sábado, 8 de agosto de 2009

MARAVILHAS TOMARENSES TAL E QUAL - 1

Resolvemos fazer como os publicitários. Após as mazelas, que era demasiado rasca, as paisagens, que era assim para o popularucho, inciamos hoje a série Maravilhas tomarenses tal e qual. E começamos com uma admirável valeta e o seu extraordinário estado de limpeza. Exemplar extremamente raro hoje em dia no país, ainda mais em ano de eleições. Com um pouco de sorte, poder-se-á encontrar ainda nos arrabaldes das grandes cidades portuguesas (que são muito pequenas à escala europeia). Na província, como dizem os lisboetas, deve ser caso único. A foto foi conseguida 200 metros para lá do Convento de Cristo, Património da Humanidade. Pode, portanto, a UNESCO estar descansada. Quem cuida assim da limpeza e higiene urbana, melhor cuida dos monumentos à sua guarda.


Falando de monumentos, esta árvore com formas surrealistas, uma olaia, ali ao lado da estrada do Convento, no desvio para a Senhora da Conceição, mostra bem como a actual maioria autárquica cuida do ambiente. Nada de contrariar a evolução natural da vegetação, para evitar aborrecimentos com ambientalistas, gente maioritariamente bizarra, que nunca ninguém sabe quando nem contra quem vão disparar. Já durante a construção do IC9 foi uma maçada das grandes, pelo que o melhor é não abusar da sorte. Deixar a natureza seguir o seu curso é de longe o melhor remédio, devem pensar os nossos alcaides.


Mesmo junto ao edifício da alcaidaria, na ribanceira (ou talude?) da estrada do Convento, o espaço entre o terraço da ParqT e o berma da rodovia apresenta esta aspecto. Sem dúvida alguma, excelente perspectiva para a rodagem de filmes do velho oeste.Quando as travessas de caminho de ferro, igualmente designadas por chulipas, bem como os respectivos carris, serviam para tudo. Até para construir fortes ou para consolidar encostas, de forma a que estas fiquem com um aspecto típico, tão do agrado dos turistas. Numa época em que o betão tende a invadir tudo, por todo o lado, este arranjo até deveria figurar nos desdobráveis turísticos. Para os visitantes aprenderem como se preservam as tradições, conseguindo-se ainda assim gastar centenas de milhares de euros. Praticamente como se aquela consolidação tivesse sido feita em pedra, ou com ferro e betão, o tal betão armado.


Sem comentários: