quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

PRINCIPAIS TEMAS DA SEMANA

 O MIRANTE destaca uma entrevista com Miguel Relvas, que foi eleito Personalidade do Ano 2011. Sem reproduzir a entrevista, convém sublinhar a introdução inserida na primeira página, que me parece aplicar-se na perfeição ao Município de Tomar: "Miguel Relvas diz que alguns autarcas insistem em vender ilusões, em vez de se adaptarem aos novos tempos e admite que algumas obras que poderiam ter financiamento do QREN vão acabar por não ser feitas, porque as câmaras não conseguirão financiar-se junto da banca". Estaria a pensar designadamente no Elefante Branco da Levada? Curiosamente, ou talvez nem tanto, noutro momento da entrevista afirma depositar grandes esperanças em Carlos Carrão, como presidente da edilidade Tomarense:

A circunstância de reconhecer que não tem tempo para acompanhar adequadamente a situação tomarense, pode explicar algum desfasamento entre o que defende na entrevista e os mais recentes contornos da crise nabantina. Importante igualmente e muito significativa, a informação de que não tenciona voltar a ser presidente da Assembleia Municipal no próximo mandato.

"Homem de 84 anos encontrado sem vida", faz a manchete de CIDADE DE TOMAR. Aposto que estava morto, "de morte morrida", teria dito Fernão Lopes. Outro destaque de primeira página: "Abaixo-assinado para que o apeadeiro de Curvaceiras passe a chamar-se de Capela-Marmeleiro". Trata-se de mais um exemplo lamentável da tendência tomarense para realçar ninharias, em detrimento do que é importante e essencial. Numa altura de crise profunda e em constante aceleração, um grupo de pessoas resolve perder tempo e distrair a atenção da população com um assunto que o ex-ministro Catroga classificaria de "pentelhice", se vivesse no concelho. Porque é disso que se trata na verdade. Senão vejamos. A actual designação já existe há mais de 50 anos. O que mudou entretanto? Qual ou quais as vantagens do eventual rebaptismo? A não ser aos habitantes dos lugarejos em causa, a dita alteração poderá interessar a quem?
Trata-se do segundo episódio patusco  do mesmo tipo, em menos de um mês. O outro foi o da futura área de serviço, que o concessionário da A 13 pretende que seja "da Atalaia", julgando os respeitáveis senhores autarcas que deva ser "de Tomar", pois Atalaia pertence a outro concelho. E porque não simplesmente "da Asseiceira", que é mesmo onde fica situada?!?!
São estas questões de lana caprina, as delongas nalguns sectores da autarquia tomarense e a aparente cegueira política de sucessivas maiorias autárquicas, que explicam em grande parte a situação trágica em que nos encontramos, fazendo de nós de alguma maneira, aos olhos dos cidadãos de outros concelhos, uma espécie de parolos com a mania que são geniais. Haja bom senso e bom gosto!| 


A manchete de O Templário é outro exemplo da triste realidade tomarense: "Bebé do ano nasce em Leiria", filho de pais residentes em Tomar. Uma vez que a maternidade que normalmente serve as tomarenses é Abrantes, porque terá sido este nascimento em Leiria? A pedido do nasciturno?
"Mais seis lojas fecham em Tomar", outro título de primeira página, insere-se no assustador  acelerar da crise já antes referido, que só vai melhorar quando quem governa a autarquia conseguir perceber finalmente que, em política, não é dando tempo ao tempo que os problemas se resolvem pela positiva. Pelo contrário. Quanto mais tarde, pior.
Nas páginas interiores, uma curiosa dualidade opinativa. Enquanto na página 7 se titula "Independentes admitem eleições intercalares", na página seguinte, o conhecido e prestigiado deputado municipal João Simões, justamente dos IpT, dá a entender exactamente o contrário: "Realmente quem ganha as eleições deve governar e, se não tem a maioria necessária, tem de encontrar com as outras forças políticas a forma de levar a bom porto a sua missão. Muitos o têm conseguido a bem dos seus Concelhos. Tomar não pode nem deve ser excepção." Será isto admitir eleições intercalares?
É verdade que na sua intervenção, aquando da recente e peculiar "conferência de imprensa", Pedro Marques usou a expressão "todos os cenários são possíveis". Mas tratou-se apenas de conversa para criar suspense e nada mais. A presença na mesa de Alexandre Lopes, vindo expressamente de Lisboa, não me deixou qualquer dúvida a esse respeito. E os tomarenses a verem passar as jogadas...

1 comentário:

Virgílio Lopes disse...

UMA CURIOSIDADE


A homepage do Mirante "on-line" tem, neste momento, 5 fotografias de "D. MIGUEL"...

Ontem à noite tinha 6!

Cada um que tire as suas conclusões...

Ah!...
Já agora...

Vejam qual foi o sentido de voto de "D. MIGUEL" na aprovação do elefante branco da Levada.

E, se for pedir muito, vejam também como é que o FOTOGÉNICO votou nos vários folhetins Parque T.

E...não se esqueçam...

Leiam os jornais nacionais de ontem e de hoje.

Pululam boas notícias sobre "os homens de bons costumes", aqueles do avental, como os "irmãos" Luisito (da ralé) e Miguelito (do peixe grosso).

São tão boas, tão edificantes, que o pobre Vasco Lourenço se vê obrigado a vir a público denunciar que há maçons e "maçons"...

E como estamos em dia de Reis, comam uma fatia do tradicional e bebam um copo - já que tristezas continuam a não pagar dívidas.

Com todo o respeito,

Virgílio Lopes