quinta-feira, 20 de agosto de 2009

ANÁLISE DA INFORMAÇÃO LOCAL E REGIONAL







Redacção de Tomar a dianteira

Colaboração CLIPNETO


Iniciamos com a longa entrevista de José Lebre, cabeça de lista de Tomar em Primeiro Lugar, na Rádio Hertz. Conduzida por Vítor Melenas com a habitual mestria, a conversa durou cerca de uma hora. Se puder, não deixe de ouvir a respectiva gravação em http://www.radiohertz.pt?pagina=programas.
Como era de esperar, o entrevistado falou sobretudo de arquitectura, obras e urbanismo, mas não se furtou a abordar outros temas. Teve até a sinceridade suficiente para admitir, em relação à requalificação do mercado e à Feira de Santa Iria, que neste momento não tem qualquer proposta a apresentar. Prometeu retirar imediatamente a fonte cibernética, se ganhar e acha que as obras do Flecheiro são positivas porque melhoraram a zona.
Questionado sobre as razões que determinaram o aparecimento do MTPL e a sua candidatura, foi claro e directo -descontentamento. Tal como quando afirmou que "Isabel Miliciano é a figura mais política" da sua lista, de cidadãos da política mas que não são políticos.
Igualmente na área política, CIDADE DE TOMAR sabe manter-se igual ao que sempre foi. Neste número dedica nada menos de cinco páginas às candidaturas autárquicas, mas não faz qualquer comentário ou análise, nem emite qualquer opinião própria. Limita-se a ser factual com listas e opiniões dos candidatos. Fastidioso mas útil, para quem gosta de factos sem contexto nem perspectiva.
É outra a perspectiva d'O MIRANTE, ao publicar a infografia circular que reproduzimos, com a devida vénia. Trata-se de um excelente exemplo de como usar elementos estatísticos de forma a que "digam" aquilo que mais nos convém. Neste caso, O MIRANTE, que faz três edições cada semana (Vale do Tejo, Lezíria do Tejo, Médio Tejo), afirmando ter uma tiragem de 35 mil exemplares, compara-se com semanários de edição única, como CIDADE DE TOMAR ou O TEMPLÁRIO, com tiragem inferior e difusão geograficamente mais concentrada. Nestas condições, terá realmente algo de extraordinário a proeminência d'O MIRANTE?
A notícia-sensação desta semana, para quem tiver paciência para ler tudo com muita atenção, vem na página 10 d'O TEMPLÁRIO. Subscreve-a o engenheiro Luís Alvellos, proprietário da Quinta das Avessadas, que já em entrevista anteriormente publicada nesse mesmo semanário foi bastante agreste para a câmara, conquanto formalmente correcto em termos de convivência.
Desta vez, aborda a complicada situação política de Corvêlo de Sousa que, segundo afirma, vai ser obrigado a decidir, quanto antes, entre o novo e o velho. No seu longo mas denso e interessante artigo, aborda diversos aspectos da actuação camarária. Destacamos duas referências diplomáticas, significativas e deliciosas a José Augusto França: "É o regresso do historiador a Tomar como um filho pródigo e ao que parece com especial enlevo pelo Hotel dos Templários." (À custa dos contribuintes, acrescentamos nós). E mais adiante: "... ...mas os tomarenses não sabem que pelo protocolo assinado entre a Câmara de Tomar e José Augusto França, a Câmara de António Paiva abdicou do pleno usufruto do piso do rés-do-chão do edifício da Praça da República. Porque qualquer exposição nele realizada só pode ser da iniciativa de José Augusto França e se a câmara quiser fazer uma exposição terá de lhe pedir licença. Há uma cláusula que diz que se a câmara não cumprir, José Augusto França pode retirar os quadros para o Museu do Chiado. Mesmo depois da inevitável morte de José Augusto França, a cláusula limitativa continuará porque está nomeada por José Augusto França uma comissão controleira para a fazer cumprir. Quem mandatou António Paiva para dispôr assim do património da Câmara?"
Como decerto já intuiram, vale a pena ir já procurar a página 10 d'O TEMPLÁRIO desta semana, seja onde for.
Boa sorte a todos!

7 comentários:

Anónimo disse...

Logo pela manhã, um conhecido e prestigiado tomarense, me recomendou que lesse a entrevista do engenheiro Luis Alvellos. Vou ler.
Sobre a entrevista do arquitecto Lebre à Rádio Hertz só tenho a lamentar que pretenda retirar a Fonte Cibernética. Ela deve ficar para sempre. Como em Berlim, onde há ruínas da 2ª Guerra Mundial e do Muro da Vergonha para lembrar aos vindouros os erros do passado, para que eles não se repitam.
A Fonte Cibernética deve ficar como a Fonte da Vergonha para Tomar.
Só não acredito é que os tomarenses não venham a cometer os mesmos erros.

SAMURAI

Anónimo disse...

Amigo Sebastião Barros,o link para ouvir a entrevista com o arquitecto Lebre não está correcto.
Aqui fica o link correcto:
http://www.radiohertz.pt/?pagina=programas

Anónimo disse...

Porque é que será que o Rebelo promove de maneira tão escandalosa a candidatura do Lebre?
Na rádio não disse nada de interessante. Um vazio de ideias.
Como é que alguém assim pode vir a querer ser Presidente da Câmara.
É a pretensa aristocracia e direita conservadora de Tomar em decadência.

Anónimo disse...

O Paiva fez o que lhe apeteceu durante oito anos e quando percebeu que tinha uma oposição a sério pôs-se a andar, fugiu e deixou para os outros as asneiras para resolver e que só foi fazendo porque Corvelo, Carrão e restante cambada, sempre foram uns paus mandados.
Tomar ficou hipotecada, é o buiaco do Parque T, do Convento de Santa Iria, da enorme divida, superior a 30 milhões, etc... É preciso não ter vergonha, ter fugido e aparecer agora como mandatário do Corvelo. Quer continuar a mandar através do pau mandado e incompetente do Corvelo e levar Tomar à ruina.
Como é que alguém pode confiar neste PSD?

Sebastião Barros disse...

Para anónimo da 1:51

A sua pergunta não tem resposta pois a situação de origem só existe na sua cabeça. Se me permitisse um conselho, dir-lhe-ia par logo que possível pôr a sua objectividade e sentido da realidade em dia.
José Lebre não disse nada de interessante? Ou foi você que não ouviu? Acha pouco um candidato admitir, durante uma entrevista, que não tem solução para isto nem proposta para aquilo?
Um dia destes acharam que estava a promover o IVO e o CDS. Agora dizem que estou a promover o Lebre. Por tal caminho, ainda acabo por os promover a todos!

Anónimo disse...

Não há pior cego que aquele que não quer ver, nem pior surdo que aquele que não quer ouvir.

Anónimo disse...

Em Tomar nasceu uma nova Mitologia, composta pelas lendas em torno do Rebelo.
A nervoseira é tanta que os intervenientes no blog só vêm o Rebelo a apoiar todas as candidaturas.
Quanto a propostas maduras e interessantes para o concelho, nada.
Os comportamentos expressos através do blog são um manancial para os psicólogos e os psicanalistas.
Tomar é um grande laboratório social, psicológico, económico, religioso, e político.

FREUD