segunda-feira, 3 de agosto de 2009

SOBRE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Uma das graves carências que se nota por estas bandas é fraca compreensão, tanto escrita como oral, da qual resulta geralmente grande dificuldade de pensamento coerente e de raciocínio lógico. Quando se trata de matérias essencialmente abstractas, o problema agrava-se substancialmente. De tal modo que os sujeitos padecentes geralmente nem dele se dão conta.
A tradução seguinte, que tenta contribuir para a modificação positiva de tal estado de coisas, poderá ser enfadonha e/ou rebarbativa para quem não aprecie política ou não goste de jornalismo. Aqui fica o aviso.
"O jornalista da rádio France Inter Nicolas Demorand, que vai animar,a partir de setembro, uma nova emissão política na televisão França 5, pretende desempoeirar esse tipo de emissão. Eis as suas explicações.
França 5 entregou-lhe a direcção de uma nova emissão política, a partir de setembro? Acha que se pode reinventar tal tipo de programa?
>É uma banalidade dizer que o mundo moderno se define pela velocidade -o que é verdade na política, designadamente com o ritmo imposto por Nicolas Sarkozy, cuja frase sobre o assunto é conhecida: "Quando acelero, ainda acelero mais". De que modo acompanhar a aceleração exponencial do ritmo político; de que maneira acompanhar aquilo que foi teorizado por Alastair Campbell, conselheiro de Tony Blair para a comunicação, quando falava da "construção da agenda mediática"? Manter as distâncias, encontrar o ritmo adequado, a melhor sequência, a boa temática, a fim de não ser vítima da cadência que a política nos tenta impôr, eis a minha principal preocupação, agora na France Inter, no futuro na França 5.
Como é que consegue "navegar" num meio em que tratar por tu um ministro é uma coisa banal?
>Adoptei desde sempre o princípio de não conviver com os políticos para além dos espaços de entrevista. Não almoço nem janto com eles, por exemplo. Já assim procedia com os intelectuais e os profissionais da edição, quando me ocupava de cultura noutras redacções. Nada de contactos fora fora dos espaços jornalísticos. É certo que se perde em proximidade, mas ganha-se em distanciamento e em independência.
Agastado com algumas perguntas consideradas insolentes de um painel de jovens, durante a campanha eleitoral do referendo sobre a constituição europeia, Nicolas Sarkozy exclamou: "Afinal os jornalistas até são bastante simpáticos!" Foi cruel...
>E muito engraçado! Não pretendo dar lições a ninguém, porque estou convencido que todos os jornalistas políticos desempenham a sua profissão com um grande respeito pela deontologia. Mas é também verdade que o jornalismo tem códigos tão requintados como os dos próprios políticos, que agem por alusões implícitas e subentendidos. E quem não domina tais códigos, só muito dificilmente poderá fazer entrevistas políticas.
Criticam-se com frequência os jornalistas que entrevistam Nicolas Sarkozy na televisão, por não fazerem as perguntas incómodas nem exercerem designadamente o "direito de insistência". Qual a sua opinião?
>Estamos no âmago do problema. É nossa obrigação, naqueles momentos de blábláblá, insistir, reincidir, insistir, mesmo com o Chefe de Estado, até que seja nítido que o profissional da palavra política que está na nossa frente não quer responder. Não se trata de nenhuma façanha ousar continuar, usando de alguns truques para o forçar a falar, o que vai da pergunta vaga até à retorcida. É o que costumo fazer.
É o que vai tentar fazer na França 5?
>O meu primeiro desejo é tentar torcer o pescoço à ideia de que a política chateia as pessoas. É falso. O outro é um trabalho de abertura que quero fazer, fora dos limites estritos da classe política. Porque as declarações de um intelectual, de um historiador ou de um professor de universidade, trazem mais profundidade e são evidentemente políticas. Conseguir tempo para debater, para escutar, para analisar, eis o que me apaixona na France Inter e que tentarei fazer na França 5. Mas abordo as novas funções com muita modéstia.

Entrevistador Renaud Revel www.lexpress.fr 19/07/09
Introdução, tradução e adaptação de A.R.

13 comentários:

Anónimo disse...

Porque não emigras para França e vens a Tomar só em Agosto para vir ao festival do frango assado e beber umas bejecas na Festa da Cerveja como os outros "avec`s" ?

É que metade dos post´s que colocas têm conexão com França.

Anónimo disse...

A PSP tomarense está ao serviço da câmara PSD após o fiasco dos parques de estacionamento. Informam os potenciais utentes de que no parque de estacionamento do pavilhão municipal a primeira meia-hora é gratuita. ERRADO! Basta ler a tabuleta das tarifas de estacionamento (em vez de autoarem por, basicamente, nada e que tal se falassem de direito sobre o assunto?) que por sua vez está mal colocada pois uma vez entrado com o veículo motorizado para uma leitura atenta é difícil fazer marcha atrás até porque pode ser uma infracção ao código da estrada! E lá vem o senhor PSP.
Uma questão/resposta? É permitido estacionar junto à entrada do parque de campismo? É permitido estacionar junto às piscinas Vasco Jacob? Não é mas a PSP tomarense mais uma vez mostra a sua incoerência, discricionaridade e excesso de zelo em matérias que nada afectam a circulação rodoviária. O que vale é que muitos podem pagar os autos pois têm mais fundo de maneio que os senhores agentes. Estes privilegiados que circulam no carros e motas públicas até têm estacionamento gratuito. Como pago muitos impostos aceito que se ajudem os mais necessitados (embora não se leia daqui que sejam agentes da PSP). Até era bom que se dessem aulas de civilidade, pedagogia e bom senso a estes senhores. NOVAS OPORTUNIDADES mesus senhores. Nunca leram sobre isso.
Tinha razão o Pedro Marques quando não queria dar lugares de estacionamento aos agentes PSP. Aliás era bom que em vez de se preocuparem com os autos aos estacionamentos, verificassem os carros sem seguro, sem IC ou sem inspecção, gente sem cinto e tipos a conduzirem ao telemóvel. E que tal cuidar do bando de marginais que circula na cidade? Isso é que é serviço público. Servilo público não é mestar ao serviço de partidos políticos para pagar benesses passadas e vidouras. E vai assim a PSP tomarense embora nem tudo seja mau mas quase tudo esteja mau. Como é que um agente da PSP vê um velho a sair de uma taberna a cambalear e deixa-o seguir a marcha num motociclo e não digo mais nada.

A direita de Tomar quer polícia DECENTE ! disse...

a PSP tomarense é só escória, todos sabemos quem lá trabalha e o que fazem. Chegam a ligar para amigos a avisar quando e onde vão estar radares e operações stop. Se quiserem até posso avisar aqui no blogue com 2 dias de antecedência x)

Sebastião Barros disse...

Para anónimo das 22:49

Se calhar pela mesma razão que o levou e leva a ler e comentar o que por aqui se vai publicando. Com uma diferença: nunca procurei condicionar os outros em função das minhas opiniões. Realmente, quem não está bem muda-se, mas eu estou na minha terra e na terra que escolhi para viver. E naturalmente falo do que quero, escrevo o que me agrada e publico o que entendo. Se lhe desagrada...

Anónimo disse...

É assim mesmo.
A rapaziada quer sempre a sua liberdade à sua maneira.
São cucos. Fazem o ninho no ninho dos outros.
Querem um Blogue que diga o que eles querem, mas não se dão ao trabalho de o fazer, querem que os outros façam o que eles querem, mas não dão a cara nem o seu trabalho em nada público, incluindo a política.
É típico de Tomar. Má-língua e muita bancada.
Continue meu Amigo, fale de tudo incluindo a França.

Anónimo disse...

Agora é que a Ferreira Leite lixou a vida a alguns trapasseiros do nosso país.
Relvas vive em conluio com empresários angolanos e brasileiros e um dia seria um Dias Loureiro. Passos Coelho é um sujeito fabricado e muito mal preparado para ser alguém neste país além de não passar de uma sanguessuga reformada e a viver dos conselhos de administração onde tem assento. Paiva (um apêndice dos outros dois)é dos três o menos político, o mais trabalhador mas deixou-se comprar pela política por isso não presta. Fez bem a Leite em pô-los no banco de suplentes. Aliás é necessário que venha um novo Cavaco mas de saias para pôr ordem e dar autoridade e seriedade às funções governativas. O Sócrates anda de cócoras perante os mais poderosos e Ferreira leite será um cavalo de ferro. Benvinda Leite. Com ela teremos congelamento de salários na função pública, menos despesas em viagens e menos compadrio. Aliás teremos a política da vassourada que tanta falta faz a Portugal.
Em Tomar o novo grupo de independentes vai tirar votos aos IpT e quantos mais aparecerem menos probabilidades tem Pedro Marques de ser eleito. Quem escolhe as más companhias dá nisto.
E Correia Leal e Pedro Marques que eram tão amigos estão a ver como é a política: afasta os pretensos amigos.
Viram a cara do Relvas na Sic notícias? Parecia um tomate entalado. Deixem que ficou entalado em Lisboa mas em Tomar vai, infelizmente, ganhar pois não vejo ninguém a fazer-lhe frente. É que não há ninguém... e as pessoas estão fartas de tipos que são cegos pelo poder e têm ligações a construtoras e a corruptos. Sim porque um dos candidatos a Tomar é amigo de longa data de um arguido no caso Freeport e de outro que andou com uma mala cheia de notas... um tal de Preto que também é arguido. ESTAMOS FARTOS DE VIGARISTAS.
Professor Rebelo desculpe os desabafos mas se não fosse o seu blogue democrático teria que fazê-lo com os meus vizinhos.
O Templário e o site dos novos independentes resolveram mostrar seriedade. O segundo ainda se justifica pois começou com regras claras de publicação aos comentários. O primeiro só prova o serviço que estão a dar a Tomar. ALDRABÕES! Agora que têm a Miliciano e o Gaio metidos na política usam o lápis da censura. MUDAM AS REGRAS PARA PROVEITO PRÓPRIO. Como se chama a isto? Não é necessário dizer o que são pois não? Eu digo: INTERESSEIROS! Mas o que vale é que ninguém lhes liga.

Anónimo disse...

Os censores do Templário também têm direito a férias.

Anónimo disse...

Andam sempre com o Templário às voltas, não se esqueçam que se trata de um projecto privado. seja quem for os seus responsáveis estão no direito de mudarem o que quiserem. Eu que sou leitor assíduo só compro o jornal se quiser.
Quando me chateio não compro. Não vejo razão para tanta admiração sobre os seus conteúdos ou decisões.
Curiosamente nunca se fala aqui do Cidade de Tomar, do qual também sou assíduo leitor. Porque será?

Anónimo disse...

Consta que há uma seita religiosa brasileira por detrás do Relvas, é verdade?
Por que é que o Santana Lopes, mal foi eleito lider parlamentar, afastou Miguel Relvas de presidente da Comissão parlamentar de Obras Públicas, Transportes e Comunicações?

Anónimo disse...

Os políticos verdadeiros têm maturidade e capacidade de esperar. Isabel Miliciano e Ivo Santos precipitaram-se, deviam ter esperado pelas convulssões no PSD e pelo descalabro deste em Tomar.

Anónimo disse...

A política é para toda a vida, os lugares nem sempre.
Uns caiem, outros entram, outros voltam.
Sempre assim foi e será.
Tal como alguns não passam de invejosos e mal dizentes sempre.
É a vida como dizia o outro.
O que interessa é um Portugal e um Tomar melhor, quem dá mais garantias de nos dar isso.
Esse é o interesse de um eleitor comum, em que me incluo e julgo que a larga maioria dos eleitores.

Anónimo disse...

Uma sondagem publicada pela revista
Insight China, hoje a ser comentada em todo o mundo, diz que os chineses depois dos agricultores e dos religiosos as pessoas em quem mais confiam é nas prostitutas. Políticos, professore e cientistas estão entre aqueles em quem os chineses menos confiam. Porque será?

Anónimo disse...

Diz-me tu, já que te interessas tanto pelas coisas da China.