheio. O caminho faz-se caminhando e a luta faz-se lutando.
E para finalizar duas questões, a primeira, na sua frase " No entanto, se nos premitisse, faríamos duas observações" a palavra premitisse existe? E se me PERMITE a segunda, vai ter o fair-play de publicar este comentário e responder à questão inicial?
Sim eu sei que são três questões.
Cumprimentos

Anónimo das 10

Anónimo disse...

Para anónimo das 10:

Sempre detestei questões pessoais, sobretudo quando um dos contendores está manifestamente eivado de má-fé. Dito isto, passo ao que importa, começando pelo fim, para contrariar o Lapalisse. Como vê, o seu deselegante comentário foi publicado sem problemas, apesar de haver nele claros indícios de alguém ressabiado, por causa da natureza particular do verbo haver na generalidade dos casos. Justificava isto que passasse a apontar problemas de lana caprina, do tipo PREMITISSE? Não, não justificava, mas foi feito, quando toda a gente vê, sem dificuldade julgo eu, tratar-se apenas e só de um lapso de digitação, de gravidade bem diferente de um erro crasso de conjugação. Oralmente pode haver erros de conjugação, mas não de conjugação. Quando tal acontece,sob a forma de troca de sons, fala-se de dislexia, maleita extremamente rara.
Sobre o que aconteceu na pretérita sessão da Assembleia Municipal, a minha opinião é que foi o costume: fogo de vista, blábláblá, blábláblá, blábláblá... A votação da moção contra o Luís Ferreira? Sejamos sérios: o simples facto de ter sido votada favoravelmente por Miguel Relvas, nas condições em que o foi, torna-a simultaneamente inócua e suspeita.
Inócua porque sem qualquer efeito prático para o pretendido -o fim da coligação, ou pelo menos a perda pelo Luís Ferreira dos pelouros da cultura e do turismo. Suspeita, porque afinal quem claramente beneficiou com ela foi Miguel Relvas. Encostou o vereador socialista à parede, mostrando-lhe os limites do acordo; manifestou a sua capacidade de mobilização, mesmo entre os adversários; avisou os seus adversários internos que não devem ter ilusões; ficou a saber qual a relação de forças com que pode contar futuramente na AM.
São tantos coelhos atingidos com um único tiro de mestre, que a pergunta se impõe: Não terá sido ele que soltou os ditos, ou que pelo menos influenciou a abertura da jaula onde estavam?
Finalizando: O caminho faz-se caminhando, não há dúvida. Fica porém mais bonito (na minha opinião, claro!) dizer "O caminho faz-se andando", que era aliás a frase original, lida já não me recordo onde. O Mário Soares é que veio depois com a nova versão.
Quanto à luta faz-se lutando, por favor tenha dó. Poupe afirmações dessas a quem já combateu de arma na mão, e também nos simulacros de luta política a que alude.

Cordialmente,

A.R.