domingo, 17 de outubro de 2010

OS OUTROS E TOMAR A DIANTEIRA

Cada dia que passa se vai tornando mais evidente que os habitantes destas bandas -sobretudo os eleitos, cujas obrigações deviam ser mais constrangentes- não conseguem adaptar-se de forma minimamente satisfatória à envolvência onde vivem. Por outras palavras, não aceitam o mundo tal como ele vai sendo, cada dia diferente dos anteriores. Não admitem que, sobretudo em democracia, há matérias inegociáveis -a verdade, a realidade, os factos. Habituados a um pseudo-mundo, que conceberam à sua medida, quando alguém ousa lembrar-lhes, em termos políticos, quem deveras são, ou aquilo que concretamente fizeram, mostram-se agrestes, ofendidos, enchicharados ou enxofrados. Problema deles. 
Como já deviam saber, chega sempre um tempo em que já nada impressiona quem tem bastante mundo e experiência local de anos e anos. Quer lhes agrade ou não o que por aqui se vai escrevendo, o importante seria que argumentassem com seriedade eventuais desmentidos. Mas não. Limitam-se a repetir as mesmas fórmulas, que de tão gastas já quase passam despercebidas. Apodar de má-lingua, de escrita sem interesse, ou de coisas a que ninguém liga, o conteúdo de um  blogue como este, que regista 200 mil visitas em 19 meses, nem patetice chega a ser. Não passa, afinal, de uma infantilidade. Para não dizer imbecilidade.
Procurando fundamentar o que antecede, aqui vai a prosa de Vasco Pulido Valente, estrangeirado como um dos administradores de Tomar a dianteira, na última página do PÚBLICO de hoje. Se depois de a ler ainda continuaremn a pensar que apenas debitamos má-língua, seria uma excelente ideia se acrescentassem em que se baseiam. Entretanto, como é costume dizer-se, "alimpem-se a esse guardanapo, e bom proveito!"
(Clicar sobre a imagem para ampliar)

10 comentários:

Anónimo disse...

Conversa! Veja-se o caso de Tomar. Vassoura há:o voto. Vontade de usar a vassoura é que os tomarenses não têm. Ser enganado uma vez, ainda se desculpa mas várias vezes...Ou será que a quase totalidade da populaça afinal até está comprometida com o "sistema"?
Ou está tão envelhecida que só se interessa pela reforma?
A "pena" de VPV é uma coisa, a realidade outra, infelizmente.
Pedro Miguel

Anónimo disse...

Parabéns Vasco!

Leitura obrigatória para gente séria,que ainda a há.

Castigo obrigatório,com 20 leituras/dia,para todos os labrostas locais,que não são poucos.

Não é que os ache convertíveis,mas porque devem refocilar-se no seu próprio retrato.

Anónimo disse...

TÓ SOBRE ISTO É QUE DEVERIAS ESCREVES POIS ESTÁ AQUI A GÉNESE DE TODOS OS PROBLEMAS QUE CRONICA E DOENTIAMENTE ADICIONAIS AO TEU BLOGUE: http://www.youtube.com/watch?v=ZxruR3Q-c7E&feature=related

MEGA MASSA PRO!

Anónimo disse...

18 Out 2010, 07:37h
Centenas na despedida de Luís Santos, antigo mordomo da Festa dos Tabuleiros

Mais de quinhentas assustaram na manhã deste domingo, 17 de Outubro, ao funeral de Luís Carlos Santos, antigo mordomo da Festa dos Tabuleiros, que faleceu ontem aos 67 anos, na sua casa em Tomar. Entre autarcas, representantes de instituições e actual e antigos mordomos da festa dos Tabuleiros foram muitas as pessoas anónimas que se quiseram despedir de um homem que “ cumpriu a sua missão de fazer os outros felizes” nas palavras do padre Mário Duarte, que celebrou as exéquias fúnebres no cemitério velho da cidade. Enquanto a urna descia à terra, o pároco pediu que os presentes homenageassem o antigo mordomo com uma salva de palmas.

O Mirante

Anónimo disse...

Como Sportinguista há muitos anos que deixei de festejar o Natal...

Lagarto verde

Anónimo disse...

MMP, não adianta dar perolas a porcos, como escrevi, esta gentalha é inculta e pouco democrática.
Basta ver o que escreveram quando eu me referia a este video na linha do teu, em que os deputados na Suecia nao tem as mordomias que uns vereadores rascas e armados em novos ricos mas que não passam de gentalha de calcanhar rachado, vindos da fina flor do entulho e que se alambazam e distribuem benesses por lambe-botas em vez de aproveitarem os funcionários sérios do estado.

http://www.youtube.com/watch?v=0n3fQDAfJmM&feature=related

GANDA NOIA

Anónimo disse...

Caro Professor,Portugal precisa, mesmo, de uma vassourada, para correr com esta gente que nos conduziu para uma situação sem futuro e continua a manifestar-se sem o mínimo de pudor. Vasco Pulido Valente, como o Professor faz também diariamente, nesta sua tribuna, não se cansa de combater a incompetência. Ela está à vista de todos, mas continua por aí quem olhe para o lado, porque vive de mordomias que deveriam ter sido cortadas há muito tempo. Ainda ontem vimos Marcello Rebelo de Sousa, na TVI, revoltado contra os chorudos vencimentos que o Estado paga a determinada classe. E disse, no seu impulso de indignação, acreditar que temos gestores no país capazes de administrar melhor ganhando menos do que aqueles que levam as grandes fatias que obrigam aos sacrifícios dos que pouco têm...
Cordialmente,
Zé da Ponte.

Anónimo disse...

TÓ NEM UMA PALAVRA PARA LUÍS SANTOS? PARECE QUE NEM TE ESTOU A CONHECER MEU VELHO. LUIS SANTOS FOI O TOMARENSE MAIS BONDOSO QUE CONHECI. DESAPEGADO DOS BENS MATERIAIS E DAS HONRARIAS. QUE A SUA ALMA ESTEJA EM PAZ E A SUA MEMÓRIA SE CONSERVE ENTRE NÓS. LUÍS SANTOS FICA PERPETUADO OUTROS SERÃO RAPIDAMENTE ESQUECIDOS.

MEGA MASSA PRO!

Anónimo disse...

Para MEGA MASSA PRO

Tive ocasião de falar várias vezes com o saudoso Lili careca e constatei então que não estava mesmo nada orgulhoso com os seus concidadãos em geral. Até sabia, como eu sei, que muitos dos que o iriam acompanhar à sua última morada, ou que dele falariam, apenas o fariam para dar nas vistas.
Estive no funeral em silêncio, com ele no pensamento, relembrando tais palavras. Não por mor das qualidades que agora lhe apontam. Apenas porque ele toda a vida quis e soube ser, de modo simples, UM TOMARENSE INTEIRO E VERTICAL. É coisa cada vez mais rara por estas bandas.
Repousa em paz, Luís! Mereceste-o como muito poucos.

António Rebelo

Anónimo disse...

António Rebelo, nunca privei com o Luís Santos, apenas nos cumprimentavamos por educação. O seu comentário é sério e cortante. Muitos dos que lhe fizeram companhia no funeral foi, como bem disse, apenas para ornamentar e mostrarem-se. Pobre gente.