terça-feira, 11 de agosto de 2009

TURISMO, CAMPISMO, AMADORISMO


António Rebelo

Sabem os que estão habituados a andar por aí e os que procuram percorrer o mundo na medida do possível, que a qualidade e o profissionalismo se fazem notar, mais tarde ou mais cedo. O mesmo acontece com a falta de de qualidade, a desorganização e a improvisação. A anunciada reabertura do Parque Municipal de Campismo, não se sabe ao certo para que dia, mas espera-se que seja em breve, implicou a colocação de vária sinalética, o que naturalmente se saúda. O pior é o resto.
Já foi referido que o parque não figura nos "mapas google", hoje em dia a bíblia de quem viaja por estrada. Em seis anos, a realidade envolvente mudou mais do que nos últimos seis decénios. Em todos os sectores, incluindo o turismo e o campismo. Nestas condições, para estar no seu tempo, a autarquia devia ter procedido, em tempo útil, ao concurso público para elaboração, actualização e manutenção técnica de uma página internet, com toda a informação adequada sobre o agora reaberto equipamento, incluindo naturalmente os acessos para pessoas e para veículos. Não o fez, mais ainda pode resolver o assunto de modo conveniente. Haja vontade!
Sem indicação no mapa e, portanto, sem qualquer elemento no GPS, o turista caravanista será forçado a guiar-se pela sinalização existente. Conforme se pode ver no mapa, vindo de Alcobaça, Batalha, Nazaré, Leiria, Fátima, que é o caminho da maioria dos estrangeiros que nos visitam, o nosso campista passa perto do parque mas é forçado a fazer uma espécie de gincana na cidade. Exercício nada fácil para quem roda na urbe pela primeira vez. Experimente o leitor colocar-se no lugar dele, numa cidade desconhecida, mesmo pequena como a nossa, e logo verá. A solução? Há duas possíveis. Uma mais barata, outra mais cara mas mais prática. A mais barata consiste em alterar o sentido do trânsito na Ponte Velha, ou restabelecer os anteriores dois sentidos de antes do Paiva, ou indicar o acesso ao parque de campismo pela Rua de Santa Iria, Rua Larga e Rua da Fonte do Choupo. A mais cara consiste em projectar e construir uma ponte no local mais conveniente da Estrada do Prado, olhando para o futuro a 10 e a 25 anos. Tudo sem esquecer a tal página na internet, que o departamento competente do IPT sabe muito bem fazer. Se lha encomendarem e pagarem, naturalmente... Vamos a isso?
Sem tais alterações, os turistas certamente que não vão levar muito boas recordações. E sem boas referências, adeus rentabilidade do parque. Lá vamos nós, contribuintes, ter de continuar a financiar as férias dos outros... Decididamente este mundo está cada vez mais complicado.

18 comentários:

Anónimo disse...

Mais uma boa análise.
As faltas que aponta existem porque o Parque de Campismo vai ser reaberto apressadamente. Se as as coisas tivessem sido planeadas alguma vez, ontem e hoje, o folhetim em torno do Parque nunca teria existido, mas em Tomar é tudo feito à malandro. Mas o povo gosta.
Só um reparo: tem limitado o GPS aos campistas de caravana, não se esqueça que os de tenda circulam maioritáriamente de automóvel ou de moto e também podem ter GPS, bem como os que andam a pé.

Anónimo disse...

Vai-se verificando dia a dia a "magnífica" obra que o Pa(i) vã(o) Paulino deixou com a intervenção na zona desportiva e anexos e a burricada do Curvelo ao propor o encerramento do Parque de Campismo.
E estes dois ainda têm a distinta lata de quererem continuar a mandar directa e indirectamente na Câmara.

Podem limpar as mãos à parede da obra que mandaram executar.

Tomar merecia melhor sorte!!!!!!!!!!!!

Anónimo disse...

O Partido Socialista, da candidatura GERAÇÃO TOMAR, propõe, desde há 5 anos, a construção de um atravessamento na Estrada do Prada na Arrascada, o chamado atravessamento Norte, em complemento ao atravessamento sul em S.Lourenço, também proposto.

Com estes 2 atravessamentos, ficaria completa a solução de transitar, sem conflitos no seu centro, na Cidade de Tomar.

Anónimo disse...

...o único conflito, seriam os
€5M ou mais, necessários à execução das propagadas travessias €norte€ e $sul$...

...enfim, haja pilim, que obras não faltarão para fazer!


ministro

Anónimo disse...

Essa ponte está planeada num plano de pormenor do Polis. Até aí tudo bem. O problema é que esse projecto já tem anos e ainda nenhum técnico ou político com olhos de ver analisou onde a ponte está planeada. Começa numa curva com reduzida visibilidade na estrada do prado e vai dar a um monte sem possibilidade de ligação directa à zona de expansão norte da cidade a não ser de túnel. Tomar continua no bom caminho...

Convido o Sr. Rebelo a ver o projecto do plano de pormenor e descobrir outros erros que estão à vista. É preciso é querer vê-los...

Anónimo disse...

Tomar merecia melhor. Os tomarenses merecem o pior. Para tomarense quanto pior melhor, não no sentido revolucionário mas no existencial.

Anónimo disse...

No DN de hoje vem um grande trabalho, duas páginas, intitulado: "Câmaras prestam serviçp deficiente aos consumidores".
Em 1º lugar vem a sinalética de trânsito sem rigor, depois a falta de acção de prevenção na saúde; os contratos sem divulgação na Educação; as taxas absurdas; a pouca higiene e segurança; o extrajudicial criticado; intervenção sem estratégia na acção social; qualidade em causa no tratamento de idosos.
Continuam as informações de que as autarquias são um dos grandes problemas das Finanças Públicas, e não páram de aumentar as Câmaras que estão a pedir apoio ao Governo.
Diz o orgão da Assembleia da República responsável pela análise das Finanças Públicas que estas não são sustentáveis. Porreiro, pá.
Temos as autarquias como revolucionários guevaristas, o que devia ser o sonho do Bloco de Esquerda, da ala trtsckista, a da Revolução Permanente, não da ala stalinista-maoista, a da Revolução num só país.
Só as eleições autárquicas são revolucionárias. Tomar na vanguarda da Revolução.

Sebastião Barros disse...

Para anónimo das 12:53

Não se trata de saber quem propõe o quê. Trata-se, isso sim, de determinar o que é preciso e depois agir em consequência e de acordo com as nossas possibilidades. Com realismo. Sem basófias nem megalomanias. Para asneiras candidatas ao Guinness já temos a Ponte do Flecheiro e respectivos apêndices.
Neste caso do Parque de campismo e respectivos acessos, haverá que ter em conta, parece-nos, a via de cintura urbana e a previsível evolução do equipamento em causa, bem como, eventualmente, a instalação futura de outros equipamentos naquela zona. Numa frase: sentido prático, projectando em função do que está e do que se pretende e que já tenha sido sufragado pela população, após debate aberto.
Não convinha nada cair outra vez no logro da Ponte de esguelha do Flecheiro, com 3 faixas, e que tinha de ser ali...por causa do fórum, que afinal ninguém quer.A época da obra pela obra, para compensar as construtoras que financiam generosamente as campanhas eleitorais, já teve os seus dias. Agora há que mudar, porque a cadela não pode com tanto cão e portanto alguns terão de ser sacrificados.Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, escreveu Camões, que era zarolho mas via muito melhor que nós.

Anónimo disse...

Mim achale que Câmala já tele discutido alteração de sentido de tlânsito na Ponte Velha.

Sebastião Barros disse...

Infelizmente, a câmara discute muito, mas resolve cada vez menos.Se não erramos, a proposta para alteração do sentido de trânsito, apresentada pelo senhor Carlos da Piedade Silva, tinha outros considerandos, não englobava explicitamente o problema do acesso ao parque de campismo, nem mencionava a reposição dos dois sentidos existentes antes da era paivina. Não admira por isso que tenha sido rejeitada. Se quem não sabe solfejo se arma em músico e começa a tocar uma peça erudita, é natural que seja assobiado pelo público. Ou não?

Anónimo disse...

Não peça demasiado, sr. Rebelo! Lembre-se que até há bem pouco tempo a Câmara de Tomar fazia "orgulhosamente" parte dos cerca de 8 por cento de municípios do país, incluindo as regiões autónomas, que não tinham site na internet. Agora que o tem não nos podemos orgulhar dele tal a confrangedora falta de qualidade e funcionalidade, para não falar da pobreza gráfica. Daqui se pode concluir que alinhar pela modernidade não é apanágio desta câmara. Só muito depois das coisas aparecerem e se tornarem corriqueiras nos outros concelhos é que finalmente acontecem em Tomar. Dou um exemplo: toda a gente sabe que a câmara da Barquinha, e refiro esta pela proxomidade geográfica, já pôs à disposição dos utentes uma rede Wi-Fi na sua renovada zona ribeirinha, depois de sujeita a intervenção no âmbito do Polis. Este exemplo não é raro. Abundam por aí situações idênticas em que os municípios oferecem esse benefício. Para quando por cá? Esta pergunta fa-lo-á rir, não é? Pois é...!!!

O parque de campismo foi uma birra do sr. Paiva que, abusando dos poderes de que então dispunha, se permitiu contra a vontade quase unânime dos tomarenses, à excepção dos seus excelsos yes-men, pura e simplesmente encerrá-lo. Sem justificação, sem motivo plausível. Agora os mesmos que promoveram a morte daquela infraestrutura vêm, quais "salvadores da pátria", arvorar-se em defensores da cidade e dos seus valores. Puro cinismo do mais atávico que se possa imaginar. Mas tudo bem! (Re)abra-se o parque de campismo, para gáudio duma boa franja de tomarenses, até daqueles que nem têm nada a ganhar materialmente com o assunto, mesmo sem os requisitos técnicos que as leis actuais exigem, sob pena de ser novamente encerrado, desta vez pela ASAE. É sempre melhor ter onde alojar o apreciável número de autocaravanistas que todas as semanas nos visitam e que vemos espalhados um pouco por toda a cidade, sem condições, sem apoio logístico, sem segurança!

Quanto à sinalética não me pronuncio. Julgo que a melhor forma será eleger um acesso o mais directo possível, porque não é fácil conduzir um pequeno monstro de 6 metros e mais de 3 toneladas pelo meio do trânsito citadino.
Não concordo consigo nas opções que mencionou relativamente à Ponte Velha. O arranjo que foi feito não está mau. Um só sentido chega para não sobrecarregar de tráfego aquela zona. Penso que o acesso ao parque de campismo se poderia fazer com antigamente se se fizesse uma pequena modificação junto ao estádio, prolongando-se o arruamento que corre ao longo do Pavilhão Gimnodesportivo até à entrada do parque. Assim o acesso ao parque far-se-ia através da rua de Santa Iria, dobrando-se a esquina junto ao restaurante Bela Vista. Não se desprezaria contudo o outro acesso através da Rua da Fábrica. As saídas do parque de campismo poderiam fazer-se através da Rua das Poças e Ponte Velha, até porque já é possível virar à esquerda para a Levada para quem queira dirigir-se para sul, ou de novo pela Rua da Fábrica para quem queira seguir para norte.

Quanto à falta de formação de pessoal para trabalhar no parque, julgo não haver dúvidas que é de aproveitar o "Know-how" do Vasco Jacob para superintender aos serviços. E para responder às solicitações actuais, não falta por aí gente nova com conhecimento de línguas, que não se importariam nada de fazer um trabalho sazonal como se impôe neste caso. Penso que a generalidade dos parques de campismo do mundo recorre a trabalho sazonal nos meses de Verão para responder ao maior afluxo nesse período, mantendo depois um número mínimo de funcionários durante o resto do ano por forma a assegurar o seu bom funcionamento.

O FANTASMA DAS CUECAS ROTAS

Anónimo disse...

Sr. Rebelo, não atire mais achas para a fogueira no que toca a obras na zona antiga de Tomar. Para que é que seria precisa mais uma ponte a montante do Mouchão. Então não acha que a cidade tem mais que espaço para se estender para os lados da estrada de Coimbra? Ainda por cima com as novas autoestradas que se anunciam e que vêm desaguar com o IC3 e o IC9? Porque é que de uma vez por todas não deixamos em paz esta parte baixa da cidade, já de si tão maltratada nestes últimos tempos, e em vez de estarmos a inventar não valorizamos e potenciamos o que já temos, deixando para os novos espaços a partir da chamada zona nova os exercícios de arquitectura e urbanística que se julguem adequados?

O FANTASMA DAS CUECAS ROTAS

Anónimo disse...

Vote no Vitorino. Tenha a sua Ponte. Tenha o seu Parque. Vote e verá!

Não vote em candidatos frouxos, corruptos ou corridos dos seus Partidos.

Vote no PS, que é o que apetece...

Anónimo disse...

"Vote no PS, que é o que apetece..."

E depois não se queixe!!!!!!!

Socratinos e vitorinos? Jamais!!!!!

Leite azedo arrelvado? Também jamais!

Caviar da Louçã? Non, merci!

Herculano Querido? Nem p´ra feirantes pimba!

Gualdim Filarmónico Vermelhusco? Fora de tom!

Por exclusão de partes!!!!!!

Vote .......!!!!!!

Escolha!

Sebastião Barros disse...

Para fantasma das cuecas rotas:

Desculpará que aqui no blogue não partilhemos da sua opinião. Um dos nossos colaboradores tem um projecto realista para Tomar, conforme já afirmou várias vezes. Desse projecto faz parte uma ponte, algures a montante do Açude dos Frades, em local a debater em tempo oportuno. E mais não dizemos por agora.

Curioso disse...

Esta manhã por portas e travessas fui ver o estudo sobre a ponte e verifiquei que está previsto um corredor de preservação para um acesso rodoviário da Estrada do Prado até à Ponte da Vala ou mais precisamente até à própria vala da fábrica. Fui ao local e fiquei perplexo com a solução apresentada tendo em conta as cotas do terreno e as construções existentes.

Anónimo disse...

Devia ter visto melhor e perceberia que a via entra num vale que vem ter ao casal dos Frades, por detrás do Quartel.

Esse acesso garante a acessibilidade Oeste-este, ligando a Estrada do Prado, a Estrada da ponte da Vala, a Chorumela e o casal dos Frades, podendo garantir de futuro a ligação à EN110 ao início do Alvito.

Voilá!

Difícil?

É isto que está, em parte no plano, mas que consta da Proposta do PS sobre a criação de um verdadeira circular à Cidade de Tomar.

Vote Vitorino!

Curioso disse...

A ligação da futura ponte não vai ligar a um vale mas sim a um monte com construções recentes. Também deve ser dos que não querem ver como diz o anónimo autor da informação.