POBRE ROTUNDA! POBRE TERRA! POBRE GENTE!

Ao princípio, nos idos de 70 do século passado, era assim. Este arranjo foi feito para uma Festa dos Tabuleiros, como se está mesmo a ver. E com pouco dinheiro. Era quase tudo em platex, salvo as esculturas, que eram em gesso. Ainda ninguém pensava sequer nos abundantes, tentadores e demasiado fáceis fundos europeus. E muito menos em negócios por baixo da mesa.

Após as várias soluções implementadas e falhadas, este é o desenho do aspecto final das obras em curso, ninguém sabe ao certo quando. Finalmente lá se resolveram começar a trabalhar ao sábado, decerto para ver se acabam antes da Feira de Santa Iria. Não sei não, diria um brasileiro. Se calhar acordaram demasiado tarde.

No desenho do projecto, as árvores estão todas de excelente saúde e com um aspecto magnífico. A realidade, porém, é outra, conforme documentam as fotos. De acordo com um engenheiro silvicultor contactado por Tomar a dianteira, os choupos estão todos decrépitos e em fim de vida, pelo que deviam  ter sido cortados e arrancados, antes de se proceder à pavimentação da zona. Quanto à cameleira, situada a nordeste, segundo a mesma fonte, há fortes hipóteses de não sobreviver muito mais tempo. Resta o cipreste, situado a sudoeste, que vale a pena preservar.

Para substituir os choupos, o melhor seria optar entre plátanos do oriente, como no Mouchão, plátanos bastardos, oliveiras ou pinheiros mansos. Mas tudo já de médio porte, ou até oliveiras o mais velhas possível e de copas grandes. Aqui fica a sugestão, fornecida por um técnico credenciado. Mas os senhores autarcas é que sabem. Eles é que foram eleitos, pelo que passaram a pertencer a uma classe superior. Julgam eles, pelo menos.